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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

Desde 2003


terça-feira, 27 de abril de 2004

Reaccionário 

Quem ler este blogue pensa que eu sou um reaccionário. Mentira. Enganam-se, sou um proletário. Sério.

Peliteiro,   às  14:04
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Amplas Liberdades 

O Presidente da República medalhou a Isabel do Carmo!!!
E o Durão atrás a rir-se como uma hiena. Ri-se de quê?
Os tipos do CDS - que eu não "gramo" - por vezes tem atitudes que eu gosto: Não concordámos, não vamos! É assim mesmo!

P.S. (Não o partido) - Continuo com problemas no PC, pelo que não estou a escrever com a regularidade que desejava.

Peliteiro,   às  14:01
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domingo, 25 de abril de 2004

0 de Abril 

E se o 25 de Abril nunca tivesse acontecido?
Como seria hoje Portugal?
Muito parecido com o que é hoje.
O que mudou entre nós foi mais por efeito da evolução dos tempos do que por efeito de uma Revolução.
O 25 de Abril funcionou como uma espécie de atalho. Mas esse atalho converge, 30 anos depois, num ponto muito próximo daquele onde se chegaria percorrendo a estrada normal. É um atalho com zonas de grande acelaração e, também, com zonas de grande turbulência, paragens e até recuos.
A descolonização é a única coisa que poderia ter sido diferente.
No resto, somadas as vantagens e desvantagens, o mundo não deveria ser muito diferente; o nosso mundo também não.

Peliteiro,   às  22:28
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Onde estavas no 25 de Abril? 

Tinha 10 anos. Lembro-me de pela manhã chegarem notícias, pela rádio, de que uma Revolução estava em curso.
Não entendi nada. A voz da rádio aconselhava os cidadãos a não sairem de casa.
Isso era bom. Um "feriado" às aulas vinha sempre a calhar.
Mas não. O meu Pai não ia nessas conversas, nunca se falta ao trabalho. Não havia de ser uma Revolução que nos impediria de cumprir os nossos compromissos.
Lá fui eu, na camioneta de carreira para as aulas. Andava no primeiro ano do "ciclo", na Escola Industrial de Famalicão. Já tinha começado a democratização do ensino.
A rapaziada toda já estava informada que alguma coisa estava a acontecer lá para baixo, para Lisboa. Falava-se de uma guerra civil, entre a marinha e o exército, à mistura com refregas entre paraquedistas e comandos. E fantasias de rapazes, submarinos, helicópteros, bombas, cada qual com as suas preferências, eu sou pelos fuzileiros, não, os comandos são mais fortes...
Julgo que acabou por não haver aulas.
E não me lembro de muito mais nesse dia.

Depois vieram as músicas como a Gaivota e a Vila Morena, começamos a ouvir falar de fascistas e comunas, de partidos e sedes, saneamentos, política... Eu era do PPM.
Lembro-me também, que mais tarde, no Verão quente, vínhamos da praia e à entrada de Famalicão havia uma grande confusão, e uns homens no meio da estrada a avisarem os carros para fugirem, que havia uma guerra na Vila com mortos e tiros. Fomos ver. Era o assalto á sede do PC, que foi destruída e queimada, houve tiros de facto, mortos também. Depois, lembro-me também, do assalto à sede do CDS, de manhã na rua viam-se muitos papéis, ficheiros e material de escritório.
As aulas foram mudando, os Professores sentavam-se em cima das secretárias, vinhamos aprender para os jardins, tínhamos que ter um discurso progressista, nos testes escritos convinha usar umas frases com algumas palavras chave como liberdade, colonialistas, direitos, fascistas...

No fundo no fundo, as mudanças não foram assim tantas, no essencial nada mudou. Apenas evoluiu.

