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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

Desde 2003


sexta-feira, 29 de abril de 2005


Peliteiro,   às  19:40
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Sinistralidade Rodoviária 

sinistralidade rodoviária ANF


A ANF tem em curso uma campanha, com anúncios de rádio e tudo, sobre os efeitos tremendos da sinistralidade rodoviária: As atitudes sociaias face ao risco do trânsito rodoviário; as interacções de medicamentos, álcool e condução.
Uma óptima iniciativa de uma instituição privada, esperemos que com resultados muito positivos.

Soube através dessa campanha que o Presidente Jorge Sampaio fará uma Presidência aberta sobre sinistralidade rodoviária.
Uma óptima iniciativa do Sr. Presidente. Já é bem altura de os políticos abordarem esta problemática de uma forma consistente.

Para começar, podia o Sr. Presidente da República falar com o Sr. Presidente da Câmara do Porto a ver se este mandava retirar uns cartazes com a caricatura presidencial e umas letras miudinhas encavalitadas, publicitando uma conferência, que estão abundantemente semeados na Avenida AIP, e porventura noutros sítios, o que muito contribui para que os condutores se desconcentrem da condução, especialmente os mais curiosos como eu, e batam na traseira do carro da frente.
Uma péssima iniciativa a da Casa da animação do Porto, instituição de subsídios públicos, pressinto, que não tem em consideração que nas estradas nada deve distrair os condutores. Já bastam as mini-saias.


Peliteiro,   às  00:13
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quinta-feira, 28 de abril de 2005

Bons velhos tempos 

A musiquinha que acompanhou muito tempo este blogue, logo nos inícios, vai para 2 anos. Para aliviar a tensão:

Peliteiro,   às  23:35
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quarta-feira, 27 de abril de 2005

De Costa a Costa 

Há quatro anos um Inspector da Judiciária foi morto, e outro foi ferido, por um bando de meliantes.

Nos jornais o alvoroço do costume.

O Ministro era A. Costa, do PS.

Hoje, os tribunais libertaram os meliantes. Os "prazos" foram ultrapassados...

Para os mortos não há "prazos"! Ainda menos quando morrem em serviço; ao nosso Serviço.

O Ministro é A. Costa, do PS.

Peliteiro,   às  23:28
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terça-feira, 26 de abril de 2005

Centro Materno Infantil 

Eis um tema que demonstra, com toda a clareza, que somos um país à deriva, uma choldra, um atoleiro de interesses, uma manjedoura onde os porcos se alambazam até ao vómito.

O projecto de construção de um Centro Materno Infantil no Porto já saltitou entre o S.º António, o S.º João, o Maria Pia e a Maternidade. Um projecto de máxima importância para a região, note-se.

E não é só o tempo todo que isto tudo dura! Nem os ziguezagues devidos a pressões, interesses e influências. Se fosse só isso até seria normal, aceitável, bom, já estamos habituados!

O cúmulo do absurdo é este: em tempos decidiram que a melhor solução seria construir de raiz o Centro em terrenos ao lado da Maternidade Júlio Diniz.

Então,
desalojaram os moradores de um bairro social,
demoliram o bairro,
alojaram os moradores em casas novas doutros bairros.

De seguida, desistem da ideia e o projecto passa para o S. João!!!!

Então,
no mesmo sítio onde demoliram,
e que entretanto transformaram em parque pago de estacionamento,
constroem um outro novo bairro, sim constroem um bairro no mesmo sítio onde antes tinham demolido!
E os moradores desalojados podem voltar ao lugar onde nasceram, mas com casas novas.

Agora,
Correia de Campos, hoje, anuncia que, afinal, o Centro materno infantil não mais será no S. João!!!

Onde será, então?
Talvez destruam de novo o Bairro da Parceria...

Quantos milhões?
E a saúde das criancinhas?
Inacreditável!

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Peliteiro,   às  23:49
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segunda-feira, 25 de abril de 2005

Far West 

E se o 25 de Abril nunca tivesse acontecido?

Se o 25 de Abril nunca tivesse acontecido presumo que estaríamos exactamente como estamos: no lodo !

