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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

Desde 2003


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O legislador, esse incompetente 

Portugal, pela mão de Correia de Campos e José Sócrates, aprovou um novo regime jurídico da Farmácia em Julho de 2007.

No que respeita à propriedade de Farmácia, o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias contrariou o sentido da legislação nacional em Dezembro de 2008 e em Maio de 2009.
No que respeita à instalação de novas Farmácias, o Advogado Geral do Tribunal de Justiça da União Europeia, Miguel Poiares Maduro (curiosamente, um português), «sentenciou hoje que a legislação das Astúrias que limita a abertura de farmácias em função da população de uma zona é contrária ao direito comunitária», o que poderá ter impacto na legislação farmacêutica em toda a Europa e, mais uma vez, contrariar a "moderna" legislação socialista.

PS- Recordando, sou contra a liberalização da propriedade de Farmácia,
 contra a liberalização da instalação de Farmácias
e fui muito crítico da legislação farmacêutica de má qualidade produzida pelo XVII Governo.

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Peliteiro,   às  22:43
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vigaristas é que não! 

Acabada uma campanha, este blogue entra numa outra, a campanha eleitoral para as autárquicas. Apoiarei vários candidatos em vários Concelhos - gente que conheço e em quem confio, de terras que me são de alguma forma próximas. Apoiarei, em grande parte, independentemente do partido, porque nas autárquicas a importância da ideologia é limitada.

A corrupção, o clientelismo, o nepotismo corroem todas as formas de exercício de poder e nunca, mas nunca, dão bom resultado, nunca, mas nunca - mesmo quando se diz "rouba mas faz", ou a "cidade até está bonita" -, contribuem para o bem da polis e dos cidadãos. Portanto, factor absoluto de exclusão para o meu apoio é a desonestidade: vigaristas não!

Ninguém ganha ou perde eleições com o apoio deste blogue caseiro, mas mesmo assim e de qualquer das formas já sabem: aqui não se apoiam patifes, tratantes, velhacos ou meliantes.

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Peliteiro,   às  23:22
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O país dos jornais e o país real 

As USF, unidades de saúde familiar, são apresentadas como a panaceia para o fim dos doentes sem médico de família.
O Ministério da Saúde tudo tem feito para limitar as consequências negativas da pandemia da gripe dos porcos em Portugal, envolvendo-se inclusivamente a própria Ministra  da Saúde nesse aparentemente imenso plano preventivo.

Tomemos o exemplo de um doente de uma cidade desenvolvida do litoral, Póvoa de Varzim, pertencente a um grupo de risco para a gripe dos porcos, diabético insulinodependente. Esse doente  - que nunca conseguiu ter médico de família! - dirige-se ao centro de saúde local para consultar um médico, particularmente sobre estas coisas da gripe comum e da gripe H1N1; assistamos ao diálogo:

AP Photo, por Guillermo Arias- Não há médico disponível, foram para as USF, não fazemos marcações e se quiser apareça cá um dia destes pelas 8 da manhã ou antes.
- E se eu for a uma dessas novas USF, aceitar-me-ão como doente?
- Não faço ideia; vá lá e pergunte.
O homem sobe as escadas e entra num espaço que dantes era Centro de Saúde e agora é, pomposamente, USF do Mar.
- Aceitam inscrições para novos doentes?
- Não, não há médicos livres.
O homem sobe outro lanço de escadas e entra noutro espaço que dantes era Centro de Saúde e agora tem um nome certamente também bonito mas em que ele já nem repara.
- Aceitam inscrições para novos doentes?
- Não, não há médicos livres.
O homem, desanimado, desce as escadas e pondera as saídas clássicas: 1) Marcar vez de madrugada e perder horas e horas de espera para conseguir uma consulta de 10 minutos, exactamente da mesma maneira como se fazia ainda no tempo das casas do povo, nos anos 60; 2) Arranjar uma cunha para entrar nessa coisa das USF ou dar umas prendas para conseguir um médico de família; ou 3) Recorrer à medicina privada, embora aqui lhe pareça difícil resolver a questão da vacina da gripe dos porcos. O homem, desiludido, porque pelo que ouviu na televisão não esperava que fosse assim, teve a sensação que este serviço de saúde o que queria era vê-lo bem longe, de preferência morto.

