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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Presidente da ANF sobre a crise no sector 

Mário Crespo entrevista João Cordeiro


Peliteiro,   às  00:46

Comentários:

 

O que o Cordeiro sugere no final da entrevista é basicamente a adopção do modelo Britânico.

Seria um grande avanço para a realidade da farmácia.

 

 

 

Brilhante entrevista do Dr. João Cordeiro.
Tivessemos nós sempre este discurso e a situação actual das farmácias estaria seguramente melhor.
Continuo a não ver melhor desempenho noutros sectores privados da sociedade.
# por Anonymous Carlos F : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Algumas imprecisões da parte do Dr Cordeiro. Os dados não foram de 2005; foram de 2009 os dados de rentabilidade apresentados para as farmácias. O TC não re-apresentou o estudo da autoridade da concorrência de 2005. O TC fez um novo estudo que chegou às mesmas conclusões quanto aos benefícios de uma concorrência mais livre,
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Faz parte de uma campanha de comunicação bem orquestrada por parte da ANF. O Dr Cordeiro é realmente um óptimo orador.
Apesar da boa relação que existe entre as populações e os seus farmacêuticos comunitários no atendimento do dia a dia, a imagem que prevalece dos donos de farmácia (predominantemente ainda farmacêuticos) é a de uma classe de privilegiados que ganha muito fazendo muito pouco. Podem ser casos isolados, mas geralmente quando me falam de farmacêuticos é para se referir aos rios de dinheiro que fazem. A verdade é que se comprassem menos Audi Q7, Mercedes ML e BMW X5, talvez conseguissem mais simpatia da população e tivessem mais dinheiro disponível para pagar aos fornecedores. E o luxo asiático da sede da ANF? E as farmácias remodeladas com os melhores mármores? Tudo isso transmite uma imagem que se presta pouco à aceitação da mensagem que o Dr Cordeiro tenta transmitir. Um pouco mais de sobriedade nos últimos anos teria feito bem (sou farmacêutico e ainda me lembro que nós então alunos de farmácia chamávamos "árvores de natal" às farmacêuticas donas de farmácia, porque a maioria delas andava sempre decorada com ouros e jóias).
# por Anonymous Preocupado : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Repito, há alguma farmácia à venda por menos de 1 milhão de euros? Milhão e meio? Mesmo num tugúrio?

As farmácias falidas são de quem as comprou por fortunas e agora não consegue pagar. Alguns espertos compraram mais que uma, alguns muitas, e agora estão à rasca. Vendam-nas!
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Pela livre abertura de farmácias!
# por Anonymous Afonso25 : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

A liberalização não é inevitável mas é provável. Mas quando chegar já não vai ser assim tão interessante o negócio!!!
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Caro colega Eugénio,

o modelo britânico, com a abertura de farmácias condicionada pelas lei do mercado e não pelo estado (como em Portugal), é tudo o que o presidente da ANF não quer.
# por Blogger @boticando : terça-feira, agosto 30, 2011

 

 

 

Realmente às vezes pergunto-me como foi, e é ainda, possível o lóbi farmacêutico ter engando tantos por tanto tempo impedindo a livre abertura de farmácias mesmo em contexto de crise nacional onde é importante criar emprego (a liberalização criaria pelo menos 3.000 empregos) e incentivar a economia (1.000 lojas arrendadas ou compradas, 1.000 mobiliários de farmácia, 2.000 computadores, 3.000 impressoras, 2.000 telefones, 1.000 frigoríficos, 1.000 balanças, 1.500 ar-condicionados, 100000000€ de stocks, 1.000 contas bancárias, 1.000 contabilistas, etc, etc, etc.

[Para uma estimativa de mais 1.000 novas farmácias, pelo menos, deduzindo no emprego a transferência desde as actuais farmácias]
# por Anonymous Sulfúrico : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Meu caro sulfúrio, as contas não se fazem dessa maneira...
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Mais dia, menos dia, as farmácia serão de livre abertura, tal como qualquer outro tipo de comércio. A pressão e a consequente resistência a este facto não durará sempre...
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Este Sulfúrico é um génio, está finalmente descoberta a saída para a crise. Já agora, porque não mais 1.000 estabelecimentos de cafetaria e restauração, 1.000 lojas de vestuario, 1,000 de calçado, 1.000 hipermercados, 1.000 fábricas de têxteis e confecções, outras tantas de calçado, 1.000 empresas de construção e obras públicas...
Isto sim é que era "incentivar a economia", seriam mais umas boas dezenas de milhares de telefones, de computadores, de impressoras, de mobiliário, de automóveis, carrinhas, camiões, gruas, buldozeres...
E empregos? Só contabilistas seriam p'raí 15.000 ou mais, para não falar de gestores, seus acessores e outros que tais.
Mais 1.000 parafarmácias para fechar no mês seguinte e mais algumas farmácias nos hospitais para "ferrar" o calote ao senhorio que somos todos nós, estava o problema resolvido.
Ele há cada patusco...
# por Anonymous Vicêncio : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Posso não ser um génio, mas é evidente que devias ter poupado na escrita, por uma razão muito simples: há pessoas dispostas a abrir pelo menos 1.000 farmácias mas não há dispostas a abrir 1.000 estabelecimentos.
Ele há cada patusco.
# por Anonymous Sulfúrico : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

