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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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quinta-feira, 28 de março de 2024

A primeira farmacêutica Ministra da Saúde 

 Pela primeira vez na história do país teremos uma Ministra da saúde farmacêutica.

Isto é especialmente relevante porque a profissão farmacêutica em Portugal raramente tem o merecido destaque e reconhecimento, o que se revela injusto dado o contributo dos farmacêuticos nas suas diversas áreas de actuação - desde a farmácia comunitária, à investigação científica, até às análises clínicas e genéticas. França, por exemplo, de memória, teve recentemente duas Ministras da Saúde farmacêuticas - Roselyne Bachelot-Narquin, aqui referida, e Agnès Firmin Le Bodo, confirmando a visibilidade e prestígio dos farmacêuticos nesse país.

Mas mais importante que manifestações corporativas é importante sublinhar que a Prof. Ana Paula Martins tem um conhecimento transversal do sistema de saúde, foi competente em todos os cargos cumpridos, tem uma capacidade de conciliação e negociação extraordinárias e, mais difícil, tem um sentido de serviço público e honestidade ímpares. 

Teremos a sorte de, neste momento conturbado, ter uma excelente Ministra da Saúde! 


Peliteiro,   às  18:48
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Peliteiro,   às  07:45
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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Incúria incurável 

 

Durante anos escrevi neste blogue com a etiqueta "Grande parte dos esgotos produzidos na área urbana de Vila do Conde e Póvoa de Varzim sai para o oceano sem qualquer tratamento".
Não adiantou nada: Praia da Lagoa na Póvoa de Varzim interdita a banhos. 

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Peliteiro,   às  14:37
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

A pandemia e a profissão farmacêutica 

 Já temos o tempo suficiente de pandemia para fazer balanços, neste caso a minha modesta opinião sobre o impacto no reconhecimento da profissão farmacêutica pela sociedade:

1- Muito bom, o desempenho dos farmacêuticos, das farmácias na realização de TRAg à população, em especial nos momentos mais decisivos. A imagem de prestador de cuidados de saúde do farmacêutico saiu muito reforçada e isso perdurará na memória colectiva como um trunfo valioso. De início a vertente comercialona, avara, de curto-prazo, não vislumbrou a oportunidade mas depois as farmácias assumiram-se como agente de saúde relevante e a comunicação social vendeu uma cobertura muito positiva. Momento ao nível da frase "pergunte ao seu médico ou farmacêutico".

2- Muito mau, o vazio deixado pelos professores e ilustres farmacêuticos na discussão da pandemia, virologia, imunologia, farmacologia, métodos de análise, etc. Nos debates na TV, nos jornais e rádios a ciência dos farmacêuticos perdeu por completo por falta de comparência. A OF deveria ter intermediado uma estratégia de comunicação. Num futuro próximo nenhum OCS convidará um farmacêutico como líder de opinião em áreas da saúde humana porque manifestamente não há uma única voz. Congelem as vaidades senhores professores, quem não aparece não existe.


Peliteiro,   às  22:43
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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Gestão da qualidade, Top 5 

Da minha experiência, o Top 5 dos conceitos de gestão da qualidade mais incompreendidos: 
1- Abordagem por processos (destacadíssimo); 
2- Política da qualidade; 
3- Objectivos da qualidade; 
4- Avaliação de fornecedores; 
5- Eficácia da formação.


Da minha experiência, o Top 5 dos conceitos de gestão da qualidade mais fingidos: 
1- Design e desenvolvimento (destacadíssimo); 
2- Necessidades das partes interessadas; 
3- Compreensão do contexto; 
4- Planeamento de alterações; 
5- Pensamento baseado em risco.

Peliteiro,   às  16:44
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e-recadinhos 

Nos bons cursos de gestão não há cadeiras como "Gestão avançada de empresas através de mails" ou "Introdução à gestão por e-recadinhos". No entanto não é inusitado receberem 100 mensagens num só dia, comprometendo a produtividade e a sanidade mental de todos. Mais planeamento e menos decisões avulsas, por favor.

Peliteiro,   às  16:41
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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Outra vez?... 

 Durante alguns anos tive orgulho por ter contribuído, através deste blogue, para que os esgotos urbanos na Póvoa de Varzim não mais fossem lançados directamente no mar, num atentado ambiental e económico tremendo e paradoxal num município que se queria turístico e atractivo.

Infelizmente parece que o problema não ficou definitivamente resolvido e as praias da Póvoa ostentam agora não a bandeira azul, mas antes a vermelha, interditas.

É claro que hoje como antes o Presidente da Câmara está longe, outra vez de férias, salvo raras excepções toda a oposição se cala, cautelosa, a culpa é das marés e das correntes, do calor, do frio, da chuva, dos outros e as análises feitas pela Câmara em causa própria estão boas como revelam os seguintes relatórios:



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Peliteiro,   às  14:29
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sábado, 11 de julho de 2020

Biossegurança 

A DGS, na orientação 15/2020 diz que no diagnóstico laboratorial de SARS-CoV-2 «O tratamento dos produtos biológicos e a inativação do RNA viral deve ser realizado em laboratório de biossegurança de nível 2 (BSL2)».
Como se diz agora, um enorme lol 😂😂.

