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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

A palavra aos leitores:

Em defesa da Farmácia Independente e dos Farmacêuticos,

As Farmácias Portuguesas e os Farmacêuticos decididamente têm uma má imprensa.

Ao folhear as notícias nos últimos meses um observador desatento dir-se-ía que a ANF é uma tenebrosa e poderosa Organização que é detentora da propriedade da quase totalidade ca 2800 Farmácias em Portugal, cujo único objectivo é através de manutenção de uma posição monopolista e cartelizada defraudar e capturar o estado através da cobrança indevida de juros, e defraudar os consumidores e a Sociedade através de margens absurdas em relação à qualidade do Serviço que presta.

Os farmacêuticos o Dr João... a Dra Maria... a Dra Matilde que os Portugueses conhecem lá do bairro abertos e disponíveis para lhe prestarem uma informação gratuita sobre uma unha encravada, a falta de apetite do neto, a ferida no pé do diabético, que troca a seringa ao toxicodependente ou discretamente lhe fornece a dose de metadona, ou ainda lhe dispensa as tiras de reagentes de controlo de diabetes de forma gratuita abdicando da sua margem... de acordo com alguma informação que transparece tem de facto uma segunda face perversa... São cidadãos acéfalos às ordens dessa organização corporativa nefasta para a Sociedade e Para Portugal que é a ANF que nas palavras do nosso ministro da Saúde ?capturou os Legítimos interesse do estado e dos consumidores portugueses?

Estão todos bem de vida... não porque tenham as suas farmácias abertas entre 60 a 65 horas por semana... prestem um bom serviço à população.... ou sejam pequenos empresários minimamente instruídos... actualizados sob o ponto de vista da sua formação profissional... mas sim porque a sua margem é brutal nas aspirinas nas vitaminas sais minerais e outros que tais...

Como Farmacêutico, empresário e cumpridor das minhas obrigações perante a Sociedade gostaria de frisar o meu desencanto perante a desvalorização do nosso esforço em fornecer um bom serviço aos meus clientes à sociedade e a forma como alguns opinadores com acesso aos meios de comunicação social, nos tratam primeiro como se fossemos sócios acéfalos dessa organização tenebrosa, que nos espolia a nós e aos portugueses, chamada ANF.

Gostaria portanto de que manifestar a minha indignação por ser considerado mafioso, sócio contra a minha vontade da tenebrosa ANF, e dizer que como cidadão ter a consciência tranquila do serviço que presto aos meus clientes, nos enquadramento legal quaisquer que quiserem impor.

Sou sócio da ANF de livre expontânea vontade, e a cota variável que pago à ANF, pago-a de livre e expontânea vontade, não porque a ANF cobre aquilo que me é devido pelo Estado, mas sim porque obtenho da ANF um conjunto significativo de serviços com valôr superior aquilo que pago. (Consultores jurídicos, seguros, informática, especialistas em toda as áreas da nossa actuação profissional ; Saliento o facto da normalização de procedimentos junto a fornecedores me permitir poupanças muito significativas nos custos destes serviços; Telecomunicações, seguros, informática, recebimento de créditos de entidades dispersas, acionamento judicial dos caloteiros, mesmo que seja o próprio estado,(O alberto João demorou 2 anos mas pagou com juros de mora legais...) Comissões e Serviços Bancários, acesso ao crédito em condições mais favoráveis. Etc... Etc...

Se qualquer motivo por qual seja o motivo quiserem mudar, o sistema de Actividade Farmacêutica; por acharem que é melhor ou mas por favor não me insultem...

Saberemos viver quaisquer que venha ser o cenário mesmo que tais medidas venham a destruir tudo o que foi construído com tanto esforço dedicação e carinho... Todavia antes de passar do grau de farmacêutico idealista para farmacêutico cínico... permitam-me vangloriar-me do valor acrescentado, sempre que possível quantificá-lo, que a nossa actividade cartelizada tem produzido em prol da Sociedade e

1º Sou Farmacêutico por opção desde o inicio da minha formação universitária, abracei a minha profissão nos múltiplos aspectos que envolvem o medicamento dos conceitos aos consumidores, detenho uma carteira profissional que para ser revalidada obriga a formação contínua constante, paga do meu bolso, sob pena de caducar.