Peliteiro,   às  19:30
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sexta-feira, 23 de abril de 2004

Pito Dourado 

Operação "Pito Dourado". A designação não é minha, ouvi-a ontem num café de Barcelos; deve ser por causa do Galo.
Na caixa de comentários abaixo, o Major não parece muito popular.
Eu simpatizo com ele; claro que não ponho as mãos no fogo por ele. Nem por nenhum dirigente desportivo, aliás.
Se fossem muito "certinhos" não eram dirigentes desportivos. É como as mulheres a dias, se fossem muito espertas não seriam mulheres a dias (politicamente incorrecto); ou como os funcionários públicos, se fossem muito eficientes não seriam funcionários públicos (politicamente incorrecto).

Ouvi um advogado do caso "Pito Dourado" dizer que em Gondomar, e no Norte, se recebe bem toda. Toda a gente, incluindo árbitros, claro.

E quanto a isto, posso testemunhar. O Major é um óptimo anfitrião. Sabe receber à boa maneira do Norte, dá o que tem e o que não tem, com franqueza. Vou contar uma história real:

Fui membro fundador da FAN's, Falange de Apoio Negro da Briosa. Não era muito de claques, nem de ajuntamentos, nem de histerias colectivas. Nem sou. Gostava era de ir ver jogos fora, na época do defeso, quando os exames estavam longe. Iamos à boleia, quase sem dinheiro (mas não mendigavamos), e com muita boa disposição. Uma aventura. Fui assim pela primeira vez ao Algarve, a Faro. Um fim de semana memorável. Com o Feliz, o Veigas, o Oliveira, o Maia do C4, o Aurélio, o Fausto, o Mosca, o Jabali, o Badeleau, com quem calhava, em grupos de dois; fantástico.

Um dia o Boavista foi jogar a Coimbra. Alguém, não sei quem, meteu conversa com o Major e logo ficou prometida uma almoçarada no Porto, para cinco ou seis. Passados uns fins de semana a Académica foi às Antas.
Marcou-se encontro no Bessa, ao almoço.
Estava uma chuva miudinha, vim de boleia num camião de bananas verdes, atrás, em cima das caixas e por baixo dum oleado.
Pelo meio dia lá estava a estudantada. Setenta bicos!!! Setenta!
Chega o Major num grande BM, verde clarinho, luzidio - lembro-me bem - com matrícula do CC da Guiné.
Ia tendo uma apoplexia quando viu a malta.
O Jabali foi à frente, amarrou-lhe as barbas, com força, e gritou:
- O Major é GRANDE!!!!...
E nós todos:
- É muito GRAANDEE!!!...
O Major perfilou-se, alisou a barba, e sem vacilar disse: Vamos lá almoçar.
Levou-nos para uma espécie de refeitório. Os empregados a remoer, quando viram tanta gente esfaimada.
- Não temos comida para tanta gente Major, só se for umas sandes...
- Arranjem, desenrasquem-se, eles têm fome, vão comprar. Entretanto preparem essas sandes - todas as que houver - para servirem como entrada. E comprem vinho, garrafões, pago eu. E não há amendoins e batatas fritas e bolinhos de bacalhau? Tragam tudo.
Juntamos as mesas numa fila, e o Major almoçou connosco, numa grande amizade... Uma almoçarada majestosa
O Major é GRAANDEEE!!!...
Despedimo-nos e fomos para as Antas. O FCP precisava de ganhar para ser campeão. A Académica estava a jogar bem e o Porto não marcava. Estavamos na superior norte. Levamos uma tareia das valentes daqueles corrécios todos; eu por milagre fiquei esmagado contra uma rede e saí incólume (senão eles haviam de ver...). O Porto marcou e os meliantes nem nos ligaram mais, foi uma sorte.
Nesse dia estive quase para mudar para o Boavista. Mas de uma coisa fiquei certo:
O major é GRAANDEEE!!!...

Sinceramente, gostava de saber que o Major não fez nada de grave, ficava contente.