Esta é a verdade, isto é o país real, não é o país dos telejornais e dos discursos dos políticos.

Peliteiro,   às  13:22
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domingo, 27 de setembro de 2009

Agora aguentem 

De todas as vezes que perco umas eleições - e tem sido tantas - tenho sempre a esperança que eu é que estou errado e que, portanto, se a escolha da maioria foi esta será a escolha melhor. Pode ser que a escolha de Sócrates seja o melhor para o país e que eu esteja errado. Quem dera que sim, porque Portugal precisa desesperadamente de um bom Governo.
Mas sinceramente tenho dúvidas. Tenho uma premonição forte que estamos bem desgraçados com um Governo socialista e respectiva tralha apensa e que nos esperam anos muito, muito difíceis. E sendo assim: bem feito, aguentem, quem vos mandou eleger o Sócrates?

Sou apoiante de Manuela Ferreira Leite de há muito, de muito antes de ser candidata a líder do PSD. E continuo apoiante, sem dúvida, acreditando que seria, neste momento, uma excelente opção governativa para o país. Cometeu alguns erros que me desagradaram como o do caso Preto, João Jardim e, localmente, Aires Pereira, mas ninguém é perfeito, ninguém decide sempre bem, nem ninguém tem o poder absoluto. Convém sublinhar que há pouco tempo, há muito pouco tempo, se dizia não haver alternativa a Sócrates - mas houve, ele perdeu as europeias, perdeu a maioria absoluta e vai perder as autárquicas (espero que excepto na Póvoa), o que é bem bom, muito bom.

Quanto ao futuro do país? Será certamente mau! Mas é muito bem feito, aguentem, quem vos mandou eleger o Sócrates?
Lembrar-vos-ei isto muitas vezes:

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Peliteiro,   às  22:59
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As mentiras do programa de Governo PS 

Manuela Ferreira Leite tem sido criticada pelo reduzido capítulo do seu programa de Governo relativo à Saúde. O programa de Sócrates pode ser enorme, mas é tudo mentira e nada é para cumprir - vejamos como foi neste Governo:


_____________________________________________________________

Análise da realização do Programa do Governo
= Política do medicamento =

Um importante sector do SNS exige cuidadosa calibragem das medidas de política. Elas têm implicações financeiras conhecidas, mas repercutem-se em todo o sistema de saúde e sobretudo afectam o doente. A acção será orientada para os seguintes objectivos e medidas:

* Acelerar a revisão do actual sistema de comparticipação no preço do medicamento com ênfase na evidência sobre a eficácia de princípios activos [Mentira!];

* Alargar, progressivamente, a prescrição por DCI a todos os medicamentos comparticipados pelo SNS [Mentira!]
;

* Rever o sistema de comparticipação por preços de referência em função da experiência acumulada
[Mentira!];

* Em colaboração com o Ministério da Economia e com o apoio da autoridade reguladora da concorrência, reanalisar as regras de comercialização
[Mentira! A não ser que se refiram às ParaVazias];

* Negociar um protocolo entre o Estado e a Indústria Farmacêutica para o controlo do crescimento do mercado do medicamento comparticipado pelo SNS
[Mentira!];

* Adoptar a prescrição electrónica de medicamentos (e meios complementares de diagnóstico), com auxiliares de decisão clínica e informação sobre custos de dose média diária e sucedâneos
[Mentira!];

* Criar o Formulário Nacional de Medicamentos para Ambulatório
[Mentira!];

* Restabelecer a vigilância sobre as acções de promoção do medicamento, junto de médicos e farmácias de oficina
[Mentira!];

* Lançar um programa de melhoria da qualidade da prescrição
[Mentira!];

* Tornar a indústria farmacêutica nacional uma área estratégica no interface entre a economia e a saúde, objecto de atenção e medidas específicas
[Mentira!].

