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quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Hospitais travam compra de medicamentos novos 

Para cumprir défice, hospitais deixam de encomendar remédios mais inovadores.
No hospital de São João, no Porto, a "suspensão" começou em Maio e vai durar até Outubro.


Os maiores hospitais portugueses estão a travar a entrada de novos medicamentos para reduzirem a despesa e cumprirem o Orçamento do Estado para 2006, que limita estes gastos a um crescimento de 4%. No hospital de São João, há uma directiva interna que "suspende" a entrada de novos medicamentos. Os administradores hospitalares garantem que havia desperdícios e que o adequado tratamento dos doentes não está em causa.

A notícia não refere o mais importante: convinha saber se estes "cortes" são criteriosos ou se são cegos.
A despesa com medicamentos nos Hospitais é um monstro que ninguém controla e que, por isso, tem crescido a um ritmo avassalador, insustentável, muitas vezes à custa de "inovações" caras sem qualquer valor terapêutico acrescentado.
Portanto, se a suspensão de entrada de novos medicamentos nos Hospitais obedece a critérios científicos bem definidos pode dizer-se que é uma boa medida, que é um bom princípio, que não prejudica a saúde dos doentes; mas se esta suspensão é cega, se é susceptível de prejudicar doentes, especialmente aqueles com patologias mais graves, então bem se pode dizer que Correia de Campos é cada vez mais o Ministro da Não Saúde.

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Peliteiro,   às  15:13

Comentários:

 

A posiçãao da Ordem dos Farmacêuticos:

Reagindo às notícias que dão conta da suspensão da entrada de novos medicamentos nos hospitais, como forma de evitar a subida dos gastos e cumprir o tecto máximo de crescimento definido pelo Ministério da Saúde, ao abrigo do protocolo com a Apifarma, o bastonário da OF, Aranda da Silva, veio a público defender que "a avaliação técnico-científica de medicamentos não é uma mera análise económica, sendo obrigatório incluir variáveis que contemplem o valor terapêutico acrescentado resultante da utilização de medicamentos inovadores associados a medicamentos mais antigos com eficácia e segurança comprovada".

Aranda da Silva considera que "as recorrentes contabilidades de mercearia com que alguns vêm os medicamentos têm conduzido à situação em que estamos, no qual o mais barato afinal vem a custar mais e nem sempre o mais caro é o melhor. A arbitrariedade actual na introdução de medicamentos hospitalares tem de acabar", de modo a que os doentes sejam beneficiados por inovações terapêuticas realmente vantajosas.

Nesse sentido, a OF veio reforçar também as propostas já apresentadas ao Ministério da Saúde para contenção da despesa com medicamentos nos hospitais:

- a instalação de sistemas de informação sobre consumo de medicamentos e produtos de saúde em todos os hospitais portugueses;
- a rápida implementação do código nacional do medicamento hospitalar (indispensável para tornar comparáveis os dados relativos à utilização de medicamentos nos diferentes hospitais);
- o reforço de competências, poderes das Comissões de Farmácia e Terapêutica (comissões paritárias de Médicos e Farmacêuticos Hospitalares responsáveis pela avaliação e justificação técnica em relação a medicamentos nos hospitais), dotando-as de efectivos meios logísticos e recursos humanos para o desempenho eficiente das suas funções;
- o desenvolvimento de articulação nacional e informação entre Comissões de Farmácia e Terapêutica; a elaboração de guidelines que estabeleçam os critérios a observar na introdução de medicamentos nos hospitais;
- e o desenvolvimento de protocolos e medidas de racionalização da prescrição de medicamentos, privilegiando segurança, eficácia, qualidade e racionalidade.

O bastonário da OF recorda ainda que os farmacêuticos hospitalares portugueses estão empenhados em contribuir para o sucesso da racionalização das despesas hospitalares. "A OF está a desenvolver um conjunto de iniciativas que permitam potenciar a intervenção farmacêutica, de acordo com as melhores práticas internacionais seguidas nos países desenvolvidos. Há farmacêuticos hospitalares com qualificações assinaláveis que precisam de ser mais rentabilizados pelo sistema de saúde e a sua perícia técnico-científica é um trunfo fundamental para a eficiente gestão dos medicamentos hospitalares".

 

 

 

é verdade que a industria farmaceutica apenas quer o nosso dinheiro e mais dinheio

está na hora de o estado os recambiar lá para a rua deles
# por Blogger Castanheira Maia : sábado, agosto 05, 2006

 

 

 

Na verdade se bem que existam "inovações" que não trazem nada de novo,e não passam de subterfugios da industria para manter o "lugar"outras há, que podem salvar vidas.E privar alguem de uma "inovação terapêutica"vital ,é o quê?....
# por Anonymous Anónimo : sábado, agosto 05, 2006

 

 

 

Por causa de manter uns "alicerces" seguros na economia, por vezes, há que ter em atenção os "tectos"!...

Há quem "roube" medicamentos nos Hospitais (tem-se visto casos em tribunal, sobretudo de parteiras que trabalham no dito cujo e têm um mini-hospital em casa...).

Mas este País, por causa do sacrossanto Défice tem feito cada "porcaria"!!!

Doente sofre... e cala!
# por Blogger José Leite : domingo, agosto 06, 2006

 

 

 

Ainda ninguém estranhou o facto da dívida giganteca às farmacêuticas ter crescido até um valor disparatado? Já alguém se informaou sobre a presença de elementos ligados aos governos na dita indústria? As margens de lucro são tão grandes que a dívida se transformou num aforro a longo prazo que os portugueses têm pago. E agora tornou-se uma desculpa para, paulatinamente, eliminar os poucos direitos que as contribuições do nosso trabalho providenciavam.
# por Blogger alvespimenta : quarta-feira, agosto 09, 2006

 

 

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