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Impressões de um Boticário de Província

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Genéricos de marca 

Este tema talvez devesse ser tratado com uma prosa um pouco mais cuidada, mas realmente a paciência para temas requentados e planos de pormenor já não abunda. De modo que sobre a medida preconizada pela ANF para a substituição dos genéricos queria apenas deixar duas palavrinhas:
  1. A lei é para se cumprir. Pode ser absurda, mas é para cumprir. Não acredito que a ANF ou nenhuma das Farmácias aderentes a este, digamos, programa seja algum dia condenada em Tribunal.
  2. O conceito de genérico de marca é um absurdo e julgo que uma originalidade portuguesa. Ou é marca ou é genérico. Em Portugal há ainda a cópia; uma chafurdice. Nenhum médico, nenhum farmacêutico tem competência, tem elementos, tem nenhuma evidência, intuição ou cheiro que lhe permita distinguir um genérico da marca xpto de um outro genérico da marca otpx. Estamos a falar de ciência e tecnologia e não de fé.
  3. A prescrição por DCI consta do programa deste Governo e do compromisso para a saúde. Cordeiro só está a recomendar o que o Governo prometeu mas não cumpriu. A actual Ministra não cumpre as promessas do Governo e anda pelos congressos médicos a suplicar-lhes que receitem genéricos. Por amor de Deus!... O Sócrates, esse mariquinhas, tem medo de quê?
  4. Os médicos escusam de fazer de virgens envergonhadas porque toda a gente sabe que estão metidos até ao pescoço (não todos evidentemente, há muita gente séria, felizmente) nas negociatas do medicamento, que chapinham que nem javardos, que mamam que nem vitelos na teta do desvario dos dinheiros públicos. O número de delegados de propaganda médica atesta bem isso. Os farmacêuticos também não são nenhuns anjinhos, diga-se, mas pelo menos é suposto que estes ganhem dinheiro a vender medicamentos - é mais natural e não fazem de virgens púdicas. Agora, os médicos, muitos médicos, deviam ter vergonha de se pronunciarem sobre isto, inchados que nem sanguessugas empanturradas do sangue alheio.

Peliteiro,   às  00:27

Comentários:

 

Muito bem!

 

 

 

Peliteiro a Bastonário
# por Anonymous Colega de Évora : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

My point exactly. Cumprimentos, NA
# por Anonymous NA : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

Produtos naturais... Acabem como sintéticos...eheh!

Boticários sim !!! Industriais n unca!!!
# por Blogger renato gomes pereira : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

Na prescrição ( receita ) diz ou autorizo ou nao autorizo o genérico, onde o sr. dr. faz a cruz e rubrica....e quando receita um genérico ( de marca à tuga) e proibe o fornecimento ou dispensa de medicamento genérico....o que devia dizer é que proibe a substituição......:)

Mas a bomba vai rebentar parece-me por outro lado...eu estou ao lado do cordeiro

kamy
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

Realmente este tema dos genéricos já fede, já dura há 4 anos. Já nem o blog do Mário lhe dá atenção...
# por Anonymous JLP : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

E há quem afirme que a culpa é dos doentes! Só à bastonada!
# por Blogger Manuel CD Figueiredo : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

A ordem dos médicos faz o que quer dos farmacêuticos!
Nestas alturas, emerge dos farmacêuticos aquele desejo recalcado de ser médico...
Eu tenho orgulho em ser farmaceutico!
# por Anonymous FarmaVNG : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

FarmaVNG, escusa de vestir a capa de farmacêutico para tentar "ferir" a classe. Pelo seu estilo, pelo seu comentário, topa-se a milhas que não é farmacêutico.

As melhoras.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

Pelos vistos é a ANF que faz o que quer dos médicos...
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

«Pelos vistos é a ANF que faz o que quer dos médicos...»

Quem pode, pode.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, abril 03, 2009

 

 

 

Ó Sr Anónimo, claro que não sou farmacêutico... só agoar percebeu isso? Não percebeu o meu recurso ao sarcasmo e ironia?
Valha-me S. Peliteiro!
Para ser sincero e compinhca consigo, nem conhecia o blogue, cheguei através de uma pesquisa no google.
Eu não preciso de "ferir" a classe, mas vejo que algum cmomplexo de inferioridade o assola.
Enterei em farmácia em 1997 na FFUP. Nem sequer me inscrevi porque queria era ser médico (como os meus pais e o meu avô materno), no ano seguinte entrei na FMUL.
Sou interno de MI.
Tem mais questões ou já me "topou" a milhas?

As melhoras digo eu.
# por Anonymous FarmaVNG : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

"«Pelos vistos é a ANF que faz o que quer dos médicos...»"