_____________________________________________________________


Face a isto, caro leitor, conclua sobre as "grandes e profundas reformas" na saúde levadas a cabo pelo XVII Governo... Votar Sócrates é ser enganado e gostar.

Peliteiro,   às  22:03
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Ataque aos lóbis III 

Correia de Campos foi-nos apresentado como o salvador, do SNS, como o homem que mais sabia em Portugal de gestão da saúde, como o catalizador das enormes reformas que haveriam de consolidar a trave mestra da democracia e os amanhãs que cantam sem bichas nos Centro de Saúde nem listas de espera para cirurgias. Enfim, foi-nos apresentado como um verdadeiro milagreiro. Isto tudo sem aumentar a despesa, enfrentando destemidamente os lóbis e as corporações.

Assente que está a poeira, analisemos calmamente dados objectivos. Por exemplo dados dificilmente sujeitos a engenharias ou interpretações, dados que resultam do somatório de facturas de gente que ao fim do mês tem que pagar ordenados, fornecedores, luz ou água.
Analisemos então a reforma do medicamento, a política socialista do medicamento e evolução da despesa com medicamentos: não há reforma nenhuma, os socialistas limitaram-se a reduzir administrativamente, à merceeiro, os preços dos medicamentos, o que produziu uma breve contenção, e agora o crescimento da despesa continua, imparável e descontrolada (em meio hospitalar nem se sabe, o desvario é maior, os últimos dados disponíveis são de Fevereiro), como sempre.

A indústria farmacêutica, o lóbi a combater, está preocupadíssima com a crise, com as vendas e com a unidose. Ui ui...


Fonte: INFARMED

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Peliteiro,   às  00:04
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ataque aos lóbis II 

Num relatório da Entidade reguladora da saúde de 2006 é possível ler que «cerca de 20% dos serviços de saúde convencionados são fraudulentos, são pagos pelo Estado mas nunca são realizados». Um quinto!
O Secretário de Estado Francisco Ramos, a propósito, disse: «Vamos abrir novas convenções dentro de meses, porque a situação actual é insustentável». E mais recentemente, em Março de 2008, a Ministra Ana Jorge disse: «As novas regras para as convenções estão em preparação».

Até hoje, o Governo Sócrates / Correia de Campos / Ana Jorge nada fez para acabar com esta situação de "fraude generalizada" e não abriu nem uma convenção (a não ser claro para uma ou outra excepção, para uma ou outra GEE - Grandes e Enormes empresas). Nem uma! Nem um novo laboratório de análises, nem uma nova clínica de radiologia e, claro, convenções traficadas por milhões de euros.
Como os pressupostos para a "fraude generalizada" se mantêm, e o Governo nada fez nem fará, é de supor que o cenário seja agora ainda mais grave.
Pilhagem é uma palavra que liga bem com SNS e com o Ministério da Saúde.

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Peliteiro,   às  00:11
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Campanha farmacêutica contra o PS 

A profissão farmacêutica nunca foi tão mal tratada como nestes últimos quatro anos e meio de Governo Sócrates.
Os farmacêuticos foram apresentados pela máquina de propaganda do Governo como facínoras dispostos a tudo para sugar os últimos tostões aos pobres dos doentes; a Farmácia e o Laboratório de Análises Clínicas viveram tempos conturbados, de instabilidade extrema, dependendo de decisões erráticas de uma cambada de loucos incompetentes e irresponsáveis.
Como se pode facilmente constatar a partir da leitura dos últimos - e dos próximos - postais deste blogue, o sistema de saúde em nada beneficiou com tamanha deriva Socrática.

Por tudo isto caro colega farmacêutico, nos Laboratórios ou nas Farmácias - onde estimo que passem cerca de 500.000 indivíduos por dia -, não deixe de explicar a toda a gente o quão mau foi o Governo Sócrates.

