<$BlogRSDUrl$> Impressões de um Boticário de Província
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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

Desde 2003


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Extorsionistas 

«Escutas interceptam Armando Vara a diligenciar ao mais alto nível para que o Conselho de Ministros fizesse decreto como o presidente da ANF exigia.
O Governo alterou um decreto-lei sobre a concessão a privados das farmácias hospitalares, a pedido do presidente da ANF, João Cordeiro, e nos termos em que este pretendia, já depois da sua aprovação em Conselho de Ministros

Esta matéria, a ser verdade, relaciona-se com aquela tratada no postal «Sócrates é mentiroso e traidor!» e no «Mofo ou máfia?» e mostra bem como tudo se processa neste miserável país.
Digo "a ser verdade" mas não me surpreendendo nada que seja verdade; a evolução do regime da Farmácia, desde a entrada na Governação de Sócrates, é um ziguezagueado errático, ilógico e disfuncional que não se consegue entender, a não ser pela acção de cabazes e cabazes de robalos, vindos de um lado e do seu contrário.
Será assim, cada vez mais, presumo, em todos os sectores onde haja uns resto de moedas: ou se é extorquido pelo Estado ou por alguém ligado ao Estado.

Peliteiro,   às  12:26
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Póvoa de Varzim ; Correntes d'Escritas

Teve início hoje a 11º edição das "Correntes D'Escritas", um oásis na Póvoa de Varzim, cidade que tem uma programação cultural muito pobre e genericamente muito fraquinha.
Infelizmente, como se pode ver no programa de 2010, as Correntes entram na sua segunda década sem um rasgo de imaginação, sem o mínimo de inovação, sendo mais do mesmo, em nada correspondendo a «um atrevimento à altura de um grande desafio», muito menos a "uma improbabilidade. um milagre", mas antes assumindo o papel de um encontro de escritores da série B à roda de um balcão farto de uísque.
É pena, até porque parece que se gasta bastante do nosso dinheiro nisto.

Peliteiro,   às  22:54
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inimputabilidade 

A saga da abertura de farmácias nos hospitais, promovida em nome da acessibilidade ao medicamento, pode ser seguida usando a etiqueta "Farmácias nos Hospitais". Um bom exemplo de populismo, irresponsabilidade e incompetência deste Governo Sócrates.

Eu, interessado no negócio, quando me apercebi do "andamento" do concurso e dos concorrentes, nem sequer apresentei proposta! Como eu, muita gente que conhece o sector, que sabe fazer contas e que tem como princípio honrar compromissos. Não era difícil adivinhar que o caso ia dar raia.

Vem agora dizer o gabinete da Ministra Ana Jorge, no Expresso desta semana (não encontro o link): «Os candidatos que venceram os concursos não tinham noção dos encargos associados à exploração destes estabelecimentos».

Mas isto não é extraordinário? Se não conseguem cumprir os compromissos não deveriam fechar portas e dar lugar a outros que saibam mais de gestão e da profissão?
Que choldra!

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Peliteiro,   às  00:19
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domingo, 21 de fevereiro de 2010

The Pharmacy Solution 

Na Strategy + Business, um interessante e actual artigo, que descobri via blogue balanced scorecard:
«As the debate over health-care reform reveals extensive unmet needs for better basic medical services in the United States, an unexpected player with the power to drive significant change may be as close as the corner drugstore. With new incentives and business strategies coming into play to repair and improve the health-care system, local pharmacies are positioned to help meet the top two goals of reform: providing convenient, expanded access to medical care and controlling costs.
(...)
In the current environment, where easy access to cost-effective care is paramount, the pharmacy offers four significant advantages:
1. Trust. Patients already have more contact with pharmacists than other health-care providers and appear to greatly value their pharmacists’ advice.
2. Access. The pharmacist is highly accessible.
3. Skills and services. Pharmacists are highly trained health professionals, knowledgeable about a range of medical conditions and capable of delivering some advisory, diagnostic, and treatment services.
4. Cost. Retail pharmacies operate in a highly competitive business environment, and are already acting to keep the nation’s cost of prescription medications lower by promoting generics. Pharmacy-based retail clinics could often treat patients at a lower cost than physicians’ offices could for the same conditions. Most recently, pharmacies have been playing an important role in providing cost-effective immunizations, whereas 85 percent of physicians find immunization reimbursements inadequate.
»

Vejo um grande paralelismo entre a situação americana analisada e a portuguesa e tenho a certeza que o futuro passará pela Pharmacy solution. Ainda que isso possa desagradar a muito boa gente. Quando, em Portugal, a eficiência contar mais que interesses movediços, também teremos cá discussões como esta.