Quem pensa assim só pode ser a ANF
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Eu não sou o Peliteiro, caro FarmaVNG. Sou apenas um leitor. De qualquer modo, para se dar ao trabalho de aqui vir deixar o seu comentariozinho abespinhado, é porque lhe está a doer alguma coisa.

Repito: as melhoras.
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Mas é um leitor pouco dotado no âmbito cognitivo! Eu disse que o senhor era o Peliteiro? Eu vi que o site se denomina peliteiro, e aclamei a ajuda do São Peliteiro!!!! Sei lá quem o peliteiro é ou minha avó torta.
O meu amigo pura e simplesmente não sabe ler.

Confesso, estou sequioso de saber se algum cordeirinho troca alguma prescrição minha, tou mesmo com vontade de esfolar um farmaceuticozeco qualquer na barra do tribunal. Os advogados da OM estão famintos de sangue!
# por Anonymous FarmaVNG : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Eu acho que o meu amigo vai ter mesmo que se limitar aos seus sonhos - se quiser de facto matar essa sede.

E mais uma vez: as melhoras!
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Esta FarmaVNG, seja médico, farmacêutico, ou palhaço desempregado, parece-me ter uma atitude que escava o ridículo, estando mesmo no meio do mesmo. É que se há coisa pior que o complexo de inferioridade é o de superioridade. Mas enfim, prometo avisar quando o circo Chen passar por aqui. Pode ser que tenham uma jaula por preencher. Um lugar como artista, digo. NA
# por Anonymous NA : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

basta...deixem aspessoas falar...deixem os doentes falar..se ainda puderem...
quando sepretende silenciar alguém,por muito inc
omodo que seja o seu barulho pou até sem razão..alguma coisa está mal..sem transpar~encia não pode haver vida na Pólis...
# por Blogger renato gomes pereira : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Os farmacêuticos são incómodos porque sabem muitas coisas, às vezes incompetência, às vezes vigarice.
# por Anonymous Colega de Évora : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Medicamentos: Paulo Portas (CDS) responsabiliza Governo pelo conflito entre farmacêuticos e Ordem dos Médicos

Lisboa, 03 Abr (Lusa) -- O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou hoje que o conflito entre a Associação Nacional de Farmácias e a Ordem dos Médicos sobre os medicamentos genéricos "deve muito à omissão do Governo" no alargamento do sector.
Lisboa, 03 Abr (Lusa) -- O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou hoje que o conflito entre a Associação Nacional de Farmácias e a Ordem dos Médicos sobre os medicamentos genéricos "deve muito à omissão do Governo" no alargamento do sector.

"O que não é não é todo aceitável é um conflito que deve muito à omissão do Governo e em que amanhã se possa dizer que um medicamento foi mal dispensado e que causou consequências a um determinado doente. Isso que deve ser prevenido e evitado", defendeu Paulo Portas.

O líder democrata-cristão falava em conferência de imprensa para anunciar a entrega, "em breve", de um projecto de resolução que recomenda ao Governo a alteração da lei 176/2006 visando "estabelecer como regra a prescrição de medicamentos por princípio activo".

O CDS-PP propõe que a regra só pode ser afastada "com uma justificação técnica escrita detalhadamente na receita" e que essas justificações "podem ser escrutinadas e avaliadas pelo Infarmed" (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P.).

Segundo a proposta, o farmacêutico "tem a obrigação de dispensar o genérico que tiver o preço mais acessível".

Evitando tomar partido "no conflito" entre a ANF e a Ordem dos Médicos sobre a questão dos genéricos, Paulo Portas advertiu no entanto que os utentes podem sentir insegurança na hora de ir à farmácia e defendeu que a ministra da Saúde, Ana Jorge, devia "indicar um caminho".

"Quando nós vemos a ANF dizer que se vão substituir à receita do médico e a OM responder com a ameaça de queixas judiciais e sugerindo uma desresponsabilização, os portugueses se perguntam-se se não há uma solução segura a favor dos genéricos", criticou.

Portas disse "ver com a maior dificuldade que a maioria PS se oponha" à recomendação do CDS-PP uma vez que "o primeiro-ministro assinou em 2005 um documento", - Compromisso com a saúde - em que se compromete a generalizar "com a maior urgência a prescrição médica pela denominação comum internacional por princípio activo".

Algumas farmácias começaram quarta-feira a substituir medicamentos receitados pelos médicos por genéricos mais baratos, mesmo quando os clínicos se oponham, na receita, à troca.