Peliteiro,   às  00:13
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ataque aos lóbis 

Desde o início de funções deste Governo que ficou bem claro haver a intenção de «impor o interesse geral aos interesses particulares e corporativos que não servem a maioria dos portugueses», usando as Farmácias como exemplo perfeito de lóbi a afrontar e abater. Para tal liberalizou-se, parcialmente, com clamor, a propriedade da farmácia, segundo um modelo singular e pretensamente moderno e avançado (curiosamente, entretanto criticado pela CE).

Uma Farmácia média, antes de Correia de Campos, valia cerca de 2 milhões de euros. Hoje, depois do ataque ao lóbi, devido à velhinha lei da oferta e da procura, valerá cerca de 3 milhões, sofrendo uma valorização de, no mínimo, 50%!

Grande reforma Sócratas! Ui ui, o lóbi está incomodadíssimo...

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Peliteiro,   às  00:03
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A acessibilidade ao medicamento (III) 

No discurso de tomada de posse, José Sócrates vincou bem a necessidade de melhorar a acessibilidade aos medicamentos pelas populações. Passados mais de quatro anos abriram-se umas centenas de ParaFarmácias, ou ParaVazias, que representam nada nas vendas de medicamentos.

E não abriu nem uma Farmácia nova, nem uma!, nem um concurso sequer abriu em Portugal durante a Governação Sócrates.

Devem estar ainda à espera da tômbola... Grande mentiroso, grande trafulhice!

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Peliteiro,   às  00:14
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Os antivirais vendem-se como imperiais 

A ler, Luís Campos e Cunha, no Público de Sexta:

«Visitei Nova Iorque em Agosto, comprei o New York Times (o meu jornal preferido) todos os dias e não me apercebi de nenhuma notícia sobre a gripe A. E estava atento. Nas conversas com amigos americanos que visitei, nunca apareceu o tema da gripe A e, quando eu propositadamente o trazia à baila, ficavam surpreendidos com a conversa. Em Londres passa-se exactamente o mesmo: ninguém fala do assunto. E noutras capitais importantes, onde tenho conhecidos e amigos, a gripe A é uma não-notícia.
Tacticamente, o Governo elegeu como problema um não-problema: a gripe A. É um não-problema porque mata menos que a gripe normal, mas foi útil. Por um lado, resolver um problema que não existe tem sucesso garantido. Por outro, seria sempre um "problema" que vinha de fora e o Governo nunca seria culpado. Tudo isto para gáudio dos jornalistas que não tinham assunto para o Verão e passaram a ter. Converteu-se a ministra da Saúde em ministra da gripe, que nos ensina a lavar as mãos e que descreve em público a situação clínica de pessoas hospitalizadas (que eu não quero, nem tenho o direito de saber). Houve mesmo editoriais a elogiá-la como óptima ministra e grande comunicadora (por contraponto a Correia de Campos). Quando isto se estava a esgotar, apareceu o ministro do Trabalho e a Concertação Social discutiu o assunto. Finalmente, surge a ministra da Educação ajudando a manter a gripe A na agenda dos jornais. Foi golpe de mestre: discutiu-se a gripe mas não os problemas do país no período pré-campanha. Funcionou tacticamente e acertou com o objectivo estratégico. Só não tenho a certeza de que o país tenha ganho. Mas as empresas farmacêuticas também ficaram a ganhar: todas as velhinhas deste país andam com frasquinhos para desinfectar as mãos quando não o fazem com a gripe sazonal, muito mais perigosa do que a gripe A. E os anti-virais venderam-se como imperiais em Verão tórrido.
»

Peliteiro,   às  00:07
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A acessibilidade ao medicamento (II) 

A saga da abertura de farmácias nos hospitais, promovida em nome da acessibilidade ao medicamento, pode ser seguida usando a etiqueta "Farmácias nos Hospitais". Um bom exemplo de populismo, irresponsabilidade e incompetência deste Governo Sócrates.