Peliteiro,   às  23:04
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Moços de recados 

Por alturas de 2005, 2006, o blogue Câmara Corporativa, abaixo na lista dos blogues que sigo, destacou-se pela ferocidade dos ataques ao regime da Farmácia. Os autores eram favoráveis à liberalização da propriedade, da instalação, do local de venda de medicamentos, enfim, eram favoráveis à destruição de todo o sistema farmacêutico, que diziam antiquado e salazarento.
Claro que houve algumas trocas de galhardetes entre blogues, escrevendo já recentemente Miguel Abrantes: «O nosso boticário da Póvoa dá vida a um blogue para repisar até à náusea que Sócrates engana»; «A corporação do boticário não perdoa a liberalização da propriedade das farmácias e mais umas tantas medidas que enervaram a ANF».

Percebe-se agora o porquê de tanto interesse em "estourar" com as farmácias portuguesas:
«Quanto ao Câmara Corporativa – um dos mais antigos blogues de apoio ao Governo envolvido em várias polémicas – a troca de e-mails a que o Correio da Manhã teve acesso prova que aquele também tinha o apoio do Governo. Hugo Mendes, assessor de Almeida Ribeiro (secretário de Estado e ex-chefe de gabinete de Sócrates) assume mesmo que o Câmara Corporativa é um "projecto" que conta com o apoio de muitas pessoas. "Compreenderás que a real identidade da(s) pessoa(s) é protegida por motivos de segurança e da própria viabilidade do projecto. É, aliás, extraordinário que passado este tempo todo ainda não se saiba quem o Miguel Abrantes é, o que mostra que o cuidado que existe tem resultado", diz mesmo Hugo Mendes, indo mais longe: "O Câmara Corporativa é feito por várias pessoas que contribuem com regularidade variada. O Miguel Abrantes é o... Miguel Abrantes. E depois há outras pessoas. Tudo gente de bem".»


Peliteiro,   às  00:17
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Apesar das dificuldades existentes em todo o mundo... 


Peliteiro,   às  22:59
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Os professores de farmácia 

Vai animada e interessante a discussão na caixa de comentários do texto escrito pelo futuro colega Ricardo Oliveira sobre A profissão farmacêutica e o ensino farmacêutico em Portugal.

Só queria acrescentar três coisas, todas relacionadas com os professores de farmácia:

1 - Num país normal o coordenador de um curso de ciências farmacêuticas só pode - obviamente! - ser farmacêutico; nunca, mas nunca, pode ser, por exemplo, um engenheiro químico, doutorado em bioquímica, como julgo acontece na Universidade do Algarve. Porque o conceito de químico-farmacêutico deixou de fazer sentido há décadas e hoje um farmacêutico necessita de uma formação multidisciplinar assente no eixo fundamental fisiologia - patologia - farmacologia. Ser Doutorado em Bioquímica não atesta que se saiba coisa alguma sobre o doente e a doença. Senão, dêem-me um exemplo de um Bioquímico ou de um director de uma faculdade de medicina, de medicina dentária ou de enfermagem. Uma aberração.

Mas não é só na universidade do Algarve que as coisas estão mal,
2 - na constituição da equipa docente de um curso de ciências farmacêuticas deveria, obrigatoriamente, haver um número alargado de professores com experiência da profissão - no balcão das farmácias, na bancada dos laboratórios, nas fábricas de medicamentos. Infelizmente, pelo que julgo saber, a maioria dos professores são professores de "aviário", nunca sentiram o cheiro exalado pelo doente, nunca sentiram as suas angústias e medos, nunca sujaram as mãos com sangue. Muitos nem estão inscritos na Ordem dos Farmacêuticos. Ora estes professores de "aviário" vivem num mundo virtual em que imaginam a realidade da saúde em Portugal e as necessidades dos profissionais que estão a formar. Não se podem esperar bons resultados deste sistema.

