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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bevacizumab 

Tenho acompanhado com especial atenção o trágico caso do bevacizumab e dos 6 doentes do Hospital de S.ª Maria (uma mácula no currículo do proto-Ministro Adalberto Campos Fernandes) embora, naturalmente, não possua elementos para formular opinião minimamente consistente sobre as causas da ocorrência. Mas isto é apenas um blogue. Posso sempre dar uns palpites. Arriscados. Pois bem, o meu palpite não vai para os efeitos adversos da droga não autorizada pelo Infarmed e que recolhe, neste momento, as principais suspeitas, o meu palpite é:


A culpa é do farmacêutico.

No fraccionamento da ampola de Avastin não foi assegurado o necessário ambiente asséptico na farmácia (câmara de fluxo laminar?), perdendo-se a esterilidade da solução injectável o que ocasionou endoftalmite bacteriana nos 6 doentes.
Vamos lá fazer uma sementeira em gelose sangue, gelose chocolate, MacConkey e, também, um meio para leveduras.


_____
Adenda: Nem de propósito, no Público de 24JUL09, às 9:09h: «Em Portugal, ao contrário dos EU, não existem normas que definam como devem ser manuseados os fármacos como o Avastin»



__________________________________


Mudando de tom, mas ainda sobre este caso, que sirva como exemplo, pedagógico, para que no futuro se dê a importância devida ao consentimento informado aos doentes. Para que o consentimento informado seja mais que mais um papel para assinar, uma perda de tempo, uma burocracia inútil e seja antes um início de uma conscienciosa conversa com o doente, onde se explica em palavras simples os riscos e os benefícios do acto a que se vão submeter.

Etiquetas:


Peliteiro,   às  00:14

Comentários:

 

Caro Dr. Peliteiro,
Não possuindo qualquer formação na área da saúde fiquei intrigado com uma questão periférica relacionada com a sua opinião relativamente a esta tragédia. Nomeadamente a referência feita ao ambiente asséptico e à “câmara de fluxo laminar” nas farmácias.
Aliás desconhecia a existência destas câmaras em farmácias.
Da minha formação tecnológica, embora as Ciências relacionadas com a Mecânica dos Fluidos não sejam o meu forte, sei que os ambientes de fluxo (renovação de ar) laminar (não turbulento) são utilizados, por exemplo, em unidades hospitalares destinadas a queimados – para que o “ar condicionado” não crie situações de fluxo incómodas para os pacientes – e em centros industriais de tecnologia de ponta – creio que a Quimonda de Vila do Conde tinha pelo menos uma destas câmaras para a manipulação de “micro-chips”.
Mas não entendo qual a relação entre o fluxo laminar e a assepticidade (será que está bem soletrado?).
Poderia ser mais esclarecedor em relação a esta questão?
Eu ficaria sinceramente grato.
E talvez outros leitores do seu Blogue também.
De um assíduo leitor/comentador do seu Blogue.

 

 

 

queres tu dizer que a adminstração do farmaco não é um acto médico, nem de enfermagem mas um acto farmacológico? Assim do género quem deve administrar a vacina é o farmaceutico?
Ou tem a ver com a feitura do próprio medicamento? É que se quando eu abro a rolha do frasco que comprei na farmácia mais próxima após o aviamento da receita médica, para tomar a dose necessária,tenho que estar em ambiente esterilizado, onde vou encontrar um lugar assim? Só se for no subterrâneo da av. mouzinho..eh1eh1
# por Anonymous Renato : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Tu é que és bom!!!!!!!!!!!!!!!!
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

A câmara de fluxo laminar possui filtros que garantem a esterilidade no seu interior. Pelos vistos não sabe o que é uma câmara de fluxo laminar. E qualquer serviço farmacêutico hospitalar (vulgo farmácia hospitalar) deve possuir câmaras de fluxo laminar, uma vez que a produção e a manipulação de diversos medicamentos deve ser feita sob condições de máxima assépsia.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Respondendo ao primeiro comentário que tinha algumas dúvidas aqui fica:
A câmara de fluxo laminar tem filtros HEPA que impedem a passagem de microorganismos e um fluxo laminar de ar que também impede a entrada de microorganismos por aerossolização na zona de manipulação.
Elas existem nas farmácias hospitalares, laboratórios e mesmo em algumas farmácias comunitárias, nestas, para se proceder à manipulação de alguns medicamentos que necessitem assépsia (colírios por ex.).
E não está bem soletrado... É assépsia e não asseptividade.

