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Impressões de um Boticário de Província

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Síndrome de Negação 

Relatório Primavera 2014 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, entre outros temas importantíssimos,  vem confirmar aquilo que há muito sabemos: que a redução da despesa tem sido feita à custa das farmácias.

Mas há outra questão que me parece tão ou mais premente: como é possível continuar a haver um agravamento contínuo da dívida (pública) da saúde, quando o equilíbrio financeiro foi a justificação para os cortes na saúde?

Azrael,   às  13:56

Comentários:

 

Comparativamente ao Resto do Mundo os medicamentos são excessivamente caros...e pesam muito no orçamento dos contribuintes... (se tal é por efeito dos impostos ,taxas ou emolumentos, ou voracidade predadora dos laboratórios e afins isso já é outra coisa...)

 

 

 

Claro, deve ser por isso que são exportados em quantidades massivas para o "Resto do mundo", por serem cá caros e lá baratos...
# por Blogger Azrael : quinta-feira, julho 03, 2014

 

 

 

A redução da despesa foi feita, em grande parte, à custa da redução da margem de lucro das farmácias. Mas, queriam o quê? Queriam que lojas de comércio valessem, para efeitos de trespasse, 4, 5, 10 milhões de euros?

A redução da despesa foi feita, em grande parte, pela substituição de medicamentos de marca por medicamentos genéricos. Naturalmente, que os laboratórios, as farmácias e os médicos, também não gostaram.

Portugal faliu, também por causa do regabofe na saúde.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, julho 03, 2014

 

 

 

Errado, a redução da despesa foi feita residualmente pela substituição de medicamentos de marca por genéricos e subretudo pela redução administrativa dos preços de ambos, com maior incidência nos genéricos.

Pelo contrário, as farmácias e os farmacêuticos há décadas que apelam, têm sido e continuam a ser os principais impulsionadores do aumento da quota de genéricos. Nunca houve da parte das farmácias nenhuma barreira ao aumento da quota de genéricos. Aliás foram escandalosas as tentativas de outras entidades do sector da saúde de impedir o seu crescimento para prejuízo de todos nós.

O que as farmácias não gostam é de ver a dívida dos hospitais a continuar a aumentar enquanto lhes dizem que as farmácias têm que contribuir, por si só, com cortes 3 vezes superiores ao que foi acordado pela troika.
# por Blogger Azrael : quinta-feira, julho 03, 2014

 

 

 

Mas, vender medicamentos de marca, por exemplo a 8 euros, em vez do correspondente genérico por 1,5 euros, não faz as farmácias perderem negócio?

Parece-nos que o apoio da ANF aos genéricos, esteve relacionado com o tal laboratório criado para produzir genéricos, e não para melhorar a situação das farmácias.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

É certo que a despesa nos hospitais tem aumentado, mas tal fica-se a dever aos preços absurdamente altos que temos de pagar por medicamentos ditos "inovadores", na area do cancro, hepatites, HIV, etc. Aqui não há muito a fazer no curto prazo, a não ser evitar o acesso a estes medicamentos, ou atirar as patentes para o lixo e começar a fazer genéricos mesmo que a indústria fique ofendida...
Os hospitais têm feito um esforço de contenção nas despesas que podem, da poupança de recursos materiais à redução os quadros de pessoal qualificado e dos ordenados destes. O que também terá custos no futuro, mas sobre esses ninguém se pronuncia, porque poucos são os que querem fazer essas contas, e porque não é fácil afrontar interesses instalados.
# por Blogger GreenMan : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Anónimo, durante os anos que os apelos para aumentar a quota de genéricos foram ignorados consumiram-se medicamentos de marca a torto e a direito. Passado alguns anos a situação criada fez com que efectivamente as farmácias perdessem negócio: 1 terço do mercado desapareceu de uma vez. Isto apesar de terem lutado para evitar chegar a essa situação insustentável.