Bem sei que todos temos que ganhar a vida,
2 - mas a lealdade não deveria ser um valore tão subestimado e tão fora de moda. E a mim parece-me desleal que professores do curso de ciências farmacêuticas, supostamente farmacêuticos, criem cursos que formem concorrentes para os seus próprios alunos, como é o caso dos cursos de farmácia biomédica e ciências bionalíticas - que não sei bem o que são, nem para que servem. Também não me parece leal que estes professores leccionem em cursos técnicos, de análises clínicas e de farmácia, contribuindo para uma confusão de atributos e competências entre profissões só possível num país desestruturado como o nosso. Ainda, se não for pedir muito, alguém deveria dizer claramente ao poder político que, mesmo sendo uma profissão eclética, não são precisos tantos cursos nem tantos farmacêuticos.

Claro que com este texto conquisto uma nova vaga de inimizades e antipatias, mas, lamento, é a opinião sincera e desinteressada de um farmacêutico experiente e com brios na profissão.

Peliteiro,   às  00:03
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Estrelinha que o guie! 

Constâncio eleito para vice-presidente do Banco Central Europeu

Peliteiro,   às  23:16
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Os mestres do Pica-Pau 

No meu tempo de Liceu, a malta frequentava muito um café, o Pica-Pau, onde se jogava bilhar e se matava o abundante tempo de ócio. O Pica-Pau era dominado por uns tipos que além de jogarem razoavelmente bem bilhar, pelo muito treino, eram mestres da treta: falavam sobre tudo, argumentavam bem, com umas graçolas, e tinham resposta fácil, ou seja, a eles ninguém os calava, independentemente do tema. Não conseguiam resolver uma equação de segundo grau, nunca leram um livro, chumbavam consecutivamente, mas no bilhar e na treta ninguém lhes ganhava.
Anos depois de ter acabado o Liceu, a Faculdade até, os mestres do Pica-Pau lá estavam como sempre: nunca de lá tinham saído, não estudaram, não trabalharam, mas falavam do mundo e dos problemas do mundo com a mesma maestria do costume - eles é que sabiam, eles tinham o patuá mais que suficiente para discutir com quer que fosse sobre o que quer que fosse.
Sócrates bem podia ter sido um dos mestres do Pica-Pau.
O povo adora políticos da escola do Pica-Pau. A política nacional discute-se de forma muito parecida às discussões do Pica-Pau.
Espero que o futuro líder do PSD tenha muitas mais competências que as dos mestres do Pica-Pau, mais conhecimentos e mais trabalho, mas, mesmo assim, não pode deixar de dominar bem algumas das suas técnicas da treta.

Peliteiro,   às  00:24
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Falta de sangue 

O elevado consumo de sangue que se tem vindo a registar provocou uma baixa acentuada nas reservas nacionais sendo a área da Grande Lisboa a região mais afectada. Para ultrapassar esta situação de carência, que poderá agravar-se durante o Carnaval, o Instituto Português do Sangue apela às pessoas em condições de dar sangue que o façam ainda hoje ou logo que possível.

Peliteiro,   às  14:45
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Amanhã, compre o Sol 



A não perder também o artigo da Ana Gomes, chamando boi a um administrador da Portugal Telecom:

Boys will be... bóis
Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar escandalosamente mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado nos mais altos escalões.
Socialista encartado, dizem. Será, nunca dei por ele, que eu saiba nunca sequer me cruzei com ele.
Atrasado mental é de certeza. Porque se não quis encalacrar os socialistas, foi exactamente isso que logrou ao accionar uma providencia cautelar para impedir a saida do jornal SOL com mais escutas das suas ruminações telefonicas, justamente numa semana em que os socialistas procuraram desmentir quem clamava contra a falta de liberdade da imprensa.
E se investiu para abafar o jornal, a criatura tambem não percebeu que, ao contrário, projectava ainda mais longe a radiação solar.
Com bóis destes, para que precisa o PS de boys?
A nossa Deputada europeia escreve boi com acento...