A farmácia não é um estabelecimento?

Provavelmente, haverá até mais de 1.000 interessados em abrir farmácias. E, se a lei o permitisse, abriam do mesmo modo que abriram as parafarmácias.

Findos uns 2 a 3 anos, restavam abertas as que estão nos shoppings que, tal como as parafarmácias, são dos próprios hipers.


Percebo que os farmacêuticos que nunca tiveram farmácia tenham este discurso. O problema é que mesmo que aquilo que defendem fosse implementado, as probabilidades de, daqui a 4 ou 5 anos estarem melhor financeiramente, pelo facto de terem uma farmácia, seria muito reduzida. Pelo caminho, dava-se cabo dos que já estão instalados.

Mas, pronto, mesmo assim, acham bem, porque os donos de farmácias são uns malandros e já que eu não posso estar bem, os outros também não.
# por Blogger Farmasa : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Sou um farmacêutico não proprietário de Farmácia.
Sempre fui a favor do modelo um farmacêutico - uma farmácia, porque até 2005 tinha funcionado bem. Penso infelizmente que não existe voltar atrás nesta matéria da propriedade ser exclusiva dos farmacêuticos.
O debate de se a farmácia deve ser ou não só dos farmacêuticos é um debate quase ideológico, que toca na deontologia e ética farmacêutica, na liberdade de bem servir a população, no papel do farmacêutico.

Perdida essa exclusividade (e a dos MNSRM), resta agora a limitação administrativa à concorrência, que por exemplo não acontece no restante retalho nem noutros estabelecimentos de saúde (desde hospitais a clinicas de análise), mas acontece nos táxis, nas rádios e nas televisões. São opções politicas.
Obviamente a limitação de alvarás fez com que muitas terras que tiveram farmácias durante muito tempo as tivessem perdido, porque se transferiram e foram para mercados maiores, a maioria pertencentes a farmacêuticos proprietários. Foi no fundo, a lei do mercado a funcionar. O mercado não quer mais cafetarias mas quer mais farmácias. O modelo que temos agora é o do protecionismo. Será o melhor? A liberalização poderá ser uma solução para facilitar o acesso das populações às farmácias (sempre que se transfere um farmácia de uma pequena terra abrem logo por vezes 2 parafarmácias e de facto as farmácias eram viáveis antes da mudança). Temos uma quantidade enorme de jovens farmacêuticos a sair das farmácias por isso mão de obra qualificada não será problema. O sector ficaria mais forte porque as menos capazes que fechassem seriam rapidamente substituídas por outras, não havendo assim quebra de assistência às populações.

Interessa salvaguardar que, em cada concelho por exemplo, nenhum único proprietário ou grupo económico possa dominar o mercado. Isto aliás, não está atualmente salvaguardado; passo férias numa terra onde 2/3 das farmácias são da mesma família e conheço outra onde 100% das farmácias (são 2) pertencem ao mesmo dono.

Por isso com o atual sistema temos monopólios locais, temos terras do interior que perderam a farmácia de décadas e 20% das farmácias que não têm dinheiro para pagar os fornecedores (e ter medicamentos para dispensar aos doentes) sem que alguém com capital possa abrir uma ao lado para servir esses mesmos doentes.

Preocupa-me muito quem investiu de boa fé em farmácias nos últimos anos, tem grande dívidas aos bancos e pode ser muito prejudicado pela liberalização (alguns são amigos.

Por isso não sou necessariamente militante a favor da liberalização, mas não vejo as grandes vantagens para a saúde pública que o sistema atual nos trás.