As grandes e notáveis mudanças que se associam ao 25 de Abril, incluindo a tão propalada liberdade, não se devem, de facto, a essa grande embuste a que se chamou a revolução dos cravos. São apenas consequências do curso da história moderna. Não podemos analisar uma sociedade ou um regime político de meados do século XIX à luz dos nossos dias. Com ou sem 25 de Abril eu poderia, hoje, mesmo num país do longínquo Oeste da Europa, escrever sobre política num blogue, e teria, na mesma, um microondas na cozinha.

O 25 de Abril não serviu para nada. Quanto muito antecipou, apenas, o inadiável. Com custos. Custos que nestes dias de cerimónias ninguém fala, mas todos se lembram.

Portugal é, ontem como hoje, uma jangada encalhada. Os Portugueses são um povo indigente e indolente cuja única aspiração e única vocação é o dinheiro fácil. Sempre foi assim. Por isso, este longínquo talhão do Oeste da Europa há-de ser, cada vez mais, terreno fértil para o jogo e o lenocínio, para traficantes de influências e advogados de negociatas.

O futuro de Portugal é transformar-se num imenso Casino. Com ou sem Abril, esse sempre foi o nosso grande desígnio.

Peliteiro,   às  23:53
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sábado, 23 de abril de 2005

 

Programa para o 25 de Abril:


Trabalhar, calmamente, o dia todo.

Porque nós, os verdadeiros proletários, sempre soubemos que nada de substancial mudaria.

Mudam os tempos, mudam os "cães grandes", mas para nós, arraia-miúda, tudo sempre na mesma: trabalhar para o pão - o nosso e o deles!

Peliteiro,   às  14:37
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Eu tive um sonho!
Sonhei que o FCP ainda será campeão este ano. Não me costumo enganar!

Peliteiro,   às  14:14
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Impressões de um Médico de Província 

Um blogue novo, do já experiente, simpático e activo Gasel: O "Algumas passagens. A visitar.

Por falar em médicos, ouvi dizer que a secção Norte da Ordem dos Médicos anda a promover encontros com os hipermercados, gasolineiras, e outros do género, para discutir a venda de MNSRMO. Mas não com os Farmacêuticos! Conversas comerciais, com certeza; questões mais complicadas, técnicas, não interessam...

Um dia destes, neste país sem norte, ainda vamos acabar a discutir Saúde com a Associação dos Endireitas ou dos Ervanários e a OM há-de ter um stand no congresso do Pº Fontes.

Peliteiro,   às  10:33
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sexta-feira, 22 de abril de 2005

Desproporcionalidade 

Um tempero mexicano, o "Old El Paso" tem ocupado algum tempo nos nossos noticiários.
A esmagadora maioria dos portugueses nunca se deliciou com petiscos mexicanos, nem sabe o que é um Burrito ou uma Encillada.
Há pouco aconteceu o mesmo com um misterioso molho Inglês.

Entretanto, em qualquer drogaria de província, qualquer lavrador menos escrupuloso ou menos consciente, pode comprar toneladas de pesticida, de "remédio para escaravelhos" ou "remédio para os caracóis" (ou 605 forte como nas ratazanas do Gato fedorento).

É por isso que em qualquer venda ao pé da estrada, na bela alface, ou na bela çabola, se poderiam encontrar concentrações tóxicas equivalentes a horas e horas de telejornais preenchidos por balelas de para red ou de sudan.

E assim vai o mundo!

Peliteiro,   às  23:26
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quinta-feira, 21 de abril de 2005

Caos 

"supermercados, drogarias ou perfumarias"

"a intervenção de outros técnicos com formação adequada em farmácia, sem serem necessariamente farmacêuticos, como são os técnicos de farmácia"

"sem votos contra"

Peliteiro,   às  18:16
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ANF responde e alarga os horários 

Em 1999, quando a Farmácia da Boa Hora, no centro do Porto, decidiu abrir das 9 às 21H, de segunda a Sábado - 72 horas semanais, portanto, para além das urgências nocturnas - fui abordado por inúmeros colegas que me manifestavam o seu desagrado.