Peliteiro,   às  23:08
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Criação de carreira Farmacêutica 

«O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos foi convocado para uma reunião no próximo dia 22 de Fevereiro para iniciar o processo de negociação da carreira. É uma reunião conjunta com todos os outros sindicatos, sendo que, como sabem, todos eles são contrários à criação de uma Carreira Farmacêutica.
Assim, apesar de a posição do SNF da criação de carreira Farmacêutica ser apoiada por várias instituições representativas da classe (OF, APFH, APAC), torna-se fundamental ter uma evidência de que os Farmacêuticos – Técnicos Superiores de Saúde dos vários ramos da carreira apoiam esta revindicação do SNF.
Mais ainda , dado que o STE (Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado) também representa alguns farmacêuticos e também não apoia a implementação de uma Carreira Farmacêutica, É FUNDAMENTAL DEMONSTRAR QUE OS FARMACÊUTICOS QUE NÃO QUEREM CARREIRA FARMACÊUTICA SÃO UMA ABSOLUTA MINORIA.
 Apelo assim aos colegas Técnicos Superiores de Saúde farmacêuticos dos ramos de Farmácia Hospitalar, Laboratório e Genética, para que assinem a petição on-line que pode ser consultada em:»

PETIÇÃO.

Peliteiro,   às  22:54
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A profissão farmacêutica e o ensino farmacêutico em Portugal 