Espero ter podido ajudar.
# por Blogger Opaco : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Aquele que vos topa : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

alguem ja viu a ficha de manutenção da camara de fluxo laminar?
alguém ja viu a dita...

de facto 6 pesoas...com um problema semelhante...tb aponto para contaminação durante a manipulação...

tenho de ir ler a portaria 697/2009 de 1 de julho...vai ser uma tarde em grande aqui na botica

kamy
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Sobre as CFLaminar, apenas resumindo o que já foi dito:
As CFL são usadas 1) para segurança do operador (classe I; II; III) e para proporcionar esterilidade de operação. As CFL são de fluxo vertical ou horizontal.
O ar circulante mantém-se estéril por acção do calor, UV ou, normalmente, pela passagem por um filtro HEPA que remove partículas da ordem da décima do micrómetro.
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Kamy, a 697/2009 é um aborto jurídico. Nunca há-de ser aplicada.
Repare nas inscrições obrigatórias do acondicionamento secundário - é de loucos! Só um tipo muito incompetente pode escrever uma legislação tão mal feita!!!
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Dr. Peliteiro que agente etiológico?
Leveduras? Pode ser SaMR?
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

"Só um tipo muito incompetente pode escrever uma legislação tão mal feita!!!"

é por essa e por outras que eu defendo ar esponsabilidade civil e criminal do legislador na feitura e aprovação das leis...
........
# por Blogger terramar e ar : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Realmente você é mesmo parecido com Sócrates!
Até no inglês que não é dos melhores! Sócrates'? Não seria Sócrates's que queria escrever?
Vá, emende lá isso antes que dê barraca!
Quem é amigo?Quem é?
Ass. link
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Vejo que se comenta com estupefacção a existência de câmaras de fluxo laminar nos SERVIÇOS FARMACÊUTICOS de todos os hospitais. Mas como pensam que se prepara, por exemplo, a quimioterapia nos hospitais? dah

Preocupa-me que ninguem tenha escrito nada sobre o consentimento informado!!! São vários os medicamentos com uso off-label (em indicações para as quais não foram aprovadas e não estão indicadas no RCM - Resumo das Características do Medicamento) e o procedimento é só este: os doentes assinam um consentimento informado e passam a assumir também uma responsabilidade. Será que alguem já pensou que a maioria dos doentes não entende o que está escrito e confiam cegamente no que lhes estão a dizer? Há uma grande iliteracia no nosso país e está para além de todos os graus académicos que se possam ter.

E o melhor exemplo são os comentários que aqui se fazem para algo tão banal como as câmaras de fluxo laminar, as salas de pressão negativa ou positiva, etc...
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 24, 2009

 

 

 

Agradeço sinceramente a todos os comentadores que esclareceram a minha dúvida colocada no primeiro comentário deste post. Agora entendo a relação entre o regime de fluxo laminar e a assepsia do ambiente de trabalho. Assim como a importância da utilização das câmaras de fluxo laminar para uso hospitalar e farmacêutico.
Agradeço também a correcção da “assepticidade” (realmente não me soava bem, por isso ter destacado essa situação no comentário).
Para quem “falou de cima do cavalo” deixo um conselho: tenha mais humildade, pois a queda pode ser grande e dolorosa. Sou ignorante e por isso apresentei as minhas dúvidas.
Mas não sou iletrado! E se deseja combater a iliteracia pode começar, no mínimo, por uma revisão da acentuação do seu comentário.
As câmaras de fluxo de ar laminar e a preparação de quimioterapias podem ser banais no seu universo. Mas o comum dos mortais não tropeça todos os dias nesses equipamentos ou procedimentos.
Se alguém me colocasse uma dúvida sobre, por exemplo, transformadores de potência ou tratamentos térmicos para ligas Ferro-Carbono ou normalização de vigas INP, garanto-lhe que não reagiria com estupefacção.
Já agora, salas de pressão positiva ou negativa sei o que são, dispenso o esclarecimento…
Agradeço mais uma vez todos os comentários esclarecedores, nomeadamente o do Dr. Peliteiro, o do “Opaco” e os de alguns anónimos. É por esta razão que visito e comento este Blogue, um gajo aprende umas coisas e ainda se ri do Macedo e do Sócrates.
Da minha parte está o assunto encerrado.
Avancemos para o que se segue.
De um assíduo leitor/comentador deste Blogue.
“O homem nasce ignorante, a educação é que o torna estúpido” (tradução livre)
Bertrand Russell
# por Anonymous Anónimo : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

Ali acerca do link do sr. enf., coloquei lá este abstract. O comentário foi apagado. Que seriedade...