A minha posição sempre foi a seguinte: se a Farmácia serve três centros de Saúde, um Hospital e uma Maternidade, não posso ter o horário de uma loja comercial; sirvo a população e não os interesses dos colegas!

Além disso, esta Farmácia nunca teve nas montras um cartaz de publicidade a medicamentos; nunca teve, no interior, expositores com medicamentos - sejam ou não sujeitos a receita médica; e no balcão estava, sempre, no mínimo, um Farmacêutico.

A bandalheira que se instalou em Portugal no que se refere ao regime de comercialização de medicamentos também é culpa da classe Farmacêutica!

Certo é que se Correia de Campos e Vital Moreira conseguirem a liberalização da propriedade e da instalação da Farmácia, com ou sem Bolkestein, não mais teremos Farmácias tal como as concebemos hoje.
A assistência farmacêutica piorará, inevitavelmente. E as populações, o mexilhão, serão prejudicadas, como sempre!

Peliteiro,   às  14:24
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quarta-feira, 20 de abril de 2005

Portugal anestesiado 

"Divinum opus sedare dolorem"
Hipócrates

De novo o referendo sobre o aborto, a grande prioridade.


"Infundiu, pois, o Senhor um profundo sono a Adão; e quando ele estava dormindo, tirou uma das suas costelas..."
Génesis(II, 21)

"Ministro da Saúde quer recrutar médicos estrangeiros por anúncio".
Dois erros graves de governação num só título do jornal do Belmiro: Educação e Saúde. Como se justificam os políticos aos milhares de jovens que querem mas não podem ingressar em Medicina e aos milhares de doentes sem cuidados de saúde?


"Poucos momentos depois das primeiras inspirações do ether, senti um adormecimento por toda a superfície cutanea, não analogo á compressão de um nervo, mas satisfatorio e aprasivel; sucessiva e quási simultaneamente sobreveio-me um relaxamento, e debilidade muscular, cada vez mais notavel, e alguma perturbação de cabeça. A vontade parecia não exercer o seu dominio, e a gravidade parecia pôr em vigor as suas leis; as palpebras obedeceram-lhe, e cahindo cerraram-me os olhos, que a custo podia entreabir - um bem estar, um descanço indefinivel, me aniquilava as forças."

Peliteiro,   às  00:13
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terça-feira, 19 de abril de 2005

Bento XVI 


Peliteiro,   às  17:47
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Habemus Papam 


Peliteiro,   às  16:57
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domingo, 17 de abril de 2005

"Guterres presta provas" 

Não é assim tão prestigiante este cargo na ONU para um tão brilhantíssimo socialista Português.

Pois não?

Peliteiro,   às  23:47
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Messenger 

Definitivamente convertido ao messenger, por influência dos mais novos, poderão agora ter o prazer de comunicar instantaneamente com o autor do vosso blogue preferido e inclusivamente pedir autógrafos virtuais:


jorge_peliteiro@hotmail.com

Peliteiro,   às  18:43
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sexta-feira, 15 de abril de 2005

Fotoblogue Poveiro 

Olhem que belo fotoblogue. Poveiro. Muito bem.



Peliteiro,   às  23:44
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Casa da Música 

Não sou a favor de monumentos de regime.

Peliteiro,   às  18:48
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Limitação de mandatos II 

A limitação de mandatos, medida anunciada por Sócrates, serve, também, para analisar a personalidade e a metodologia de acção do próprio Sócrates.

Devagar, muito devagar, dado o silêncio a que se remete e o silenciamento que impõe, podemos observar o modus operandi deste predador ardiloso.

Sócrates não olha a meios para obter os seus fins. Pouco lhe interessam os mandatos mais ou menos longos de deputados ou autarcas. Quer lá saber disso!

Neste momento interessam-lhe duas coisas: criar ruído de fundo e eliminar focos de oposição relevantes.

Com os ruídos de fundo pretende distrair as presas; em eliminação da oposição pode ler-se, neste caso, Alberto João.



Peliteiro,   às  12:29
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Limitação de mandatos 

A questão, para mim, é límpida.

A eternização de políticos em cargos executivos é um mal.
Não faltam exemplos de "dinossauros" que através de expedientes mais ou menos obscuros, mais ou menos lícitos, vão perdurando, agarrados que nem lapas, aos cargos para o qual vão sendo sucessivamente eleitos.