Peliteiro,   às  12:54
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Greves modernas 

Tenho acompanhado com interesse esta mediática greve dos enfermeiros não pelas reivindicações concretas, mas por questões colaterais que levanta:

- O Governo Geringonça, supostamente de esquerda, é uma ameaça real aos direitos dos trabalhadores?
- Porque não fazem greve os enfermeiros do sector social ou privado?
- Deverá haver limitações à greve nos profissionais de saúde?
- Esta greve é a mais agressiva das greves contemporâneas? Porque está a ter tanto impacto?
- Numa sociedade moderna a greve não deveria ser já um arcaísmo?
- O modelo de financiamento colectivo e a comunicação em rede ditará o fim dos sindicatos tradicionais?
- Porque há agora tantas Ordens corporativas? Para que servem?
- Se ainda vigorassem o regime das 40 horas o SNS estaria tão vulnerável?
- Como seria tudo isto se fosse num Governo de Passos Coelho?

Peliteiro,   às  22:23
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Greve dos enfermeiros 

Não conheço bem as reivindicações dos enfermeiros; não consigo entender como uma sociedade moderna decide carreiras remuneratórias com base na capacidade de fazer greves, quanto mais agressivas mais eficazes; os enfermeiros são uma classe heterogénea, em formações e em funções, pelo que ganharem todos o mesmo me soa estranho.

No entanto, nisto tudo, o mais difícil de compreender, o mais inusitado, surpreendente, espantoso, incrível é o facto de um Governo composto por socialistas, comunistas e esquerdistórradicais querer impedir trabalhadores de exercer um legítimo direito.
Bom, talvez não. Afinal socialismo é mentira, interesses e subjugação do povo pela força. Socialismo é isto.

Peliteiro,   às  22:22
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domingo, 6 de janeiro de 2019

APJF 

Há 30 anos fui um dos fundadores da Associação portuguesa dos jovens farmacêuticos.
Os nossos objectivos passavam pela valorização do papel do farmacêutico enquanto profissional de saúde, muito pela integração plena de jovens licenciados nas carreiras profissionais nas farmácias, nos hospitais, nas análises clínicas, na indústria farmacêuticas e outras.
Os cursos eram muito bons, teoricamente robustos, os licenciados saíam muito bem preparados mas o exercício profissional era decepcionante. Acreditávamos conseguir prestigiar a profissão e contribuir decisivamente para um país melhor.
Nessa altura havia poucos farmacêuticos a trabalhar efectivamente, a propriedade de farmácia estava muito nas mãos de comerciantes, a abertura de novas farmácias era impossível, o balcão das farmácias era ocupado principalmente por profissionais sem qualquer formação e na direcção técnica das farmácias usava-se muito a Dra. dona de casa que "dava o nome" e que aparecia uma vez por mês para assinar uns papéis. Nos outros sectores de actividade o panorama era equivalente.

O mundo e o país entretanto mudaram muito e a situação actual da profissão não se pode dissociar disso, mas tenho a sensação que a minha geração não contribuiu nada ou quase nada para a melhoria do papel do farmacêutico na sociedade dos nossos dias, consequentemente, nem para as condições de trabalho, remuneratórias e para o prestígio e reconhecimento social.
Há muitos farmacêuticos, demasiados, com qualificações heterogéneas.
A propriedade de farmácia permanece, cada vez mais, nas mãos de comerciantes, agora com a cobertura da lei, continua a ser impossível abrir novas farmácias, os farmacêuticos ocuparam o balcão das farmácias e as direcções técnicas são presenciais mas a autonomia técnica e científica é limitada e as funções são pouco valorizadas como se pode verificar pelos ordenados miseráveis e a precariedade laboral; as carreiras da função Pública só recentemente foram criadas mas por enquanto nada de novo trouxeram à realidade do exercício; continua a não haver directores técnicos farmacêuticos em laboratórios hospitalares e os farmacêuticos são relegados para segundo plano; nos laboratórios de análises clínicas de ambulatório quase já não há farmacêuticos com menos de 50 anos; não há praticamente indústria farmacêutica e onde há produção vêem-se muitos outros profissionais a competir com lugares de topo na hierarquia.

Enfim, os objectivos iniciais da APJF eram ambiciosos mas se fizermos uma leitura fria e desapaixonada foram rotundamente falhados e as expectativas, a possibilidade de realização profissional plena de um farmacêutico em 2019 é ainda menor que em 1988.
Pela minha parte, pelo meu contributo para a evolução da profissão, e pelos medíocres resultados obtidos peço desculpa aos actuais jovens Colegas.


Peliteiro,   às  20:04
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