Relativamente a vender a 8 e não a 1,5: a remuneração da farmácia (como qualquer negócio) provém da diferença entre o preço a que compra e o preço a que vende e não do preço de venda a publico ser elevado. Isto, aliado ao facto de as margens legais serem regressivas, quer dizer que vender mais caro não quer dizer que ganhe mais.
# por Blogger Azrael : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Por outras palavras, ganham mais se comprarem a 0,3€ e venderem a 1,5€ do que comprar a 7,5€ e venderem a 8€.
Os farmacêuticos sempre a olharem pelos utentes...
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Qual laboratório para produzir genéricos?
# por Blogger Azrael : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Green, e essas despesas em inovadores só começaram a aumentar agora? Acho estranho. Não se estão a pagar preços superiores ao que é pago noutros países? Não se podem baixar os preços administrativamente como se fez no ambulatório?
# por Blogger Azrael : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Caro anónimo Azrael (uma vez que não me consigo lembrar de si, de nenhum churrasco),

Dando-lhe apenas um exemplo de gestão de merceeiro:

Medicamento de marca:
Preço de venda = 8.0
Custo do produto = 6.4
Margem = 1.6
Margem = 20%

Medicamento genérico:
Preço de venda = 1.5
Custo do produto = 1.2
Margem = 0.3
Margem = 20%

Qual é a opção melhor para a farmácia? Ganhar 1.6 euros? Ou ganhar 0.3 euros?

Quanto ao Laboratório de genéricos da ANF, sabe melhor do que eu. Ou então, pergunte ao homem de Cascais.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

O que é certo é que o turismo de luxo do Barradas Rebelo tem estado "à pinha". E os milionários clientes são na sua maioria... farmacêuticos!
# por Anonymous Tonto : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Caro anónimo que frequenta churrascos: parece que não sabe fazer aprovisionamento de genéricos. Se quiser procurar tenho um comentário a um post antigo onde explico a alguém que fez uma pergunta exactamente igual à sua.

Seja como for se o utente descobre que a farmácia lhe dispensou por 8€ um medicamento que lhe podia custar 1,5€ é capaz de ser melhor ganhar 0,3.

Seja como for, como é óbvio, os seus números não são minimamente representativos da realidade. O mercado de genéricos não é em média 80% mais barato do que o de medicamentos de marca como no seu exemplo, as contas não são feitas á caixinha como faz aqui mas aos milhares delas e as margens não são chapa 20% mas sim regressivas.

Relativamente ao suposto laboratório de genéricos da ANF, deixe lá ver se percebi bem. A sua teoria é que a ANF andou décadas a fomentar o consumo de genéricos, aumentando gradualmente a sua quota de mercado, enquanto as centenas de laboratórios de genéricos, seus futuros concorrentes, ocupavam essa quota, com o objectivo de, mais tarde, entrar num mercado saturado de concorrentes que ajudou a crescer? Parece uma estratégia um bocado parva, não acha?
# por Blogger Azrael : sexta-feira, julho 04, 2014

 

 

 

Caro anónimo azrael,

Nenhum dono de uma loja quererá em lado nenhum do mundo, ir buscar uma margem de 15% sobre 6 euros, em vez de 20% sobre 1,5 euros. A não ser que sejam burros, ou a noção de rentabilidade de negócio seja algo etéreo.

Pelo que analiso do cenário em curso das lojinhas de medicamentos, percepciono que os seus donos, na sua esmagadora maioria, nunca perceberam o que era "rentabilidade do activo", ou "retorno do investimento".

Uns vinham com a conversa do "serviço público de saúde", que como sabemos não compra Audi's, nem férias nas Seychelles.

Outros, como os do Hosp. de Santa Maria, davam milhões, com a mesma análise que um jogador de black jack, dá numa mesa de casino.

Apesar do emagrecimento das margens e da recessão económico, o negócio das lojas farmaceuticas continuam a ser um excelente negócio, pois não se podem abrir farmácias como se abrem clínicas ou restaurantes. Para além de outras vantagens.