Mas a limitação de mandatos é uma limitação à própria democracia, aos seus princípios básicos. Não se pode limitar a capacidade de escolha dos eleitores. O povo é quem sabe, o povo é quem mais ordena.
O povo pode eleger o número de vezes que entender, quem bem quiser. Não pode haver limitação de mandatos!

Simples.

Não há sistemas perfeitos!

Peliteiro,   às  12:15
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Entrevista a João Cordeiro no DN 

Vale a pena ler a entrevista ao Dr. João Cordeiro no Diário de Notícias de hoje.

Merece especial atenção a última frase:

"Vamos organizar-nos sempre cumprindo a legislação. Mas aquelas pessoas que nos atacam não venham depois dizer que afinal o lóbi ainda está mais forte."

Peliteiro,   às  10:23
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04# 

Preparem-se!

Prato 04#


Dentro em breve teremos novidades surpreendentes na arte de bem comer.
Na renovada marginal Póvoa - Vila de Conde, com uma explêndida vista para o Atlântico, surgirá um templo pantagruélico.

Imagino já, um almoço de praia, um peixe-galo grelhado, um copo de verde frio, ao sol, a ver o mar.
E o S. Pedro? As sardinhas, aquela gordurinha boa na broa... E no Inverno? A chuva tempestuosa a bater nas vidraças e nós, quentinhos, a saborear um belo bacalhau assado na brasa...

Peliteiro,   às  01:03
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Bravo Sporting 

O Sporting é uma equipa simpática. Fico satisfeito, sim senhor!

Peliteiro,   às  00:47
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quinta-feira, 14 de abril de 2005

Silva Garcia 

Nunca votei no PS !
Mesmo nas autárquicas, onde as pessoas, pela proximidade, são mais importantes que os partidos que representam, nunca deixei de votar PSD.

Nas próximas autárquicas, talvez quebre esta regra. Por duas razões:

O candidato do PS será o Arq. Silva Garcia, homem com quem simpatizo e que me parece: sério, inteligente, interessado e conhecedor.

Silva Garcia

A ordem das quatro qualidades não é arbitrária, correspondem às que considero mais importantes para um bom exercício como autarca. Seriedade é fundamental - não concebo, nem compactuo com políticos desonestos. Inteligência e interesse pelos problemas da cidade e dos cidadãos - mais importante que experiência do poder, podendo esta até ser um factor negativo, entorpecedor, asténico. Conhecedor do que deve ser uma cidade e da qualidade de vida que os cidadãos exigem e merecem - ao contrário de certos autarcas que olham apenas para o umbigo e que nunca viram para além de Tui ou Badajoz.

O grande defeito do Arq.º Silva Garcia é, então, ser candidato do PS. Para além disso, tem todas as condições para dar um impulso vigoroso na cidade, o que até nem será difícil, transformando-a num pólo urbano importante do eixo Galiza-Douro.

O candidato do PSD não se sabe ainda quem será. Aires Pereira não me serve, decididamente, nem pensar, nele nunca votaria. Luís Diamantino bem melhor mas improvável. Macedo Vieira, que surgiu como independente e pretendendo ser uma renovação - já lá vão 12 anos - fez um bom primeiro mandato, sem dúvida, o dinheiro abundava e a cidade estava deprimida e estragada. Depois disso veio o nada! De seguida virá coisa nenhuma!

Macedo Vieira

A cidade está falida, 29 milhões é muito dinheiro; taxas municipais altíssimas, dinheiros do casino; gastos em quê? Onde está a indústria, e o comércio, e o turismo? Atraídos por quê? Esgotos vazados na praia?

Finalmente, vem o estilo, arrogante. Não a arrogância de Mourinho mas a da matilha acossada, a da mediocridade. Será subjectivo, mas é o que me parece. Aliás a avaliação do executivo de uma câmara é sempre subjectiva, e é precisamente por causa das "subjectividades" que o PSD da Póvoa precisava de uma vassourada.