Como o acesso á propriedade e exercício da propriedade se encontra devidamente regulamentado, à semelhança do que acontece em Espanha, Franca, Itália, Alemanha que cumpri com muito esforço todas etapas para ser um Farmacêutico Independente com a minha Oficina de Farmácia, onde exerço no modelo que me foi imposto... como sendo o modelo que melhor defende os interesses da saúde pública...do país e dos utentes... e dos consumidores...

Ao dizer isto não quero dizer que como seres inteligentes e bem preparados para trabalhar em qualquer cenário naquela em que é a minha profissão... medicamentos, conceitos, preparação e serviços associados à dispensa dos mesmos de uma forma racional.

Todos os estudos com indicadores objectivos demonstram a justeza do nosso posicionamento no enquadramento que nos foi imposto, e no qual desenvolvemos a nossa actividade...

O nosso sector é transparente e cumpridor como poucos na sociedade Portuguesa, as Sabemos o que recebemos da Sociedade e o que damos à Sociedade, como Profissionais de Saúde e Como pequenos empresários com dedicação exclusivamente ligados à sua actividade profissional por que por imposição legal, não podem mudar de sítio onde estão instalados, não se podem fundir ou consolidar com outras farmácias...

Não podemos aceitar ser tratados sob o ponto de vista social e empresarial como uma "espécie de patos bravos acéfalos da sociedade", micro-empresas sem escrúpulos cartelelizadas que impedem o acesso a outros players no mercado dos medicamentos, Que por falta de concorrência defraudam os consumidores e por obra de um acordo ?sinistro de pagamento dos Créditos negociado de má fé perante a tutela espoliam o conjunto dos contribuintes de Juros altíssimos perante a batuta dessa organização sinistra que é a ANF

A qualidade do serviço que prestamos é atestada pelos mais de 300 000 portugueses que diariamente recorrem aos nossos serviços.
A cada produto que dispensamos ou não (sim por vezes recusamos ou desaconselhamos os nossos clientes a adquirir produtos que em consciência achamos não precisam) tentamos agregar valor.

O valor é por vezes imaterial mas pode ser quantificado quer em benefício da Farmácia e dos Seus Profissionais sobre a forma de confiança e fidelização de Clientes, quer perante a sociedade por poupanças indirectas de doenças e morbilidade, quer pela colocação da sociedade de forma gratuita Profissionais e infra-estruturas privadas neste caso as Farmácias privadas e independentes, dispersas de forma uniforme e geográficamente dispersas por todo o país.

Graças à organização sedimentada no investimento estratégico sustentado e de solidariedade ao longo dos últimos 20 anos é hoje possível a uma Farmácia na Ilha do Pico ou no Centro Comercial de uma grande cidade, oferecer a mesma qualidade de serviço ao mesmo custo à população que serve.

Este esforço tão frequentemente vilipendiado, não passa todavia despercebido ao grosso da população que recorre aos nossos serviços, com efeito um inquérito realizado pela revista Selecções a nível europeu http://www.rdtrustedbrands.com/results sobre as profissões mais confiáveis em Portugal colocava os Farmacêuticos em 3ª Lugar com 88% de aprovação logo a seguir aos Bombeiros e Pilotos com 92%, curiosamente os jornalistas aparecem 9º lugar com 33% e os políticos em ultimo lugar com 5% de aprovação. No sector da Saúde os Farmacêuticos são os profissionais mais confiáveis seguidos pelos enfermeiros e médicos.


Porque será tudo isto?

# por Eduardo Faustino : Quarta-feira, Dezembro 14, 2005 10:40:35 PM


PS- Não conheço o Dr. Eduardo Faustino e edito o seu comentário por me parecer honesto, sincero e bem intencionado. Concordo perfeitamente com o espírito do seu texto.

Peliteiro,   às  23:02

Comentários:

 

Exmo.colega

Ao ler este texto creio que ele reflecte o que a maioria de nós sentimos.Este governo e a classe jornalistica a troco não sei de quê, têem-nos insultado e denegrido a nossa profissão e o nosso profissionalismo.Por isso atrevo a pedir-lhe que envie o texto para todas as redacções dos orgãos de "informação", para que os jornalista tenham outa opinião sobre esta questão.

 

 

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