Peliteiro,   às  23:17
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quarta-feira, 21 de abril de 2004

Problemas Técnicos 

Estou sem PC. Há uns dias. Malditas máquinas!
Então o Major foi preso? Tenho simpatia por ele...
Volto já!

Peliteiro,   às  17:37
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sexta-feira, 16 de abril de 2004

A P.I. 

A Porcaria da Idade é que nos atraiçoa.
É um fenómeno interessante que tenho vindo a observar, a mudança que se opera nos indivíduos com a progressão da idade. Não no físico que isso é por demais evidente; mais no modo de pensar, de encarar a vida, nas atitudes, nos ideiais e objectivos
Esse exercício de observação faço-o, muitas vezes, comigo mesmo, agora que aos quarenta posso comparar-me com o que era, dizia, fazia e pensava há vinte anos atrás. Faço-o também com pessoas que conheço bem, há anos e anos, vejo como evoluíram, ou regrediram...
(Podes enganar toda a gente, menos a tua Professora Primária e o teu colega de carteira.)
E a idade muda-nos mesmo.
Gosto de ver antigos péssimos alunos a exigir, com veemência, aos filhinhos, classificações excelentes (a propósito, como é que um mau aluno pode vir a ser um bom Professor?); antigos desmiolados amalucados desvairados a levarem os herdeiros à catequese e aos Escuteiros; antigos sindicalistas a humilharem e maltratarem os seus actuais empregados; antigos vanguardistas modernaços a vestirem uma pele ultra-conservadora; de Esquerda que agora são de Direita; Ateus na Opus Dei; proletários como nobres plutocratas; e mais e mais, enfim, enfim!

Como exemplo de que os homens mudam com a idade, atente-se nesta entrevista, para a TSF, do Saldanha Sanches.
Veja-se - tem que se discernir por baixo do verniz - o desencanto dum homem do esquerdalho, veja-se o saudosismo melancólico dos velhos tempos - não assumido, claro - de um ex-educador da classe operária:
"... isso é a tragédia do Estado Português que se foi desmantelando pouco a pouco como uma espécie de um comboio que vai perdendo rota..."
"Criamos um estado hiper-democrático... o que pode haver é uma tal hipertrofia de certos direitos e liberdades individuais que a defesa do meio Público fica completamente subjugada por essas liberdades individuais..."

Por acaso concordo com a maior parte das coisas que ele diz!
Vale a pena ouvir:
TSF

Peliteiro,   às  01:00
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quinta-feira, 15 de abril de 2004

Geira Romana 

A Geira Romana do Gerês é candidata a Património Mundial:
"Desde Amares, a Geira entra em plano inclinado, flanqueia o Monte de São Pedro de Fins, último ressalto da Serra de Santa Isabel, entre o Cávado e o Homem até atingir sobre a freguesia de Vilela as alturas da pequena Portela de Santa Cruz, por onde penetra no estreito, mas risonho Vale do Homem. É aqui que nasce a Geira. Para não perder o plano horizontal tem de acompanhar os flancos da montanha sobre as freguesias de Balança e Chorense. Depois, Travassos, na freguesia de Vilar; Santa Comba, freguesia de Chamoim; Sé, na freguesia de Covide; São João do Campo, para entrar em rampa no vale de Linhares, percorrido pelo rio Homem, já em pleno Gerês. Passa, depois, na Bouça de Mó, Bico da Geira, na volta do Covo, Ponte Feia; atravessa o Homem no Sítio do Porto e chega à Portela do Homem. Segue, depois, a vertente galega das Mouroas, Rio Caldo, e a freguesia galega de São Martinho de Araújo, São Paio e Forno até passar o Lima na Ponte Pedrinha. Depois, Lóbios e Bande."
Boa Notícia.
Importante é preservar, eliminar as latas de Sumol e as garrafas de Cristal.