Relativamente ao laboratório de genéricos criados no "universo ANF", ele existe ainda ou não? Foi vendido ou ainda não? Só para saber se a estratégia parva ainda está em curso!
# por Anonymous Anónimo : domingo, julho 06, 2014

 

 

 

Caro anónimo que diz que percebe o que é "rentabilidade do activo", ou "retorno do investimento",

em primeiro lugar uma correção: parece-me que na sua primeira frase trocou a ordem dos argumentos que queria fazer passar.

Em segundo um agradecimento: obrigado por referir o óbvio.

Em terceiro um reparo: eu nunca disse o inverso.

Em quarto uma pergunta: Quer mesmo justificar a sua (errada) análise a toda uma política de saúde com base num exemplo retirado da cartola que nem sequer tem paralelo na realidade?

Também percebe o que é volume de compra? E desconto comercial e financeiro? Se sim, também não é difícil compreender o motivo pelo qual as suas contas não fazem sentido para analisar o cenário em curso das lojinhas de medicamentos.

Não percebe? Então continue convencido que ANF, MS e farmácias são todos insanos por fomentarem o mercado de genéricos (já agora também todos os países desenvolvidos onde a quota de genéricos é cerca de 30% superior à nossa) e o que estava correcto era continuarmos com um mercado quase exclusivo de medicamentos de marca.

Se calhar você percebe menos do mercado farmacêutico do que os farmacêuticos percebem de Rentabilidade do activo ou ROI...

Quanto ao laboratório de genéricos, consegue dizer-me, do que raio está a falar? É que o único laboratório que a ANF tem é especializado em medicamentos manipulados ou de pequenas séries...
# por Blogger Azrael : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

"essas despesas em inovadores só começaram a aumentar agora? Acho estranho. Não se estão a pagar preços superiores ao que é pago noutros países? Não se podem baixar os preços administrativamente como se fez no ambulatório?"

Boas questões estas. As despesas com inovadores têm tendência a aumentar pelo simples facto que a tendência é de aumento da procura (incidências de diversos cancros a aumentar). São medicamentos caríssimos, ao nivel do que se paga noutros países, numa acção que se poderia considerar prática de extorsão. A ameaça de baixa administrativa de preços normalmente é respondida pela industria como aqueles meninos que são donos da bola: "Ai querem baixar o preço?! Então não vendemos para aí!"
Há quem se deixa levar. Outros não. Por algum motivo os brasileiros, indianos, sul africanos, entre outros, mandaram as patentes de alguns "inovadores" na area do HIV às malvas. Cá falta sobretudo coragem para uma acção destas, porque know how e recursos para o fazer não faltam.
# por Blogger GreenMan : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

Anónimo ASrael,

Claro que o Ministério da saúde só fez bem em acentuar os medicamentos genéricos. Na Finlandia, a quota de mercado superava há vários anos os 70%. Esta foi das melhores políticas delineadas desde o consulado de Luis Filipe Pereira, Correia de Campos e Paulo Macedo.

Não percebi porque é que a ANF apostou tanto nos genéricos, quando os seus associados só tinham a perder, mesmo contando com os descontos financeiros, comerciais, de quantidade e afins.

Talvez se os farmaceuticos percebessem um pouco mais de administração de empresas, a situação de muitas farmácias não tivesse chegado onde chegou. Mas é bom que assim seja, pois abre oportunidades a alguns deles, que os há, que sabem de gestão. Para além disso, tarde ou cedo vão chegar as grandes cadeias.
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

"quando os seus associados só tinham a perder" isso pura e simplesmente não é verdade nem no imediato, muito menos no longo prazo. Do ponto de vista comercial era e é mais vantajoso para a farmácia, utentes e SNS. Por outro lado a ANF e os seus associados sabem que é necessário garantir a sustentabilidade do SNS.