Eu, interessado no negócio, quando me apercebi do "andamento" do concurso e dos concorrentes, nem sequer apresentei proposta! Como eu, muita gente que conhece o sector, que sabe fazer contas e que tem como princípio honrar compromissos. Não era difícil adivinhar que o caso ia dar raia.

Pois bem, passados uns meses da abertura das ditas Farmácias, verificado que os doentes preferem as suas farmácias de sempre, o que fazem agora os inteligentes deste Governo? «O Governo decidiu ajustar a renda paga pelas farmácias inseridas nos hospitais, aproximando-a do seu ritmo de actividade comercial e limitando a possibilidade de estas estarem a pagar uma renda superior aos lucros que estão a retirar da venda de medicamentos». Lá vem o Estado-paizinho-protector emendar a asneira feita pelo cidadão-filhinho-pateta.

Só espero que este "ajuste" não se aplique aos contratos em curso (não o consegui confirmar na notícia), pois isso seria uma subversão inaceitável dos concursos realizados em prejuízo dos concorrentes eliminados. Seria uma fantástica vigarice. É de todo ilógico que tal aconteça - mas em Portugal, com este Governo e este Estado, não sei não...

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Peliteiro,   às  13:08
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

A acessibilidade ao medicamento (I) 

No discurso de tomada de posse, José Sócrates vincou bem a necessidade de melhorar a acessibilidade aos medicamentos pelas populações. O resultado, repetido por dezenas de localidades:

«Desde o passado dia 1 de Setembro que a Freguesia de Ancas deixou de ter Farmácia. O estabelecimento existente foi transferido para Anadia. O presidente da Junta, Arménio Cerca, está preocupado com esta situação, pois, no seu entender, a população idosa é a mais penalizada.
Com o objectivo de tentar minimizar a situação, a Junta de Freguesia escreveu ao Infarmed para saber o que pode ser feito para inverter este problema. Na missiva enviada ao Infarmed, o presidente da Junta quer saber como poderá ser pedida a instalação de uma nova farmácia nesta Freguesia e se será possível a Junta de Freguesia de Ancas solicitar a instalação de uma nova Farmácia, na área geográfica desta Freguesia.
O autarca referiu ao RB que “há décadas que Ancas possui uma farmácia, tem cerca de 1000 habitantes e uma Unidade de Saúde com cerca de 800 utentes”.
Sublinhou que a população é bastante envelhecida (tem cerca de 150 pessoas com mais de 65 anos de idade e cerca de 50 pessoas com mais de 80 anos), pelo que “é tremendamente difícil ou quase impossível a deslocação da maior parte desta população para ter acesso aos medicamentos”.
»

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Peliteiro,   às  23:51
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domingo, 13 de setembro de 2009

Em campanha eleitoral 

Primeiro estive de férias; depois o meu PC, velho e fiel companheiro, coitadinho, morreu; depois, ainda, estive fora, em trabalho. Também não tem acontecido nada de estimulante, está tudo muito cinzento - cinzento escuro. Mas vem aí as eleições, portanto preparem-se para me aturar: em campanha eleitoral, contra o Sócrates, claro.
Muito provavelmente nas próximas semanas os meus escritos procurarão demonstrar que nos sectores que melhor conheço, a farmácia e o medicamento, as análises clínicas e a qualidade em saúde, o Governo Sócrates foi um fracasso e um tempo perdido, que não se promoveram reformas mas antes uns disparates avulsos, populistas, engana-menino-e-papa-lhe-o-pão, sem coragem, sem estratégia, pusilânimes, fraquinhos como o curso de engenharia do ainda Primeiro Ministro, mas com muita propaganda. E por extrapolação demonstrar que a actividade governativa, no seu todo, foi assim, um engano, uma fraude.
Se todos fizerem este exercício, apurar o que realmente melhorou em matérias que conhecemos bem, que nos são próximas, será fácil concluir que, a bem da nação, Sócrates, esse malandro, tem que perder as eleições.