E impedir a voracidade dos promotores imobiliários; alguns andam a semear pedras em Zonas Ecológicas, para parecerem ruínas de casas antigas e depois poderem especular.
Ora aqui vai uma prova:
Vilarinho das Perizes


Peliteiro,   às  01:18
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terça-feira, 13 de abril de 2004

Cividade de Terroso 

Não é do meu feitio falar de assuntos que não domino bem. Mas a cabeça fez-se para pensar e os olhos para ver; o senso comum pode dar uma boa opinião.
Sei pouco de recuperação e conservação do património, sei pouco de arqueologia, por isso as minhas reservas às minhas impressões.
Estive na Cividade de Terroso e fiquei com a impressão de estarem a assassinar os vestígios da antiga povoação:
Parece-me que sobre as pedras que restavam das ruínas das casas estão a colocar pedras novas, não originais, por forma a tornar mais definidas as áreas construídas; a separar as pedras novas das velhas uma rede plástica bem visível.
A Cividade fica mais imponente e bem delineada, mas visto de perto sabe a logro, perde autenticidade.
Não me parece bem, prefiria uma boa conservação sem reconstrução.
Na encosta, estão a erigir um edifício modernaço, que dizem os aldeões será um bar.
Um bar?
Sim, para atrair a gente nova.
Está bem.
Orçamentado em 200 e tal mil euros, mais derrapagens e tal, vai para os 500...
Sei lá!
A vista cá de cima é fabulosa, vê-se a Póvoa, Vila do Conde, Monte de S. Felix, Viana, o mar... Um dia destes mudam o PDM e temos cá um condomínio fechado para a classe política indígena...
Cividade de Terroso

Peliteiro,   às  00:08
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segunda-feira, 12 de abril de 2004

Pategos 

Sem bairrismos bacocos.
Nem sou nada bairrista; pouco nacionalista; bacoco muito menos - julgo eu!
Mas já algum tempo que ando atento ao modo como os meios de comunicação retratam as gentes do Norte.
Sempre que se faz uma reportagem cá para cima, os entrevistados são sempre desencantados das profundezas de uma ilha ou bairro de má fama, falam com uma pronúncia quase que incompreensível por tão acentuada, são feios, mal vestidos, porcos, barba por fazer, desdentados, gordas, despenteadas, maus e agressivos - tipo: partimos esta coisada toda já, juntam-se em magotes em frente às câmaras, dão pontapés aos repórteres e, todos mas todos, não dizem nada de jeito.
Ah, e esquecia-me do Emplastro! Chamam sempre o Emplastro para alindar a imagem.
Ainda este fim de semana reparei que mesmo quando o "Homus nortensis" está de férias, por exemplo no Algarve, é retratado como um parolo que só come sardinha assada e bebe vinho aos quartilhos, tem uma prole numerosa e barulhenta, Mercedes em Léazingue, usa fato de treino para jantar, cordão de ouro no pescoço, anel no mindinho, só lê jornais da bola, troca os vês pelos bês e, todos mas todos, não dizem nada de jeito.

Ora, não é bem assim.
Lá para o Sul também os há bem "pintas".
E cá no Norte não usamos todos chinelas e nem todos cortamos as unhas com ponta-e-mola.
Pretende-se dar uma imagem pitoresca dos "Homus nortensis"? Ficam mais coloridas e animadas as reportagens?
Então, vão filmar para baixo de Braga!
Isso é discriminação meus caros! Deturpa a imagem de um povo, tradicionalmente bem educado, humilde mas orgulhoso.
Portanto, é mentira e é injusto. Vamos lá a mudar o grande plano...

Peliteiro,   às  23:56
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Tempos Difíceis 

Esplêndida a crónica Dominical de António Barreto no Público.
Alguns excertos:
Há tempos assim, em que é preciso estar com alguém, em que é necessário estar contra alguém, em que tudo nos empurra para ser branco ou preto, em que nos querem obrigar a vestir uma camisola, em que contrariar um amigo faz de nós seu inimigo, em que ter opinião diferente de um aliado faz de nós um adversário, em que pensar livremente é sinónimo de traição, em que reconhecer uma qualquer razão a alguém implica estar ao seu serviço e em que a autonomia de espírito é a todos os títulos condenada.