Talvez, mas sobre este tema recomendado a leitura do post "os investidores".
# por Blogger Azrael : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

http://www.alliance-healthcare.pt/marcas-proprias

A Almus é a marca premiada de medicamentos genéricos da Alliance Healthcare. O design inovador das suas embalagens permite uma segurança acrescida para o doente, facilita a dispensa e melhora a eficiência na Farmácia.
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

O Azrael esqueceu-se da Almus mas lembrou-se do LEF, essa entendidade tão relevante para o mundo farmacêutico...
# por Blogger GreenMan : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

Pode ser que a Boots fique com 1.000 ou 2.000 farmácias em Portugal, com a ajuda da ANF!
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 


Por enquanto, as farmácias portuguesas na sua grande maioria pertencem a cidadãos portugueses e, também na sua esmagadora maioria, são associadas da ANF, que tem desenvolvido um trabalho de tal forma meritório que nos coloca ao nível do melhor que há no mundo, neste sector.
Quem decide na ANF são os seus associados.
No futuro, a ANF será o que os seus associados decidirem, com a Boots ou não, com outra qualquer ou não.
A ANF e os seus associados saberão cuidar dos seus interesses, continuando prestar aos seus concidadãos serviços da melhor qualidade,
O resto é conversa.

Atanágio


# por Anonymous Atanágio : segunda-feira, julho 07, 2014

 

 

 

Pois é anónimo das citações e greenman, só é pena que a almus pertença à Alliance UniChem IP Limited que, como é óbvio, nada tem a ver com ANF.

Mas mesmo que tivesse, a ANF já apregoa genéricos há décadas, a aquisição da AH foi no final da década passada.

De resto o Atanágio disse tudo: o que a ANF faz é o que os associados decidirem.
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

De facto, os associados decidem. Como decidiram tantas outras coisas no passado, normalmente com os pés. É que em todo o universo de associados da ANF, são uma minoria aqueles que tomam decisões bem informadas. De resto, tendo em conta o historial de luta contra as grandes redes e cadeias, vai ser muito interessante ver o contorcionismo da direcção da ANF para tentar vender a ideia que perder o controlo da gestão das farmácias para uma entidade estrangeira é agora aceitável.
# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

E porque havia, a direção da ANF, de tentar vender essa ideia?
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

"a almus pertença à Alliance UniChem IP Limited que, como é óbvio, nada tem a ver com ANF."

Então, a ANF, como sócia da Alliance Healthcare, é uma testa de ferro? Será?

A ANF foi sempre a vontade de UMA pessoa, com a ligação de OUTRA pessoa que fazia a ponte com o poder político, e que agora está com a Dra. Beleza, outra vez. Os outros associados abanavam a cabeça.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

De facto a ANF e associados devem muito a UMA pessoa, o Dr João Cordeiro.
Quanto à outra pessoa, desconheço os motivos porque "agora está com a Dra Beleza, outra vez".
Talvez, não tenha sido por ter ido à missa duas vezes.
Tendo em conta o passado e respectivas sequelas há sérias dúvidas quanto à importância dessa "ponte com o poder político".

Nabucodonosor
# por Anonymous Nabucodonosor : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

"E porque havia, a direção da ANF, de tentar vender essa ideia?"