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Peliteiro,   às  23:51
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O dossiê Sócrates: o livro 

12.223 exemplares gratuitos do livro descarregados em 11 dias de publicação d' «O Dossiê Sócrates».

Saiba mais sobre o livro maldito no blogue Do Portugal Profundo, do autor António Balbino Caldeira, meu camarada de tropa, homem sério, e leia o livro a partir DAQUI.


Peliteiro,   às  23:24
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Raramente me engano 

Neste Governo Sócrates não faltam exemplos de medidas tomadas a fingir, enganosas, apenas com intuitos populistas, de eficácia duvidosa verificável mesmo antes da sua entrada em vigor. No sector da Farmácia também não faltam exemplos do fazer que faz de Sócrates.
Um exemplo recente: Depois de anos de "estudos" e de discussões, promessas de poupanças imensas, avanços e recuos, legislou-se sobre a denominada Unidose - «Até agora nenhuma farmácia mostrou interesse em aderir à dispensa unitária de medicamentos». Nem uma pírula em unidose foi vendida até hoje!

Eu tinha-o previsto: «Quatro níveis de garantia de que nunca terá efeitos práticos: só a título experimental, só em Lisboa, só em farmácias aderentes, só com prescrição médica por DCI.


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Neste Governo Sócrates não faltam exemplos de más medidas, atabalhoadas, em cima do joelho, reveladoras da maior incompetência, de ignorância muitas vezes, em que se adivinha o insucesso, a asneira mesmo antes do início da sua implementação. No sector da Farmácia também não faltam exemplos do fazer mal feito de Sócrates.
Um exemplo recente: Depois de anos de "estudos", de discussões e de alterações legislativas, promessas de poupanças imensas, de melhorias extraordinárias na acessibilidade ao medicamento, de avanços e recuos, inauguraram-se as primeiras Farmácias instaladas nos Hospitais - «As farmácias nos hospitais estão a atravessar dificuldades, em resultado das condições que assumiram, ao contrário das previsões iniciais de que viriam a ser um grande negócio»

Eu tinha-o previsto: Em breve «haverá uma destas Farmácias de Hospital a denunciar o contrato ou a falir - aposto!»

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Peliteiro,   às  23:32
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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A casa do pó amarelo 

Já poucos se recordarão mas há uns anos atrás, devido à degradação das instalações e às más práticas ambientais, pelas canalizações dos laboratórios do INSA Ricardo Jorge saía um pó amarelo não identificado que acabou por causar problemas de saúde sérios - uma morte, se bem me lembro - nos funcionários que lá trabalhavam.
Esta semana foi notícia as temperaturas extremas que são atingidas no laboratório que identifica o vírus da gripe H1N1, comprometendo a conservação analítica das amostras e o ambiente de trabalho - «Temperaturas que por vezes ultrapassam os 35ºC. Há arcas frigoríficas que descongelam e equipamentos de diagnóstico que frequentemente dão erro por excesso de temperatura».

O Estado não abdica da posição monopolista na realização dos exames laboratoriais da gripe dos porcos, mesmo quando sabido que a sua capacidade de produção será, muito provavelmente, ultrapassada no próximo Outono. Os laboratórios do INSA são laboratórios de referência. Lançam pó amarelo, destila-se à temperatura ambiente, não são acreditados nem certificados, mas são laboratórios de referência sem concorrência.

E se as exigências impostas aos laboratórios privados fossem aplicadas aos laboratórios públicos? E se as exigências do Estado fossem aplicadas ao próprio Estado?

Peliteiro,   às  23:15
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um crime nas listas do PSD 

O caso é fácil de entender: um alto funcionário da Câmara da Póvoa de Varzim, com um longo e impecável historial de serviços, dá 5 faltas consecutivas, descuida-se na justificação e o Vice-Presidente da Câmara penaliza-o com uma aposentação compulsiva; no dia seguinte o Presidente da Cãmara convida-o para gerir uma empresa municipal, com honorários e mordomias de Vereador. O Presidente da Câmara, por grande acaso, não esteve envolvido no processo de aposentação, mas o Vice-Presidente esteve e, consequentemente, foi condenado pelo crime de abuso de poder.