Sou ocidental, considero que a dita civilização do mesmo nome é a principal obreira, nos tempos modernos, da liberdade e da dignidade do indivíduo, sendo também a que, nos últimos séculos, mais contribuiu para o desenvolvimento da cultura e das ciências. Penso também que, mau grado horrores recentes conhecidos, pertencem a essa área do mundo praticamente todos os exemplos de vida decente.

Sou de esquerda, detesto viver na desigualdade, abomino os privilégios de condição e desejo que as sociedades evoluam no sentido do aumento do poder dos que o não têm e da diminuição ou da contenção dos que o têm em excesso. Não tenho muito respeito pela direita portuguesa, que tão pouco contribuiu, no século XX, para a liberdade dos portugueses. Nem qualquer fascínio pelos ricos e poderosos nacionais, em cujos patéticos exemplos de sofreguidão, subserviência e autismo não é possível fundar um esforço de desenvolvimento. Mas não me reconheço nas políticas ditas de esquerda em vigor no meu país. Não partilho a sua agressividade boçal, nem a sua arrogância própria dos "moralmente superiores" e dos "intelectualmente dotados". Não me revejo na sua dúplice atitude ou na sua complacência criminosa diante da violência e do terrorismo. Não aceito a sua permanente vontade de gastar o que não se produz e distribuir o que não se poupou e lamento a sua confrangedora irresponsabilidade. Não me identifico com a sua viciosa propensão a recompensar a facilidade, a mediocridade e a aldrabice. Nem adopto a facilidade com que despreza o mérito ou é capaz de deixar entre parêntesis os direitos individuais. O que não me transforma em homem de direita.

Peliteiro,   às  23:06
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sexta-feira, 9 de abril de 2004

Propofol 

Se formos ao google e escrevermos propofol + death surgem 7.300 referências!
Mas melhor seria ler um bom livro de Farmacologia; há que tempos que há alertas sobre este fármaco e que se sabe ter uma estreita janela terapêutica!
Coisa que os "peritos" da Ordem dos Médicos não sabem. Porque são desonestos, irresponsáveis e mal intencionados.
Confrontados com uma acusação de erro médico, em vez de colaborarem com o apuramento da verdade, contra-atacam de imediato com "a Farmacêutica" e "o Genérico".
Não sei onde está a culpa. Mas sei que é uma falta de respeito para com os mortos aproveitar uma fatalidade - com cobertura mediática - para reunir argumentos a favor uma cruzada corporativista como é a da defesa dos medicamentos de marca. O Propofol só é perigoso se for genérico, se for de marca não tem efeitos indesejáveis?

E se a culpa é do genérico, porque foi usado duas vezes?

Peliteiro,   às  23:54
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Apelo 

Vamos todos ajudar a economia nacional. Aproveitemos este fim de semana prolongado e vamos gastar dinheiro, até o cartão de crédito esfumaçar.
Todos para o Algarve, ou para um sítio bem longe, gastar gasolina e portagens, invadir Restaurantes, ocupar Hoteis e Pousadas, esgotar os stocks das lojas, comprar prendas para os afilhados, já agora uma roupinha, ir ao cabeleireiro e ao barbeiro, na Farmácia uns Guronzões e umas Aspirinas...
Vá lá, contribua, não custa nada, e ajuda ao parto da retoma!

Peliteiro,   às  23:40
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segunda-feira, 5 de abril de 2004

EP 

Temos uma vocação para a mão de obra barata. Os empresários preferem pagar mal a uma centena do que bem a uma dezena; é o Reino do "tal dinheirito, tal trabalhito". Nunca mais conseguimos descolar da revolução industrial.

Há uns meses largos falou-se muito de um gestor da TAP que ganhava uma enormidade; humilharam-no nos jornais, quase que teve que renegociar o contrato no meio da rua, com a chusma a espumar de inveja.