Peliteiro,   às  23:53
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Convalescença 

Convalescença é uma prática em desuso.
Dantes, os doentes convalesciam, por longos períodos, a canjas de galinha e gemadas.

Podia ler-se nos jornais da terra: O Sr. Fulano de tal, prezado jurista da nossa terra, encontra-se a convalescer na Serra d'Arga na companhia da sua extremosa esposa e filhos, mais a respectiva criadagem. Saudosos, estimámos a sua rápida recuperação e aguardamos, expectantes, o seu célere regresso. Que a regressão da sua maleita seja rápida e definitiva.

Hoje, um tipo tem uma pleurisia e passados dois dias já lhe estão a ligar do emprego...

Peliteiro,   às  18:23
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Antero e Gracinda 

A história nunca acaba e os homens lá vão aprendendo com as lições da vida.

Contava o Besugo, há uns tempos, que o Antero "padecia de pavorosa coxartrose. E contratava com Ferreira, ortopedista, colocação de prótese total da anca, a efectuar, tal dia, na Ordem de Tal."
Ora a coisa correu mal e o Antero "fica, de repente, com imensa falta de ar, resfolegando grosso e, florindo o quadro, cuspinhando sangue.
Telefonado Ferreira, este chega. E pressente, com Marta, a anestesista, uma embolia pulmonar. (...) Antero necessita de cuidados que a Ordem de Tal não lhe pode, agora, depois de ali internado, operado e piorado, proporcionar. Telefonema rápido para hospital público acende luz a Antero: há vaga.
Antero entra, já ventilado com ambu, após transporte, na pública UCI. Onde, após público e justíssimo tempo e público e merecido dispêndio, de hotelaria e cuidados, recupera. E fica bom.
O engraçado é isto: caso a Ordem de Tal recebesse carta discriminada do hospital público, cobrando-lhe serviços prestados a doente seu (da Ordem de Tal) que aí (na Ordem de Tal) piorara, ganiria fortemente. Uivos indignados de Ordem de Tal.
E com razão, evidentemente. Se o público hospital, depois, no apuro das contas, der prejuízo, isso há-de ter sido por causa do habitual desperdício e má gestão crónica da coisa pública. E, claro, por causa dos honorários elevados, que nunca mais há meio de ninguém conter, do «staff» público.
A Ordem de Tal há-de ter, por seu turno, as contas límpidas de quem nada deve. Nem tem a temer.
"

Ora passado todo este tempo, a mulher de Antero, a D. Gracinda, porque um azar nunca vem só e as marcas da vida não matam mas aleijam, vendo como o Antero andava fino e parecia um rapaz novo, só lhe faltava pular, foi ao médico da caixa.
Pois, D. Gracinda, osteopenia daqui, cálcio dali, o que a senhora precisa é de fazer uma prótese, como o seu marido, eu passo-lhe uma carta e vai ao Dr. Ferreira que opera na Ordem de Tal, como vocemecê bem sabe.
O Antero pensou logo no dinheirão e nos trabalhos que isso dava. Mas ver a patroa amarrada a um bordão, a mancar, sem posição para dormir, sem disposição para nada, custava-lhe. E sabia, o Antero, como as dores dos ossos eram levadas da breca.

Faca por faca que fosse no Hospital, que aquilo na Ordem come-se bem e temos muitas visitas mas é uma roubalheira, upa upa, carote. O pior era o tempo de espera; para cima de dois anos!

Foi então que se lembrou do filho do regedor. Estava bem enfarinhado no esquema lá do Hospital. Ia meter um empenho. O tipo era analista e fazia fretes sem fim àquela gente: aos sábados de manhã os médicos mandavam-lhe para lá os doentes do consultório particular, entravam pela urgência e faziam os exames todos sem pagar um tostão; até a equipa de futebol lá da terra tinha lá ido fazer um checâpe completo! Um moço simpático, prestável. E a mulher era a farmacêutica do Hospital: não havia médico ou maqueiro que precisasse de aviar uma receita lá fora ou de comprar algodão ou pensos - era tudo por conta do Estado!