Bom, uma das melhores formas de enfrentar as sucessivas reduções de despesa que tornam inúmeras farmácias inviáveis, é justamente formar uma rede. Há farmácias que já se organizaram em grupos, mas ainda assim constituem um aglomerado heterogeneo, em que os ganhos não beneficiam todos por igual além de que cada farmácia decide que serviços quer prestar. Com uma rede, as decisões são tomadas centralmente, o que torna muito mais fácil homogeneizar produtos e serviços com óbvias vantagens em termos financeiros.
A experiência da ANF na Polónia pode ter servido para experimentar um modelo que está na calha para ser implementado em Portugal, assim que mude a lei. E já estou a ver o filme: toda a ANF e OF a insurgirem-se contra a liberalização da propriedade, mas a ANF toma a dianteira e transforma o conceito de associação em rede de farmácias num abrir e fechar de olhos. A aliança com a Alliance já é meio caminho andado. Os associados transformam-se em accionistas. Contra um player destes, não há Boots que se atreva a querer entrar num mercado praticamente fechado. O único entrave ao dominio da ANF é a Autoridade da Concorrência se lembrar de tirar a lei do monopólio da gaveta...
# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Caro anónimo que está confuso, a ANF, obviamente, não detém ações da Alliance UniChem IP Limited, uma multinacional global que detém negócios na área da farmácia, mas sim da Alliance Healthcare, um grossista português.
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Certo Greenman, tudo isso é possível apesar de me parecer improvável no futuro próximo. No entanto isso é diferente de "perder o controlo da gestão das farmácias para uma entidade estrangeira". É até o oposto.
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Só depende de quem serão os novos investidores na ANF num cenário desses... Luanda estará interessada num lugar priveligiado sobre o miradouro de Sta Catarina?! E a ANF, estará interessada no mercado lusófono em África? Tudo questões em aberto... ou não, basta olhar para os orgãos sociais da AFPLP (http://www.afplp.org/scid/farmempt/default.asp)...
Claro que ainda é cedo para saber quando e como vai acontecer, mas se tudo continuar neste rumo, é só mesmo uma questão de tempo. E atenção, creio que até nem será necessariamente mau, por motivos já aqui debatidos. Além disso, haverá com certeza farmácias que se manterão independentes, quais irredutíveis gauleses, que ocuparão os nichos onde as farmácias de rede não chegarão.
# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

GreeMan, tenha paciência, explique lá isso um pouco melhor.
Então, nos países onde vigora a liberalização não há apenas uma ou duas cadeias que controlam completamente o mercado que está mais que fechado ?
Mais, se forem as Farmácias Portuguesas, com a sigla da ANF ou com outra qualquer, a organizarem-se em cadeia, em Portugal, já será motivo para intervenção da Concorrência.
Mas, pelo contrário, se a cadeia monopolista pertencer à Boots, à "princesa" Isabel ou ao partido comunista chinês deixa de haver problemas para a "Concorrência", será muito bom, é investimento estrangeiro, bla, bla bla..., a treta do costume que nos levou à bancarrota, à submissâo aos usurários de lá com a ajuda dos lacaios de cá.
É evidente que entre os vários cenários que a ANF estuda, no sentido da defesa dos interesses dos seus associados, por sinal, coincidentes com os interesses da população portuguesa, está a hipótese da liberalização.
Aliás, a compra da Alliance, em antecipação, teve tudo a ver com a liberalização que aí vinha.
Só que a dupla de cobardolas, Socas/C.C., borregou, temendo a capacidade de organização da ANF, ou dos seus associados, como queira.
Venham as Boots, as OCP(S), a "princesa" Isabel, ou o Partido Comunista Chinês, que nós já cá estamos e não temos medo deles.
Só precisamos que as regras do jogo sejam limpas.
Como dizia o outro:
- Até os comemos...

Lucífer

# por Anonymous Lucífer : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Tanta futurologia Greenman...
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

"Contra um player destes, não há Boots que se atreva a querer entrar num mercado praticamente fechado"

Para o desconfuso ASrael,

A genialidade da criação da ANF já lá vai, está na Fundação, ao pé da Dra. Beleza. A Boots é que aguarda calmamente pelo "falecimento da criatura". Comparar a Boots com a ANF é o mesmo que comparar a selecção alemã com a portuguesa.

E, já agora, então se a ANF afirma que possui 49% da Alliance Healthcare e esta possui a marca ALMUS.....estará a enganar os "associadozinhos", e afinal não possui marca de genéricos?


# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Azrael, imaginação e intuição não me faltam.

Lucifer, nos países onde há liberalização há de facto grandes cadeias que controlam o mercado. Mas continua a existir um pequeno número de farmácias independentes. Que no caso do Reino Unido, até têm apoios estatais para se manterem nas localidades mais remotas, onde as redes não chegam. No caso americano, há farmácias independentes que se especializam consoante o mercado imigrante que querem atingir.

Cá, a autoridade da concorrência devia intervir quando a lei diz que tem de intervir. O que acontece em Portugal é que a dita autoridade intervém consoante a loja maçónica no poder. E não, as farmácias em Portugal não estão preparadas para enfrentar um mercado liberalizado. Demasiados anos de "condicionamento", debaixo da asa protetora do Estado, a bem da nação...


# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

E não sou o único com imaginação. A OCDE também tem andado a fazer exercicios semelhantes... http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/jul/07/capitalism-rich-poor-2060-populations-technology-human-rights-inequality

E tudo isto pode ir com as couves se as previsões da OCDE se vierem a concretizar. Aproveitem enquanto dura.
# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Mas faltam factos e razões. E o facto é que Portugal tem das maiores coberturas territorial por farmácias aos mais baixos custos da UE.

Não há incentivos nem razões para o fantasma da liberalização que já assombra a caixa de comentários deste blog à tanto tempo que já perdeu interesse e deixou de meter medo.
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 


Essa dos apoios estatais para as pequenas farmácias se manterem em pequenas localidades onde a coisa não interessa ao guloso porque não dá dinheiro, ou as farmácias "étnicas", suponho que para os pobres, negros ou "chicanos", explorados, desprezados e deixados para trás, aos milhões, no império dos cowbois, não são exemplo de coisa nenhuma.
"As farmácias em Portugal não estão preparadas para enfrentar um mercado liberalizado" ou "demasiados anos de "condicionamento", debaixo da asa protectora do Estado", não passa dos chavões do costume, como tais absolutamente vazios de conteúdo.
As farmácias portuguesas nada têm a aprender com tais tubarões, prestam serviços ao nível do que de melhor se faz por esse mundo fora com menor custo.
O GreenMan pensa como a criadagem indígena que nos tem (des)governado, interesseira e submissa, sempre pronta a vender-se e a vender-nos ao primeiro usurário que lhes apareça.
Vivem todos no Portugal dos desgraçadinhos, dos coitadinhos , que não fazem outra coisa senão apoucar-nos, puxando-nos sempre e mais para baixo.
Julgam-se as elites mas a verdade é que
nunca saíram das "berças" a sério, embora se arroguem de cosmopolitas.
As elites das bancarrotas...
Repito, desde que o jogo seja limpo venham eles, que nós já cá estamos...

Lucífer
# por Anonymous Lucífer : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Tanta confusão nos comentários que já me perdi. Angolas, lojas maçónicas, várias Aliances.

Então a ANF detém 49% da Alliance Boots?

Menos.

Já que falam na Almus. Por alguma razão praticamente não é vendida em Portugal.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Lucifer tomou o vinho do diabo! Quanto às pequenas farmácias independentes, apenas dei um exemplo de como podem sobreviver num mercado liberalizado. Ou há apoios estatais, ou especializam-se num mercado muito específico. Nada disto é novidade, e em Portugal já se podem ver algumas farmácias especializadas (como aquela da baixa lisboeta especializada em homeopatetices).