O Vice-Presidente, Aires Pereira, discorda do Tribunal e interpõe recurso da sentença. Politicamente, Pereira e seus correligionários aproveitam a morosidade da Justiça e sublinham bem que até ao trânsito em julgado da decisão de condenação prevalece a presunção de inocência.

Aos olhos da população a presunção de inocência perdura até hoje, já que o assunto é melindroso para os senhores do poder, já que os jornalistas locais, pelam-se e nunca mais tocaram no assunto. Uma espécie de Justiça de segredo.

Aos olhos do PSD, de Manuela Ferreira Leite, a presunção da inocência acredito que também perdure, pois nas próximas eleições autárquicas, Aires Pereira, condenado pelo crime de abuso de poder no exercício de funções de Vice-Presidente da Câmara é, uma vez mais, inacreditavelmente, candidato a... Vice-Presidente da Câmara!

Pois bem, em nome da verdade, para que os eleitores poveiros fiquem definitivamente esclarecidos, para que Manuela Ferreira Leite - "Quando a justiça se pronunciar eu pronunciar-me-ei" - se possa pronunciar e agir, deixo aqui evidências que faltavam:


(...)



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(...)


Peliteiro,   às  07:29
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Esterco microscopicamente invisível 

Os resultados das análises das águas da praia da Lagoa têm sido, este ano, BONS. Ao microscópio não é visível contaminação biológica. Mas a olho nu é, o esterco vê-se bem e ao longe:


Peliteiro,   às  15:30
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Imagine 


Imagine como seria se todas as forças políticas que concorrem às eleições autárquicas enxameassem a via pública, obstruindo-a, com enormes cubos onde se exibe a figura dos seus candidatos. Imagine se isto acontecesse em todos os concelhos do país. Imagine como seria difícil circular nos passeios das cidades se estes fossem invadidos por Macedos Vieiras e Isaltinos Morais.
Imagine que eu, distraído, caminhando pela marginal, esbarrava de frente com um tipo de bigode à morsa tratado com Restaurador Olex - Imagine o susto!

Isto será legal? Podem colocar-se artefactos de publicidade em plena via pública, obstruindo passagem? Suspeito que não.
Mesmo que seja, demonstra uma grande falta de respeito pelos cidadãos.

_________________
PS: Os consultores de campanha de Macedo Vieira, que foram buscar inspiração às campanhas de imagem de Saddam Hussein, replicaram estes cubos horrorosos também nas rotundas da cidade, esmagando as jardinagens geridas, é certo, pelo candidato mas, convém lembrar, pagas pelo erário.
PPS: A professora primária do candidato não lhe ensinou que mãos nos bolsos é só no recreio?

Peliteiro,   às  23:23
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Cumprir a lei é desvantagem competitiva 

Mais uma vez desapareceram grande parte dos cartazes que desaconselham a prática balnear nas praias da Póvoa de Varzim. Apenas uns poucos concessionários zelam para que os avisos sejam bem visíveis pelos utentes e potenciais utentes. A Polícia Maritíma não quer saber e os concessionários onde os avisos desaparecem, repetidamente, não são minimamente penalizados ou sequer incomodados. Os concessionários que cumprem a lei, coitados, são consequentemente prejudicados, perdem clientes, pois os banhistas muito provavelmente preferirão praias onde não constam antipáticos cartazes desaconselhando aquilo que procuram comprar.

Neste jogo da concorrência, como em tantos outros em Portugal, cumprir as obrigações legais é uma desvantagem competitiva e a concorrência desleal é consentida e promovida por um Estado omnipresente mas frouxo, incompetente e corrupto.

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Peliteiro,   às  22:12
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