algumas notas e considerações por um estudante de Ciências Farmacêuticas

Permitam-me a liberdade de vir por este meio sugerir-vos a leitura de um White Paper emitido pelo Governo britânico em 2008, intitulado Pharmacy in England; Building on strenghts - delivering the future, a propósito do "aproveitamento" e da optimização das capacidades e potencialidades clínicas e do expertise técnico e científico dos farmacêuticos no âmbito da prestação de mais e melhores cuidados de saúde às populações. É interessante notar a diferença abismal com que o Governo britânico encara e trata os farmacêuticos, ou seja, como intervenientes fundamentais no sistema de saúde, comparativamente à forma como o anterior e actual Governo português (liderado por José Sócrates) tratou a classe farmacêutica portuguesa assim que iniciou funções. Não fosse a excelente organização sectorial da farmácia comunitária portuguesa, através da sua estrutura associativa, a Associação Nacional das Farmácias, que se impôs e negociou um acordo com o Governo (v. "Compromisso com a Saúde"), e este Governo, através do seu então Ministro da Saúde, Correia de Campos, teria reduzido as farmácias comunitárias a meros espaços comerciais de venda de medicamentos, desvinculando-as completamente do seu papel enquanto espaços de saúde e de prestação de serviços e cuidados de saúde à população - como sempre têm sido – e desvirtuando o carácter de profissional de saúde do farmacêutico comunitário. No entanto, infelizmente, a relação deste Governo com os farmacêuticos parece continuar congelada, se é que existe alguma relação (!) – a negociação e concretização das carreiras farmacêuticas no SNS, autónomas e definitivamente separadas da actual Carreira dos Técnicos Superiores de Saúde (que inclui uma amálgama de profissionais com diferentes formações académicas universitárias, inclusivamente biólogos, licenciados em Bioquímica, entre outras), parecem estar na gaveta da Sra. Ministra da Saúde (aparentemente apenas preocupada com as carreiras médicas), e a farmácia hospitalar e a figura do farmacêutico hospitalar, essencial ao funcionamento de qualquer unidade hospitalar, parece ter sido definitivamente remetida para a cave, ao invés de ser modernizada no sentido do desenvolvimento e da aplicação da farmácia clínica no contexto hospitalar – o que, como vários estudos têm demonstrado, tem contribuído noutros países, como os EUA, para a detecção de erros de prescrição, para a optimização da terapêutica bem como para a redução da morbilidade e mortalidade associada à má utilização de medicamentos. Estamos, portanto, perante uma realidade infeliz. Chamo também a atenção para o facto da actual classificação dos medicamentos em MSRM e MNSRM ser, a meu ver, demasiado “medicocêntrica” (passo a expressão), dando a noção de que um MNSRM é um bem de consumo que, à semelhança de qualquer produto alimentar, não precisa de um intermediário qualificado - o farmacêutico - para ser adquirido. Ora, esta questão é, a meu ver, crucial para a prática farmacêutica e para a dignificação da profissão farmacêutica portuguesa, sendo urgente que seja feita pressão sobre o Governo para a criação de uma terceira lista de medicamentos, à semelhança do que sucede, p.e., no Reino Unido, sendo estes de venda exclusiva em farmácias comunitárias sob indicação expressa do farmacêutico comunitário (aqui incluo anti-inflamatórios não esteróides, antitússicos, expectorantes, laxantes, inibidores da bomba de protões, antiácidos, antibacterianos, antifúngicos, antihistamínicos, inibidores enzimáticos – p.e., orlistato - triptanos, vasoconstritores nasais, entre outros, independentemente da dosagem). Aproveito também para referir um assunto que, na minha perspectiva, merece a maior atenção e que se prende com o número de cursos de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas e com o número de vagas para os mesmos (actualmente, cerca de 900, não contando com as vagas abertas para os concursos especiais), bem como para a qualidade formativa dos futuros farmacêuticos portugueses – como se sabe, o curso foi reduzido de 6 para 5 anos de forma aparentemente unilateral, contrariando as recomendações do grupo de trabalho nomeado para a adaptação do curso ao Processo de Bolonha, não sendo, na minha perspectiva, essa redução benéfica para o ensino farmacêutico nem para a competitividade do farmacêutico no mercado de trabalho face a determinadas classes profissionais/cursos satélite. Apelo assim aos caros colegas (e futuros colegas), que desempenham cargos de direcção nas estruturas associativas, que intervenham junto das estruturas governamentais competentes e junto da sociedade civil em geral, quer de forma directa, ou através da emissão de comunicados, demonstrando as preocupações e as recomendações dos futuros farmacêuticos sobre o panorama da Saúde em geral, e do sector farmacêutico em particular, com especial enfoque no papel essencial do farmacêutico – da farmácia comunitária à indústria farmacêutica – em qualquer sistema de saúde, papel esse que não pode ser menosprezado pelo poder político, como tem sido pelo Governo de José Sócrates, mas sim aproveitado e optimizado.


Ricardo M. Oliveira - Estudante do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Peliteiro,   às  22:19
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Já tenho candidato! 

Paulo Rangel é candidato ao PSD
Treme Sócrates.

Peliteiro,   às  16:08
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O estranho caso do Dr. Benjamim 

Tomei conhecimento da obra do Dr. Benjamim, Presidente da Junta de Izeda, Macedo de Cavaleiros, numa reportagem da TVI, mas encontra-se em vários sítios da www: «Uma vez por semana, Benjamim Rodrigues troca o “fato” de presidente da Junta pela bata de médico, profissão que exerce há vários anos, para atender aos problemas de saúde da população local».

Podemos até louvar a iniciativa do Dr. Benjamim em favor do interesse público, suprindo carências dos serviços de saúde do Estado com o seu trabalho gratuito mas o que não podemos é permitir que o Dr. Benjamim não cumpra a lei.
«Sempre que é necessário, o médico prescreve receitas e, quando possível, alguma medicação é cedida sem qualquer custo para os utentes. Uma vez por semana vai também à aldeia uma clínica privada de análises.» - Ora, neste parágrafo pespectivam-se duas ordens de ilegalidades: um médico não pode "ceder medicamentos" (na TVI vê-se o Dr. Benjamim a entregar embalagens de medicamentos a um doente) e as clínicas privadas de análises - ou lá o que é isso - não podem "ir às aldeias".
Nem mesmo uma campanha eleitoral permanente, patrocinada com comparticipações do Estado, é justificação para que não se cumpra a lei. Remendar nunca é boa solução. Dura lex sed lex.

