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Impressões de um Boticário de Província

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terça-feira, 1 de agosto de 2006

Cuscos 

Oh... Que pena... Nenhum dos meus vizinhos consta da lista negra do ministério das Finanças. Que maçada, seria um bom tema para amanhã na praia, sabias que fulano de tal é um dos que deve ao fisco? No cabeleireiro também dará umas boas conversas...

O Sr. Joaquim da Farmácia também está contente, amanhã vai colocar na montra a lista dos caloteiros (O Estado no topo, claro); se o fisco o pode fazer porque não, também, o Sr. Joaquim?...

Abdol Hamed Unwarsa, o primeiro da lista é que deve estar satisfeito, amanhã, em Portugal, será um homem famoso, bastante mais que Abílio Marques Cardoso, o segundo; é o trilho da fama, inesperado, não pelos melhores motivos, mas fama é fama!

Uma medida ridícula, pidesca, previsivelmente com resultados nulos, brincadeiras de moçarada - este é um Governo de rapazolas, inconsequentes. Deviam divulgar era a lista dos maiores pagadores, esses heróis.

Peliteiro,   às  01:19

Comentários:

 

Concordo perfeitamente, e poxa, tou desiludida, não está na lista ninguém que eu conheça!!!

 

 

 

É incrivel que neste pais, nem o estado (patrão das forças policiais, tribunais e instituições legislativas não consiga cobrar dividas)... O que poderão fazer as empresas privadas...

Incrivel o tempo necessário para acumollar as dividas existentes ( não são de 3 meses como alguns poderão supor)...
Por exemplo, uma empresa com 50 funcionários (para portugal já não é muito pequena) e com um sálário médio de 750 ? tem de uma média de descontos IRS de cerca de 6% logo um total mensal de 2250 ?. Uma divida de 100 000? implica mais de 44 meses sem entregar os descontos (se considerarmos os 14 meses são mais de tres anos sem pagar) ningem se apercebeu?...
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, agosto 01, 2006

 

 

 

Discordo do Boticário. De que esta seja, como refere, uma «medida ridícula». Tenho dúvidas, também, sobre os seus resultados. Isto é, sobre a sua eficácia. Mas não tenho quaisquer dúvidas de se tratar de uma medida eficiente. Por muitas e variadas razões. Na minha perspectiva e no caso específico das empresas, sintetizáveis numa mais ampla: transparência. Que está nos antípodas do que considera «cusquisse».

Espero, aliás, que este tipo de medidas se propague. E que passem a ser correntes nalguns sectores. Por exemplo, nos detentores de cargos políticos, nas autarquias, nas forças de segurança, na magistratura... É, já, obrigatória a declaração financeira e patrimonial de alguns detentores de cargos políticos junto do Tribunal Constitucional. Creio que isso não sucede ainda com polícias ou com magistrados.

Lembro-me de que, há anos, a Sra. Tatcher bateu-se ferozmente pela aprovação de uma lei em que até as denúncias particulares poderiam ser premiadas... Um cenário de vizinhos contra vizinhos. Isto, sim, seria «pidesco».


PS - Antecipando as minhas desculpas pela correcção, lembro ao blogger Nuno que o Estado não é «patrão...dos tribunais e instituições legislativas». E que isso decorre da separação de poderes do nosso regime constitucional.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, agosto 01, 2006

 

 

 

A lista é muito pequena porque o Estado desta vez com receio dos erros que frequentemente comete filtrou de modo suficiente e em diversas instancias a lista que divulgou leia Comunicado do M. Financas. Pena é que o Min. Financas nao apareça tambem na lista como devedor pela nao devoluçao de impostos anulados pelos tribunais
# por Blogger Nothingandall : terça-feira, agosto 01, 2006

 

 

 

Quase nunca concordamos Marx. Mas gosto dos seus comentários.

Importa-se de definir o seu conceito de eficaz e eficiente?
# por Blogger Peliteiro : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Atenção pessoal:

Se me devem dinheiro vou publicar os vossos nomes mas paragens de autocarro, metro , e onde me deixarem...

Atenção caloteiros.. acabou o anonimato...

O exemplo vem sempre de Cima...
# por Blogger renato gomes pereira : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Caro Marx, Grato pelo seu comentário, mas queria só salientar o seguinte:

É dever de qualquer funcionário respeitar e zelar pelo sucesso e bom funcionamento da sua entidade empregadora.

Numa empresa privada temos varias funções de autonomia funcional, como sejam por exemplo, produção, qualidade, manutenção, financeira, etc. Qualquer destas actividades como disse têm autonomia funcional, que em muitas situações de interese "aparentemente" antagonico têm que ser coordenados pelo "patrão".

O "estado" é o empregador de todos os funcionários públicos, sem excepção quer sejam policias, funcionarios judiciais, etc. Logo o "patrão" é o "estado".

Poderemos aqui questionar o que é o "estado", e se deverá ou não haver uma entidade que supervisionando e coordenação de todas as actividades do proprio estado, e uma maior responsabilização das pessoas, com "teoricas" responsabilidades.

Sobre este tema das dívidas ao fisco, e sendo dividas não com 1,2, mas muitos mais anos, deveria também ser apresentado a listagem de todas as pessoas que deveriam actuado e impedido este acumulado.
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Concordo. Apesar de também achar que é uma medida da treta.
# por Blogger Barão da Tróia II : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Caro Boticário,

Considero a discordância uma virtude. E não apenas pela dialéctica. Pena que nem sempre isso seja entendido...

Sobre «eficiência» e «eficácia», dois conceitos quase sempre muito maltratados. A distinção (que não é minha!) é entre «fazer bem as coisas» e «fazer as coisas certas».

Caro Nuno,

Não considero muito líquida a sua conclusão sobre o Estado financiador, logo, «patrão» do sistema judicial. Mas... adiante!

Concordo consigo já, claramente, com a necessidade de responsabilização dos agentes do Estado sobre a gestão da coisa pública. Quaisquer que eles sejam.

Espero que este tipo de medidas seja o início de um novo ciclo no comportamento do Estado. E que passa por dar exemplos aos cidadãos. Ainda ontem o Tribunal de Contas difundiu o compromisso de divulgar listas das entidades a quem o Estado deve dinheiro. Até antes do final do ano, dizem.

Pessoalmente, creio que o patamar da transparência se dará com a criminalização da gestão de actos públicos. Quando, simplesmente, a má gestão, danosa, dolosa, de cambalacho, puder dar cadeia. Na administração central, regional ou local. Aí, sim, veremos grande parte dos gestores de aviário que por lá pululam a perderem o pio...
# por Anonymous Anónimo : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Eu acabo por achar interessante que se caminhe, seja ou não da melhor forma, para o pleno pagamento. Pelo menos que se possa dizer que se tentou. No entanto acho que é interessante ler esta notícia do Correio da Manhã. Então não é que o(s) tribunal(ais) se lembrou(aram) de punir a lista de calotes considerando-a como pressão ilegítima.

Cumprimentos.
# por Blogger JFP : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

 

Marx, não sei se me fiz entender, embora raramente concordemos eu aprecio os seus comentários. Eu gosto de uma boa discussão e, claro, isso só se consegue com opiniões dissonantes.

Quanto à definição de conceitos, perguntei porque me pareceu que usávamos significados diferentes. Para mim eficácia é alcançar os resultados pretendidos e eficiência é a relação entre os resultados obtidos e os recursos consumidos.
# por Blogger Peliteiro : quarta-feira, agosto 02, 2006

 

 

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