Providing Pharmaceutical Care: Are Pharmacy Students Beneficial to Patients?

Peer-Reviewed Article
Hospital Pharmacy. 32(3):370-375, March 1997.
Chisholm, Marie A. PharmD *; Hawkins, David W. PharmD **; Taylor, A. Thomas PharmD +

Abstract:
This study evaluated pharmaceutical care provided to patients by Doctor of Pharmacy (PharmD) students during the clerkship phase of their education. Objectives of the study were: (1) to teach pharmacy students how to identify, document, solve, and prevent medication-related problems; (2) to document the number and types of recommendations made by PharmD students to physicians; (3) to determine physicians' acceptance rate of these suggestions; and (4) to determine the potential impact of students' recommendations on patient care. Fifteen PharmD students enrolled at the University of Georgia College of Pharmacy assigned to general medicine or family medicine services at the Medical College of Georgia Hospital during July 1995 through March 1996 participated in the study. Approximately 86% of the students' recommendations were accepted by each medicine team. Two pharmacists evaluated each accepted recommendation by using Hatoum's criteria for assessing potential impact on patient care. Approximately 70% of the accepted recommendations were judged to have a significant, very significant, or extremely significant potential impact on patient care outcome. The authors conclude that, with proper supervision, pharmacy students can have a positive impact on patient care.

in http://pt.wkhealth.com/pt/re/hpph/abstract.00004085-199703000-00013.htm;jsessionid=KqQhvK8nsYKKgYZYcSQDZhlQsG9y1lsL0YX4RL80PpnnJJmQ1yhy!-1104825961!181195629!8091!-1


Cumprimentos,
NA
# por Anonymous NA : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

Desta vez, vou tentar o artigo que se segue, lá na morada do sr. enf. Será que vai aparecer?

"Effects of pharmacist participation in intensive care units on clinical and economic outcomes of critically ill patients with thromboembolic or infarction-related events.

MacLaren R, Bond CA.
Department of Clinical Pharmacy, School of Pharmacy, University of Colorado Denver, Aurora, Colorado 80045, USA. rob.maclaren@uchsc.edu

OBJECTIVE: To assess the effects of clinical pharmacist participation in the care of critically ill Medicare patients with thromboembolic or infarction-related events (TIE) on clinical and economic outcomes. METHODS: In this retrospective database review (September 1, 2004-August 31, 2005), patient data were retrieved from the 2004 Expanded Modified Medicare Provider Analysis and Review database. Outcomes data evaluated included mortality rates, length of intensive care unit (ICU) stay, total Medicare charges, drug and laboratory charges, and rates of bleeding complications. In addition, outcomes related to the bleeding complications (transfusions, mortality rate) were assessed. Patient outcomes in ICUs with clinical pharmacy services were compared with patient outcomes in ICUs without these services. Clinical pharmacy services were defined as direct patient care services provided by a pharmacist specifically devoted to the ICU; other services such as order processing or drug distribution were not part of these services. A description of ICU pharmacy services was obtained from a 2004 national survey. RESULTS: We identified 141,079 patients with TIE, of whom 7987 also had bleeding complications. In hospitals with ICU clinical pharmacy services, mortality rates in patients with TIE only and TIE with bleeding complications were higher by 37% (odds ratio [OR] 1.41, 95% confidence interval [CI] 1.36-1.46) and 31% (OR 1.35, 95% CI 1.13-1.61), respectively, than in ICUs with clinical pharmacy services. Lengths of ICU stay were longer by 14.8% (mean +/- SD 7.28 +/- 8.17 vs 6.34 +/- 7.80 days, p<0.0001) and 15.8% (12.4 +/- 13.28 vs 10.71 +/- 9.53 days, p=0.008), respectively. The lack of clinical pharmacist participation in a patient's care was associated with extra Medicare charges of $215,397,354 (p<0.001) and $63,175,725 (p<0.0001) and extra drug charges of $26,363,674 (p<0.0001) and $2,610,750 (p<0.001) for TIE only and TIE with bleeding complications, respectively. Without clinical pharmacy services, bleeding complications increased by 49% (OR 1.53, 95% CI 1.46-1.60), resulting in 39% more patients requiring transfusions (OR 1.47, 95% CI 1.28-1.69); these patients also received more blood products (mean +/- SD 6.8 +/- 10.4 vs 3.1 +/- 2.6 units/patient, p=0.006). CONCLUSION: Involving clinical pharmacists in the direct care of intensive care patients with TIE was associated with reduced mortality, improved clinical and charge outcomes, and fewer bleeding complications. Hospitals should promote direct involvement of pharmacists in the care of patients in the ICU.