A medida, da iniciativa da Associação Nacional de Farmácias, é contestada pela Ordem dos Médicos que ameaça denunciar os casos ao ministério Público.

SF.

Lusa/fim
# por Anonymous Carlos MP : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Não são só os farmacêuticos que queriam ir para medicina. Também os de psicologia, química, bioquímica, dentária, fisioterapia, enfermagem, nutricionismo, podologia, etc, etc, etc, mas também os de direito, sociologia, história... Enfim, quase todos.

Pudera! Um rapaz que entre em medicina, mesmo que seja por vias travessas como muitos, tem bom emprego assegurado toda a vida, mesmo que seja um grande incompetente, na função pública durante uns minutos e na privada o resto do dia, e ainda por passar atestados, certidões de óbito, arranjar cunhas para os hospitais, por receber comissões das análises, dos raios X, dos medicamentos, tem uma fonte de rendimentos extra e um conjunto enormes de favores que vai desde o dono do talho que lhe dá o cabrito na Páscoa até ao dono do restaurante que não lhe cobra as jantaradas com a gaja que anda com ele porque tem garantida a boa vida e o reconhecimento social.
# por Anonymous CCampos : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

A "discussão" que este "FarmaVNG" tentou introduzir aqui é reveladora do baixo nível que o caracteriza - e da ausência de argumentos sólidos e sérios. Penso que dar-lhe continuidade é descer ao mesmo nível - valerá mesmo a pena? Não creio.
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

A discussão aqui e no http://medicoexplicamedicinaaintelectuais.blogspot.com/ parece um Benfica Sporting.

Uns são do clube dos médicos, outros dos farmacêuticos. A razão não interessa.
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Os farmaceuticos que conheci queriam todos ter sido médicos... O que é mau é que queiram ser eles a prescrever quando não têm nenhuma formação para tal.

Este post cheira a ódio mal resolvido.
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Mas estes comentários imberbes e insignificantes (como este aqui de cima), cheiram a esturro. E denotam apenas uma coisa: falta de argumentação, falta de maturidade e falta de inteligência.

PS: Como eu até já os "cheiro" virtualmente, só lhe digo uma coisa: volte lá para o seu antro pestilento no "Doutor Enfermeiro".
# por Anonymous Anónimo : sábado, abril 04, 2009

 

 

 

Divulga o novo blogue poveiro o blogue dos verdadeiros Lobos-do-mar.
Aqui: http://correntescritas.blogspot.com/
# por Blogger Maria da Terra : domingo, abril 05, 2009

 

 

 

Porque Não, Farmácias Nos Centros de Saúde?
Avancemos para a distribuição de medicamentos nos Centros de Saúde.

O Estado adquire genéricos por grosso para distribuição pelas USF e ACES.

Assim sim.
Poupar-se-iam milhões de euros, empregar-se-iam milhares de farmacêuticos e os preços poderiam reduzir-se ainda mais, muito mais!

De um comentário: "é claro que o colega farmacêutico NA está num hospital e não se apercebe do que se passa nas mihares de farmácias do país. Mas é muito engraçado que não vejo os farmacêuticos referirem-se à possibilidade dos medicamentos serem distriuidos nos hospitais e centros de saúde, ficando as farmácias comunitárias para a medicina liberal e seguros de saúde. Acabavam-se as guerras: o Estado comprava para o país inteiro através de concursos públicos, Aí sim, o Estado poupava milhõies de euros."

Fonte : http://medicoexplicamedicinaaintelectuais.blogspot.com/

Achei que acharia interessante comentar .

Abraço
# por Blogger Unknown : segunda-feira, abril 06, 2009

 

 

 

Postamos este post no Cogitare em Saude. abraço
# por Blogger Blogger de Saúde : terça-feira, abril 07, 2009

 

 

 

Já mandaram prender o Cordeiro?
Já fecharam alguma farmácia?
País fora da lei!
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, abril 07, 2009

 

 

 

Desculpem a intromissão, sou enfermeiro há 18 anos.
Não venho defender os médicos. Venho culpar o Sr. Cordeiro. É diferente.
Esta não é uma luta em prol da defesa dos interesses dos consumidores que sucumbem à crise, passando por dificuldades na aquisição de fármacos. É claramente uma guerra de interesses económicos (toda agente sabe, até o meu filho com 13 anos sabe!).
O Sr. Cordeiro defende a sua propriedade de distribuição grossista, fazendo uso de uma bandeira supostamente altruísta.
E as farmácias, como instituições comerciais que são, estarão sempre inerentes a promiscuidades sócio-económicas. Claro como a água.
Estava visto que os médicos iriam sempre sair vitoriosos, não obstante o "peso" político da ANF.
O Sr. Cordeiro que não se preocupe, mas as supostas culpas relacionadas com a fragilidade finaceira do povo, serão, se tal, imputadas aos médicos, por isso... consciência tranquila.
As farmácias também terão pouco com o que se preocupar, basta que os seus profissionais cumpram rigorosamente a lei, respeitando escrupulosamente a prescrição médica.