Meu dito meu feito, o filho do regedor falou com um ortopedista, bom, sim senhor, que falou com o enfermeiro chefe, que falou com a secretária dos computadores, lá se combinaram, e a D. Gracinda passado um mês, um mês - que maravilha, já estava com a anca direitinha, parecia uma cachopa nova. Para a semana que vem lá iam ao bailarico da Senhora da Agonia.

Com dois presuntos e um cordão de oiro herdado da avó lá tinham resolvido o assunto.

Qual Ordem qual meia Ordem, por conta do Estado é que é, fica de graça!

Peliteiro,   às  15:14
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Conferência-Debate 

com João Cordeiro
Presidente da Associação Nacional das Farmácias

O contributo da farmácia portuguesa para o nosso sistema de Saúde


Porto; Hotel Porto Palácio; sala Douro; 15 de Abril às 13H00


Peliteiro,   às  00:31
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quarta-feira, 13 de abril de 2005

Dilema 

O dilema de um doente internado num hospital, nos dias de hoje, é:

Num privado nunca sabemos se estamos internados pela gravidade da situação ou porque é preciso facturar;

Num público nunca sabemos se temos alta porque estamos curados ou porque é preciso poupar.

Peliteiro,   às  23:51
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Voltei 

Voltei.
É como estar muito tempo debaixo de água e depois voltar à tona.

Lá tiveram que mandar uma "naifada" no trombo. Ossos do ofício. Sequelas da vida de boticário.

Peliteiro,   às  23:44
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segunda-feira, 4 de abril de 2005

Temporariamente encerrado 

Por causa de uma arreliadora tromboflebite estarei uns dias "de molho" na Clipóvoa.

Peliteiro,   às  15:52
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Infecção Nosocomial 

Avaliar a qualidade de uma unidade de saúde é uma tarefa difícil e complexa.

Numa abordagem inicial, fazêmo-lo com base em três factores: instalações; profissionais e equipamentos.

Mas é insuficiente. Por hipótese, tomemos uma clínica, reputada, instalações e hotelaria óptimas, médicos e enfermeiros prestigiados dispondo de equipamentos com a mais recente tecnologia. Mas esta hipotética clínica não tem uma Comissão de Infecção Hospitalar, um elemento porventura secundário, dispensável.

Um dia, um doente, débil, idoso, é internado por uma patologia qualquer, ligeira. Sendo um indivíduo imunodeprimido, facilmente é colonizado por uma qualquer bactéria, uma resistente:
Infecção urinária, septicémia e morte.

Não, não é um cenário irrealista ou sequer característico do 3º mundo. A OMS estima em 10% as infecções nosocomiais, sendo as i. urinárias as mais frequentes.

Peliteiro,   às  00:07
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domingo, 3 de abril de 2005

Hierarquias 

Um caso de estudo interessante para todos os que gostam de temas relacionados com gestão de empresas, ou mesmo administração pública, é o número reduzido de níveis hierárquicos da Igreja Católica, uma organização implantada nos quatro cantos do mundo.

Peliteiro,   às  23:16
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sábado, 2 de abril de 2005


Peliteiro,   às  19:37
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sexta-feira, 1 de abril de 2005

Terri Schiavo 

Morreu Terri Schiavo. Na minha opinião, modesta, mataram-na. À fome!

Peliteiro,   às  00:39
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Sucesso 

Somos amigos desde sempre. Fomos colegas desde a primária - amigos mas sempre rivais. Ambos com um espírito competitivo muito marcado.
Eu fui para Arquitectura, ele para Civil; depois fomos, ambos, para empresas de construção - concorrentes.
A vida foi-nos separando mas quando nos encontrávamos ele não resistia a mostrar-me o carro novo e eu logo exibia as fotos da minha casa de férias.

Agora, sei, sem sombra de dúvidas, que ele ganhou a competição. Fui um bom corredor nos primeiros quilómetros mas, agora, fui forçado a parar. A vida é uma maratona. Cada vez mais longa. E eu claudiquei cedo. Tive um enfarte e a minha vida mudou por completo. Azar ou merecimento - afinal, cometi muitos erros, excessos, uma vida à pressa.
Ele continua a somar sucessos; eu sou eu apenas a metade - nunca mais serei o mesmo. Perdi.

Peliteiro,   às  00:21
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