in http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19558249?ordinalpos=15&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_DefaultReportPanel.Pubmed_RVDocSum


Cumprimentos,
NA
# por Anonymous NA : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

Já paravam com a guerrinha!
Estão-se a tornar ridículos!
# por Anonymous Anónimo : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

Ó NA, mas ainda dá troco a esse ordinário? Deixo-o no seu cantinho, reduzido à sua pequenez e insignificância. Não fosse o blogue, e tal personagem já se teria suicidado...
# por Anonymous Anónimo : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : sábado, julho 25, 2009

 

 

 

Caro anónimo 1 (de formação tecnológica),

a questão da iliteracia neste pais é bem real e nem era dirigida a si mas a outros comentários que venho lendo, neste e noutros blogs, de anónimos que estão 'dentro' dos hospitais.

Ignorante eu? Sim e muito. Aliás dúvidas é o que não me falta (a sério e sem sarcasmo).

Voltando à questão da iliteracia, esta é bem importante pois os doentes assinam um consentimento informado para que lhes sejam administrados estes tratamentos mas na verdade nem entendem o que assinaram. Acha que estou errada?
# por Anonymous Anónimo : domingo, julho 26, 2009

 

 

 

Nenhuma destas discussões existiria se não houvesse de parte a parte a dificuldade em partilhar competências.
Lá está... Temos um sistema de saúde centrado nos profissionais e não nos utentes.

Quando se mantêm coutos é normal que quando tentam intrometer-se no nosso se reaja com agressividade e vice versa.

Faz-nos falta a cultura de partilha de competência e delegação de tarefas, não só verticalmente mas acima de tudo horizontalmente (legalmente somos profissões de igualdade complexidade...), talvez assim, sendo o sector da saúde o mais diferenciado face a qualquer outro sector, não só em Portugal mas na generalidade dos países desenvolvidos (diferenciado equivalente a ter mais profissionais qualificados), tivéssemos maior partilha de conhecimentos e consequentemente melhores resultados.

Quanto ao estudo citado, não o consegui analisar, uma vez que apenas é disponibilizado o "abstract" mas parece-me leviano, da parte do autor do estudo, apontar tais conclusões.
Em primeiro lugar não usaram nenhum Estudo randomizado controlado que como devem saber é o melhor estudo para aferir este tipo de conclusões.
Não definem o perfil dos hospitais/serviços que têm farmacêutico... Quem nos diz que hospitais com melhores resultados não têm rácio de enfermeiros na UCI mais adequado, ou sistema de informação que reduza os erros de prescrição. Este tipo de coisas faz falta para se poder assumir conclusões tão contundentes... Mas como digo... Não tive acesso ao Artigo completo. Talvez nos possam facultá-lo.

De qualquer forma, os srs farmacêuticos, assim como nós enfermeiros, devemos ter perfeita noção das nossas limitações e apesar de podermos dar o nosso contributo em tudo o que sejamos competentes, não deixarmos de pedir o parecer de quem mais perceba do assunto.

Senhor NA... Exerce a sua profissão no meio de utentes e/ou outros profissionais de saúde que não farmacêuticos? É que deveria ter alguma humildade de reconhecer que o farmacêutico não é melhor do que ninguém, aliás ninguém o é. Mas é uma característica que apenas um verdadeiro nobre de espírito apreende. Possui-a?
# por Blogger Unknown : domingo, julho 26, 2009

 

 

 

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# por Anonymous Anónimo : domingo, julho 26, 2009

 

 

 