Todos nós conhecemos os meandros complexos deste sector, em particular do farmacêutico e, por vezes, rementendo-nos para a simplificação das questões, a solução e/ou prognóstico da respectiva surgirá bem mais límpida ao fundo do túnel.

Obrigado pela paciência e disponibilidade na leitura desta minha humilde, sublinho, humilde opinião.
# por Anonymous A Matos : terça-feira, abril 07, 2009

 

 

 

Venha uma puta de revolução a sério para banir, uma vez por todas, este comércio sem escrúpulos, em que se tornou o sector de saúde. Só vêm cifrões na frente. Nem pelo País estar às escuras com milhões de "lampiões" apagados. Aspirinas para todos. Oferta do FCP.
# por Anonymous Médico da Provincia : terça-feira, abril 07, 2009

 

 

 

O Rendimento Nacional é igual ao Consumo menos a Produção. O Consumo faz-se com o Rendimento. O rendimento que não é gasto (consumido) é o aforro( poupança). O aforro( poupança) pode ser investido ou ser entesourado. Um aumento do investimento provoca um aumento do rendimento. Aumentando o rendimento pode aumentar o consumo, ou aumentar o aforro, ou o investimento.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, abril 09, 2009

 

 

 

Isto é de rir, a ANF incumpriu a lei e nada acontece. Farwest!!!
# por Anonymous Paco : quinta-feira, abril 09, 2009

 

 

 

o pequito dizia que os medicos xupavam dinheiro e viagens,,,porra alguem acredira........estamos num pais de 3 mundo porque se fosse noutro decrto que isto nao acontecia........os sr dr ate tem todos notas elevadas quando vao pra medicina, por isso e que tem medo dos brasileiros qe tem universidades bem classificadas a nivel mundial...e as nosas...........sf
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, abril 09, 2009

 

 

 

A mim parece-me que isto tudo não passa de uma guerra de interesses económicos e de poder. O utente, que no fundo somos todos nós é que paga. Há questões mais importantes como: porque raio, se para um determinado tratamento preciso de por exemplo 20 comprimidos e tenho que levar com e pagar 60 e o restou ou vai para ou lixo ou fica para quando tiver a mesma doença entre outras...Enfim é o país em que vivemos.

Uma boa Páscoa a todos!

http://enfmario.blogspot.com/
# por Blogger Freethought : sexta-feira, abril 10, 2009

 

 

 

http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2009/04/os-enfermeiros-sao-feios.html
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, abril 10, 2009

 

 

 

Pela livre abertura de farmácias.
Fim ao monopólio.
# por Blogger Pela livre abertura de farmácias : sábado, abril 11, 2009

 

 

 

Caro Neuro_enfermeiro,

Pedia-lhe o favor de me apontar 10 cenários possíveis em que a unidose lhe poderia levar a gastar menos do que os 60 euros. A maioria dos tratamentos de patologias agudas têm hoje em dia apresentações com o n.º de comprimidos adequados.
Aliás, se a questão é o n.º de comprimidos, a maioria dos utentes que me pedem para trocar 1medicamento de marca por outro genérico, o faz por 2 motivos: o tão falado preço, e o n.º de comprimidos. É muito vulgar a caixa de um medicamento de marca conter 28 / 56 comp., e haver marcas de genéricos com 30 ou 60. Por outro lado, há-de me dizer a % dos custos em medicamentos que salvaria com esta sua cordial atitude. :-)
Os milhões no desperdício estão longe de ser solucionados com a unidose.

Por outro lado, acho que deveria espreitar para dentro de alguns contentores da valormed, e avaliar por si onde está o desperdício. Da minha experiência digo-lhe o essencial: resulta da falta de comunicação, regulação e cooperação do nosso sistema de saúde. Há médicos que fazem uma revisão da terapeutica mensal dos seus pacientes e têm sempre o displante de receitar medicamentos em "caixa grande". O que o médico x diz, o especialista Y, que o consulta de 3 em 3 meses desdiz, que por sua vez é contradito pelo médico Z, mas vem dai vem as análises o médico W reformula o que os anteriores prescreveram. A isto soma-se umas caixas que ficaram excluidas por ter levado a que o doente tenha sofrido efeitos colaterais. Mas que foram compradas em caixa grande e em elevado número do mesmo modo em que tinha sido receitadas.