Hoje sabemos que uma Empresa Pública, mesmo com anos e anos de gestão ruinosa, mesmo com excesso de pessoal excessivamente privilegiado, pode inverter a sua sina e passar - pasme-se - a ter resultados positivos. Uma mastodôntica Empresa Pública, num sector fortemente concorrencial, numa conjuntura desfavorável, a "dar lucros"! E com previsões de crescimento para 2004! Custa a acreditar!

Em que Partido estará o Fernando Pinto filiado? Que "padrinho" o teria nomeado? Em troca de que favores? É da Maçonaria, do lobi gay, da Opus Dei?
Não? Nada? Apenas indicado pela Swissair, apenas caído dos céus amparado pelo seu currículo?

Venham mais assim, então. Podem pagar-lhes bem, que eu não fico invejoso.
Fico verde de raiva é com os incompetentes, sabujos, parasitas, que chafurdam nos tachos sem decoro nem vergonha.

Peliteiro,   às  23:54
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2% do PIB perdidos no trânsito 

É uma questão que já me tinha ocorrido. Que custos terá o imenso engarrafamento diário que os trabalhadores enfrentam para chegarem ao trabalho? Em tempo, combustível, manutenção, acidentes, poluição, psiquiatra...
Parece que só o tempo corresponde a 2% do PIB.
E há obras que são um absurdo. A ponte de Leça está em obras desde Agosto! Sexta à noite lá estavam em pleno. Dezenas de trabalhadores a ganhar horas extraordinárias, É urgente a obra! Desde Agosto...

Peliteiro,   às  00:27
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Imagem 

Estando eu a ler os comentários no meu trenguices, eis que se me abre, de repente e não sei como, uma página nova.
Pensei ser em pop-up. Reparei, entretanto, que o seu endereço se tinha cravado nos meus favoritos!
Tive que indagar.
Afinal era o Libório de Ribeirão. Uma página a anunciar um livro do Libório.
Há que tempos que não o vejo.
E afinal ele escreve livros. Embora livros em branco, ou quase em branco.
Li o Cv do autor. A imagem que tenho dele não corresponde nada a um "docente universitário e autor de 17 livros e de mais de uma centena de artigos e orador frequente em diversas Conferências " nem que "Foi o pioneiro em Portugal dos negócios com Internet em 1994, ..., entre outros projectos, alguns iniciados no seu gabinete no sótão da Universidade, enquanto aluno, desde 1984". Gostei da parte que diz: "é pai de duas lindas crianças que alimentam a sua criatividade".
Enfim, um sucesso! Não imaginava. Se calhar nunca damos o valor devido a quem conhecemos bem...

Peliteiro,   às  00:16
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sexta-feira, 2 de abril de 2004

Parque Jurássico 

Hoje estive a falar de Cuba. Conversa de café. Toda a gente conhece Cuba, fala de Cuba, opina sobre Cuba, o regime, o Fidel, o passado, o futuro...
Nunca lá fui. É um projecto adiado.
Mas tenho a sensação que é um país conservado numa redoma, exactamente para gáudio dos Americanos, uma espécie de Parque Jurássico, usado como exemplo nas aulas de Ciências Sociais: "Estão a ver meninos o que seria do mundo se o comunismo tivesse vingado? Carros de 1950, sem ar condicionado; não há Playstation, nem telemóveis, nem Mac Donald's, são pobres e querem todos vir viver para cá - vêm em balsas perigosíssimas - para serem criados dos meninos..."
E ir a Cuba é enquanto os Americanos não levantam o embargo. Estive na Jamaica e bem vi a ânsia que eles todos têm de lá bronzearem as banhas, fumando puros e bebendo Cubas libres! No dia em que os turistas Americanos possam fazer férias em Cuba, aí sim, vai ser uma invasão!

Peliteiro,   às  01:13
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ARQUIVOS

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