"As farmácias portuguesas nada têm a aprender com tais tubarões, prestam serviços ao nível do que de melhor se faz por esse mundo fora com menor custo."
- Quais serviços? O único serviço relevante que fazem é dispensar medicamentos com umas conversas e aconselhamento/acompanhamento pouco estruturado. Nada mais. Quer ver serviços farmacêuticos a sério? Vá à Holanda. Ou fale com um australiano. Ou com algum colega que esteja a trabalhar no Reino Unido.
- Ao menor custo? Ainda se está para se perceber se é ou não. Mas acredito que ter farmacêuticos e técnicos a ganhar menos de 900 euros mensais contribua para esse "menor custo". Que orgulho do caraças!
- e depois ainda diz que as farmácias estão preparadas. Para quê mesmo? Se chegar uma rede que preste o unico serviço que as farmacias em Portugal têm prestado consistentemente, a dispensa de medicamentos, aposto que o custo ainda é mais baixo (baixos salários + condições vantajosas na aquisição e aprovisionamento de medicamentos = Custos ainda mais baixos, que poderão beneficiar o utente através de descontos e campanhas). Se eu como utente puder comprar medicamentos mais baratos, com certeza que o vou fazer. Tem a certeza que as farmacias estão preparadas? Então e as 400 falências que se fala por aí?

Outra vantagem de uma rede é que pode uniformizar a imagem e os serviços que presta em toda a cadeia. Especialmente importante, não para as farmácias, mas para os farmacêuticos que nunca serão proprietários, o facto de numa cadeia haver mais oportunidades de carreira do que numa farmácia independente.
Tirando a especulação sobre o futuro, tudo o que tenho escrito por aqui está já estudado e publicado em literatura científica. O oposto da tal elite de que fala... Faça também umas pesquisas e surpreenda-se sem sair do seu sofá.
# por Blogger GreenMan : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

O Greenman bate em questões, de forma muito acertada.

1. As lojas maçónicas mandam. A OPUS agora, voltou à mó de cima. A começar pelo Ministério da Saúde.

2. A ANF ao associar-se a um dos maiores operadores de saúde do mundo, pôs-se a jeito. Naturalmente que a Boots esperará o tempo que for necessário, até que o coco caia do coqueiro....

3. Alguns farmaceuticos sabem de ciencias farmaceuticas e de gestão. Mas, a grande maioria teve a sorte de ser proprietário na altura certa. Até 1980, ter uma farmácia era tão bom como ter um restaurante, ou uma papelaria. Até que a dupla Cordeiro/Costa Freire apareceu.....só que a dupla acbou. Agora, lá voltou o tempo da papelaria.

4. Por isso, é que muita gente vendeu a loja aos angolanos. Antes vender por 10, do que vender por 5.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

A Wells também está preparada para o combate. E eles sabem melhor do que ninguém negociar com fornecedores, o rappel e os descontos de quantidade. espremem à 30 anos, os fornecedores e até já têm marca com notoriedade.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

"Mas acredito que ter farmacêuticos e técnicos a ganhar menos de 900 euros mensais contribua para esse "menor custo"."

Durante anos ganharam a mais agora ganham a menos. Está errado? Evidentemente que sim mas por "menor custo" entenda-se menor remuneração, ou seja menor custo para o estado e utentes, menor margem.
# por Blogger Azrael : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

Já que gostam de estudos.

Também é um facto que a Liberalização da localização (Acho que é esta liberazalição de que tanto falam) remete a maiores gastos do estado em medicamentos.

Ou querem esperar aumentar em 1500 os estabelecimentos de venda e mesmo com concorrência de preços continuar a poupar nos medicamentos comparticipados?

No entanto de referir que este estudo já é antigo, antes da crise das dívidas soberanas.

De resto gostaria de ler mais ideias e não confusões com Opus Dei e Angolanos.

Eles estão por aí, mas têm uma influência limitada felizmente.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, julho 08, 2014

 

 

 

O Sr, Peliteiro tem um blog mas não lê o que lá se escreve e ainda pede ajuda.
Esta não lembra ao careca|
-Flávio-
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, julho 09, 2014

 

 

 

Este "Dr. João Cordeiro" é personagem virtual.
Era mesmo ele, rato como é, a anunciar um cargo de ministro...

De resto este assunto está esgotado e não leva a NADA.

# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, julho 09, 2014

 

 

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