Quanto ao monopólio na propriedade das farmácias... sem palavras para quem acredita nisto como solução, bom proveito :-).
Se for adiante, estaremos cá para constatar se de facto lutou por uma causa verdadeiramente premente. Se for, serei a primeira a conceder e a felicitá-lo. Já agora, gostaria que me explicasse no quê e como é que a liberalização poderia contribuir nesta questão dos genéricos e na redução dos gastos em medicamentos no OE.

Quanto à prescrição por DCI. Mais tarde ou mais cedo ela terá de ser implementada. Querem cortar o défice por onde mesmo, se as despesas em medicamentos estão no desvario que se vê? Se não for por nossa iniciativa, será por "recomendação tácita" da OCDE, etc...
Aliás, nem consigo imaginar, uma UE com livre circulação de profissionais de saúde, com Bolonhas e ca., sem uma linguagem profissional ao nível da
terapêutica "standartizada".
Não é de hoje que o tema tem vindo a ser discutido, mas a crise potenciou-o, e a assertividade mediática do presidente da ANF, que não defendo, deve a vantagem de ganhar as manchetes, quer queiramos, quer não, falou-se de genéricos, bem e muito mal. Os farmacêuticos não sairam muito bem na fotografia infelizmente- a mão invisível mexeu-se- mas nem tudo foi mau.
E acho desrespeitoso que se tenha levado para segundo plano nesta discussão, a actual situação financeira dos portugueses, que transversalmente se verifica e constata, para apelar ao "sacrifício" e "gastos" excessivos e injustificados, cuja alternativa é mesmo não se adquirir os medicamentos necessários, invocando razões como a cor dos comprimidos e episódios fortuitos de troca de medicamentos (algo, pelos vistos, unicamente imputável à substituição por genérico, pois nuuuuuuunca acontece, quando um médico decide fazer uma revisão da terapêutica, nem quando as próprias marcas reformulam a imagem das embalagens comercializadas). Que se fale de ética onde ela se impõe!
Que haja ligações e promoções (numa linguagem de pescador, o peixe não é bem do tamanho que o pintam, mas enfim...), a mim pouco me importa- o preço máximo que pagará pelo medicamento está tabelado, basta para isso dar uma olhadela no site do infarmed. A haver interesses que prejudiquem alguém, que me expliquem. Economicamente, o doente não sairá sempre a ganhar?
E se no fim de contas, se somos todos nós que pagamos estes tratamentos de "luxo", como são considerados na maioria dos países da UE, não seria bem vinda uma indicação na receita de uma justificação científica válida para que determinado medicamento de marca seja prescrito em detrimento de um análogo genérico?
Ao que sei é assim que funciona ao nível hospitalar.
Depois invoca-se muito a relação médico-doente para tudo e para nada, o que faz muito sentido olhando para os valores médios num
país onde mais de um milhão de pessoas não têm médico de família e onde este tem mais de 50 000 habitantes a seu cargo e o conceito de redes de cuidados de saúde e de cuidados prolongados ainda mal consegue andar.
Dito isto, resta-me o enorme apreço por inúmeros médicos que conheço e com os quais privo, e que em benefício do doente, colaboro, mas que infelizmente não são representativos de alguns cujo comportamento sigo no meu dia a dia.
# por Blogger Helena : sábado, abril 11, 2009

 

 

 

Curioso é o cheiro a dinheiro que aqui tresanda! E o contribuinte? Esse, nem fala.
# por Anonymous Anónimo : domingo, abril 12, 2009

 

 

 

Meus caros médicos, farmacêuticos, e outros quejandos: para toda esta celeuma por tão pouco, é porque há muito dinheiro menos claro em jogo! Andam todos a engordar à pala do mesmo de sempre: o zé povo!!!
Cambada de sanguessugas!!!
# por Anonymous Anónimo : domingo, abril 12, 2009

 

 

 

http://povoa7.blogspot.com/

Novo blog sobre a Póvoa, visitem!
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, abril 13, 2009

 

 

 

Acho que na sociedade actual qualquer um de nós devia primar pela boa educação, ponto final! Eu, farmacêutica, pretendo ser respeitada pelos médicos como respeito quem talvez não entrou em farmácia e como respeito quem não tem pais com dinheiro para lhe pagarem um curso. A meu ver os farmacêuticos são sim potencial humano e académico claramente subaproveitado nas farmácias. Mas passa por nós tentar mudar as coisas, nomeadamente não nos "encostando à mesmice" mas tentado sempre saber mais e com uma certeza: ninguém sabe tudo!
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, maio 11, 2009

 

 

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