Resposta de Anónimo 1 à Caríssima Anónima (devíamos talvez adoptar pseudónimos para evitar estas longas introduções).
Lamento ter compreendido a sua reacção como uma resposta ao meu comentário. Assim como lamento o tom agressivo do meu comentário a si dirigida (e também eu necessito de rever a minha ortografia).
Concordamos então que somos ambos ignorantes, isso é óptimo (sem qualquer sarcasmo;-)).
Sobre a questão da iliteracia não podia estar mais de acordo consigo.
E permita-me acrescentar a minha convicção que o futuro não nos reserva nada de bom.
Antigamente aprendia-se pouco, os meus pais têm a 4ª classe, mas o pouco que se aprendia era sólido. Hoje vejo cada vez mais jovens que entram na Universidade sem saber ler nem escrever.
Apenas a título de exemplo:
Não acho natural que um aluno do primeiro ano de um curso superior escreva como conclusão a um relatório de um trabalho laboratorial:
“Axo que a experiencia foi interessante. Mas foi muito dificil de fazer a experiencia. Faltou tempo para fazer a experiencia. Todos noz axamos que faltou tempo para fazer a experiencia. Mas a experiencia foi interessante.(!!!???)(custava muito, pelo menos, correr esta verborreia por um banal corrector ortográfico?)
Estamos a falar de um jovem que completou o ensino secundário e entrou para o ensino superior! Que avaliação se pode dar a um relatório com estas conclusões? Independentemente do resto de barbaridades que enchem as outras 8 páginas!!! (8 páginas cheias de bonitas fotografias a cores do ensaio e com encadernação de argolas! Talvez só estes detalhes devessem valer 10 valores…)
Assim como não acho natural que um aluno entregue um exame com as 4 páginas destinadas à resolução completamente preenchidas e no final se veja no topo de cada página zero, zero, zero e mais zero. Como é possível? Um aluno que não acerta a uma questão ou a um problema nem por engano?
E o que dizer a um aluno do ensino superior que tira 0, 1 ou 2 valores no exame final e compareça no gabinete do docente para consulta e discussão do teste?
Se há alguns anos atrás estas situações seriam relativamente cómicas e fruto de algum indivíduo excêntrico, hoje são cada vez mais frequentes e preocupantes.
Por isso lhe digo, Cara Anónima, a iliteracia de hoje é trágica, mas a do amanhã será uma verdadeira catástrofe!
Gostei de trocar ideias consigo e peço ao Dr. Peliteiro desculpas por invadir o seu espaço com questões paralelas.
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, julho 27, 2009

 

 

 

Relendo o meu comentário anterior gostaria ainda de acrescentar, a respeito dos trabalhos laboratoriais mencionados, e correndo o risco de ser maçador, que a primeira aula em laboratório destina-se a uma apresentação do docente e dos alunos, a umas breves notas sobre a utilização dos equipamentos laboratoriais e a uma visita geral a todos os trabalhos a serem realizados pelos alunos ao longo do semestre.
A segunda aula concentra-se na realização de um trabalho comum, apenas introdutório, sem entrega de relatório e consequente avaliação, apenas para familiarização dos alunos com o material e procedimentos do laboratório. Assim como à definição dos grupos de trabalho para o semestre e à calendarização dos trabalhos que cada grupo fará, em regime rotativo.
Pois, ao longo de todo o semestre, a primeira coisa que o docente deve fazer é colocar à mão a calendarização dos trabalhos que foi acordada com os alunos de cada turma. A cada aluno que vai entrando, às pinguinhas, é inevitável a questão ao docente de qual o trabalho que vai fazer! E isto com a maior das naturalidades… Depois sentam-se nas bancadas de trabalho e começam a ler o guião do trabalho que têm que realizar. Cada guião possui entre 4 a 12 páginas e inclui uma introdução teórica, o procedimento experimental e questões para discussão no relatório final.
Após meia hora de leitura e manuseamento imprevisível dos equipamentos começa a solicitação do docente em cada bancada para explicar o que é para fazer…
E um gajo pergunta-se: estes indivíduos são responsáveis e maiores de idade, tiveram 12 anos de ensino para entrar no Superior. Que raio estes energúmenos andaram afazer durante toda a sua adolescência? Fizeram todo o secundário a jogar PlayStation? É a única resposta que encontro.
E o que pode fazer um docente perante tanta imbecilidade conjunta?
Aprova toda a gente porque os coitados não têm culpa, pois foram estes os hábitos de estudo e trabalho que adquiram no secundário, agora também é necessário facilitar…
Ou chumba toda a gente e no próximo ano lectivo tem o dobro dos alunos? Metade dos quais a queixarem-se que a cadeira é muito trabalhosa e difícil?
Perante este cenário de aniquilação do ensino em Portugal, do qual o meu relato é uma insignificante amostra, penso seriamente em emigrar para África!
Cada vez fico mais convencido que este país está condenado a uma mediocridade certa.
Tento fugir daqui e aconselho a todos os que tenham oportunidade a fazerem o mesmo.
15 anos de políticas educativas desastrosas hipotecaram o nosso país por muitas gerações, senão para sempre.
Costuma-se dizer que os ratos são os primeiros a abandonar o navio, mas também se diz que os ratos sobreviveram à extinção dos dinossauros, esta última é a minha única esperança, e quiçá de todo o país…
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 28, 2009

 

 

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