Isto funcionou tudo muito bem até 2005, mas tem que ser remendado, porque está mal (e nem quero pensar em alvarás a serem atribuídos tipo totoloto...nem com a Marisa Cruz a tirar os nomes vencedores).

Sou um observador atento.
# por Blogger @boticando : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Força homens de pouca fè , Tavares e Sulfúrio façam-se à vida , que esperam ? Vão à banca e comprem farmácias ,elas já estão aí ...ganham avanço ...marquem a diferença ...ou se vier a liberalização eu espero e abro a 50 metros de voçês e vamos à luta !
Um Homem faz o seu destino!
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

Enquanto estudante sempre me pareceu sensato defender o modelo de exclusividade da propriedade da farmácia por farmacêuticos. Presumo que tal se devesse a uma certa ingenuidade que, no entanto, cedo se começou a desvanecer quando iniciei o estágio. Estagio numa farmácia onde o proprietário é farmacêutico e, honestamente, a pressão de ordem comercial que é exercida sobre mim é, do meu ponto de vista, eticamente incompatível com valores pelos quais na minha opinião qualquer profissional de saúde se devia reger e que, inclusivamente, constam do código deontológico da profissão e do Estatuto da Ordem dos Farmacêuticos.

Agora que se aproxima a época de vacinação contra a gripe, o proprietário/director técnico da farmácia decidiu, como manobra de marketing e fidelização (palavras do próprio), oferecer a administração da vacina aos "clientes" que reservarem durante o mês de Setembro. Mas o que mais me parece dúbio do ponto de vista da deontologia profissional são as comissões ganhas quando se vendem determinado produtos em detrimento de outros. Juro que não imaginava que isto se passasse nas farmácias - muito menos em farmácias propriedade de farmacêuticos. Agora digam-me, se isto não é um atentado à independência técnica e científica do farmacêutico (inscrita no Estatuto da Ordem dos Farmacêuticos...), por meio de induzi-lo com aliciantes económicos a vender X em detrimento de Y ou Z, é o quê? Obviamente que vendendo esses produtos, algum tipo de vantagem daí advirá também para a própria propriedade da farmácia, ou como é óbvio não seria aliciado com comissões para vender esses ditos produtos. Agora pergunto-me em quantas farmácias será este tipo de comportamento prática corrente - presumo que não será um caso isolado. E questiono-me também sobre o papel da Ordem dos Farmacêuticos neste tipo de ocorrências. O Código Deontológico e o Estatuto são meros pedaços de papel com fins decorativos, que na prática valem zero?

Mesmo enquanto estagiário já sinto que a pressão comercial que é exercida sobre mim é enorme - e não é por parte de nenhum delegado da indústria, é mesmo por parte da propriedade/direcção técnica da farmácia, una e indivisível como nos velhos tempos antes de Sócrates. Fica claro que o mais importante, muito mais do que qualquer independência técnico-científica do farmacêutico, é vender e gerar lucro à propriedade da farmácia.
# por Anonymous Estagiário : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

 

@ Tavares: Só uma ligeira imprecisão no seu texto: A lei sempre protegeu uma correcta distribuição de farmácias e aliás permitiu que terras pequenas, por vezes com apenas 1000 habitantes tivessem farmácia. No entanto, a lei mudou, estupida e desnecessariamente, e permitiu as transferências que ocorreram nos últimos 3-4 anos.

@Estagiário: Lamento o seu desapontamento com a profissão e parece-me que teve azar na farmácia onde estagiou. No entanto, deixe-me que lhe diga que também acho que está a ser demasiado ingénui na avaliação que faz e, talvez, nas perspectivas profissionais. O farmacêutico de oficina está "entalado" entre 2 vertentes, por vezes conflituantes: a profissional e a comercial. Percebo as cócegas que lhe façam as comissões (a mim também fazem). Mas no caso dos genéricos, qual é o mal, dos colaboradores serem incentivados a vender a marca X, por ser a que mais rendimento dá à farmácia? Acha que vai vender mais omeprazois sem receita só para ganhar a comissão? Ou acha que, como profissional, deve criar uma comissão científica para avaliar o melhor genérico? Muitas vezes, trata-se de um bom acto de gestão.
Contudo, como não conheço a farmácia em particular, admito que seja abusivo.
Como exemplo daquilo que considero excessivo, falo-lhe do que me sucedeu quando comecei a trabalhar, já há uns anos: O farmacêutico proprietário da farmácia dizia-me que uma constipação não podia ser menos de 20€, custe o que custasse....
# por Blogger Farmasa : quarta-feira, agosto 31, 2011

 

 

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