Disclaimer: texto escrito apenas com base na memória da reportagem da TVI e dos excertos transcritos.

Peliteiro,   às  00:07
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Força Mariana! 

«Os pilotos da Macominho Sport, Mariana Neves de Carvalho / Filipe Martins e Ricardo Costa / Nuno Almeida realizaram no passado fim-de-semana a preparação para a segunda prova do Campeonato Open de Ralis, o Rali Cidade de Barcelos.

Uma vez mais inserida no Campeonato de Portugal Júnior de Ralis, a dupla Mariana Neves de Carvalho e Filipe Martins estarão uma vez mais aos comandos do Peugeot 206 GTI, inscrito também no Desafio Modelstand. Os objectivos da dupla famalicense passam por alcançar mais uma linha de chegada e tentar um lugar dentro dos cinco primeiros da competição Júnior, “ainda estamos numa fase de habituação ao Peugeot, por isso vamos ter algumas cautelas. O rali é extremamente rápido e ao mesmo tempo algo perigoso, mas vamos dar o nosso melhor para cumprir-mos o nosso objectivo”. Em termos de troféu a piloto não coloca nenhuma meta, “apenas quero amealhar mais pontos para que no final do Desafio possa ter um lugar dentro dos dez primeiros”, confessou Mariana Neves de Carvalho.»


Peliteiro,   às  23:05
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade 

«O primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem.

Assine a petição. Participe na manifestação convocada para as 13h30 de quinta-feira em frente da Assembleia da República.»


Peliteiro,   às  16:19
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Ofir 

O pinhal de Ofir já foi um dos lugares mais aprazíveis do litoral de Norte de Portugal, sustentando, contra a erosão das bravas águas do Atlântico, uma das mais belas praias portuguesas.
Entretanto, a rapacidade dos empreiteiros aliada à suspeita conivência da autarquia de Esposende infestou o pinhal - outrora com umas poucas, pequenas e bonitas moradias - de casarões e condomínios, ou seja mataram o pinhal.
A consequência está à vista, a praia está a desaparecer, brevemente seremos todos a pagar a irresponsabilidade interesseira de alguns, pois a marcha do mar, como bem se vê, é inexorável:


Peliteiro,   às  00:18
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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Apito encarnado 

Setúbal 1 - Benfica 1

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Peliteiro,   às  23:36
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

hiperemese 

Cada vez mais o Estado, tudo o que é Estado, me dá vómitos.
O Estado permitiu a abertura de cursos sem fim na área da saúde, muitos mais do que sabia serem necessário, permitindo a expansão ilimitada da negociata do ensino superior.
Depois, aproveitando o excesso de oferta de diplomados, fomentou os "estágios voluntários", aproveitando mão-de-obra gratuita e obediente, sempre na esperança de um emprego.
Agora, sem escrúpulos, sem vergonha, aqueles jovens que queiram fazer "estágios remunerados" têm que pagar! Há profissionais a trabalhar em Hospitais durante meses e meses e, ainda, a pagarem 5 € por dia!
Um abuso tal do infortúnio alheio não é próprio de gente de bem; dá-me asco!

Peliteiro,   às  00:11
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A shot in the arm for pharmacists 

One example of how community pharmacists are expanding their patient care services, thereby creating additional revenue streams and growing their patient base through addressing the health care needs of these individuals through providing immunizations and other services: AQUI.

Peliteiro,   às  18:43
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

José "Chavez" Sócrates 

Mário Crespo termina colaboração com JN após recusa na publicação de artigo

Aguardando o contraditório, fica aqui o texto do Mário Crespo, até para que os habituais leitores do JN o possam ler:
«Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»

Peliteiro,   às  16:50
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Indicadores de melhoria do SNS resultantes das reformas socialistas 

Os principais grupos privados na saúde facturaram 694 milhões € em 2009, um crescimento de 42,5% !!!

Sector privado da saúde bate recorde de cirurgias e de urgências!

Peliteiro,   às  13:51
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